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  • g71 8/10 pp. 15-18
  • Por que veio a ficar assim?

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  • Por que veio a ficar assim?
  • Despertai! — 1971
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Despertai! — 1971
g71 8/10 pp. 15-18

Por que veio a ficar assim?

TODAS as predições sombrias, os avisos funestos e as queixas amargas a respeito de se arruinar o ambiente humano não mudarão os assuntos. Apenas ir-se à verdadeira causa e remediá-la é o que trará alívio.

Como e quando começou esta conversão do planeta num depósito de lixo? Por que se tem permitido que atinja tais proporções desastrosas?

Basicamente, duas coisas têm o maior peso da culpa: (1) a tecnologia moderna, a produtora da grande indústria e do transporte rápido, e (2) a explosão demográfica. Estas são as causas aparentes, visíveis. Mas, por trás delas há uma causa mais básica.

Vejamos o que aconteceu e quão arraigado é realmente o problema.

Ascensão da Tecnologia Moderna

A maioria dos pesquisadores relacionam o crescimento da poluição à chamada Revolução Industrial. Começou a mais de duzentos anos atrás, em meados do século dezoito. Até então, quatro dentre cada cinco homens eram lavradores. As famílias de lavradores produziam seu próprio alimento, teciam suas próprias roupas, amiúde faziam sua própria mobília e até mesmo muitos de seus instrumentos. Os povoados e as vilas eram seus mercados. Ali, os artífices viviam e trabalhavam em seus lares, ou em pequenas lojas, produzindo trabalhos em metal, talvez imprimindo livros e jornais, produzindo jóias, prataria, e produtos de melhor qualidade de tecido, couro e madeira do que aqueles que o lavrador mediano poderia fazer. Com tais produtos, podiam comprar alimento dos lavradores, ou um comerciante poderia comprar os produtos deles e despachá-los de navio para outra parte, obtendo, em troca, produtos estrangeiros considerados como luxos.

Dois fatores, em especial, modificaram a estrutura da sociedade humana em muitos países: o capital e a invenção científica (tecnologia). Mas, uma terceira força moveu estes fatores a se unirem.

Conforme diz The World Book Encyclopedia (Ed. 1970, Vol. 10, p. 185): “A força que juntou a ciência e o dinheiro foi, provavelmente, a crescente demanda das conveniências da vida.” De início, talvez tenham sido coisas relativamente simples, os homens desejando os instrumentos que as máquinas recém-inventadas podiam produzir, as mulheres desejando tecidos feitos à máquina. Mas, à medida que cresceu o fluxo de produtos, seus desejos cresceram junto com eles.

As máquinas — fiandeiras, teares, máquinas a vapor, fornos para produzir ferro, conversores e roletes — eram caros. Apenas poucos homens, dotados de capital, podiam comprá-los. Daí, tiveram de estabelecer fábricas, preparar prédios especiais para suas máquinas, contratar pessoal a ser treinado e empregado em operá-las. Os investimentos foram grandes e os investidores estavam, por certo, determinados a obter bons lucros. Ao se espalharem as indústrias, os homens foram retirados das fazendas, de profissões particulares exercidas em suas lojas e casas e se tornaram operários de fábrica. E as fábricas tendiam a agrupar-se nas cidades, onde o combustível e a mão-de-obra eram baratas. Os esboços básicos do padrão da poluição se tornam então visíveis.

O tempo trouxe máquinas mais rápidas, mais complexas, mais automáticas, que faziam as primeiras parecer primitivas. Também exigiam mais energia, porém, maiores quantidades de combustível. Cada vez mais produtos que antes eram manufaturados foram adicionados à lista dos produtos feitos a máquina. Os artesãos individuais diminuíram de contínuo em números. As pequenas lojas e indústrias tiveram de acompanhar o passo da tecnologia ou ser arruinadas pelos competidores, que dispunham da produção em massa, mais rápida.

A invenção da locomotiva a vapor e, depois, do motor de combustão interna que usava gasolina, aumentou ainda mais o crescimento industrial. Dispondo de transporte mais rápido e mais barato, as fábricas puderam expandir seus mercados, enviar seus produtos cada vez mais longe, bem como trazer matérias-primas e combustível de pontos mais distantes. Por fim, surgiram grandes indústrias, as menores tendo de, não raro, acabar ou ser absorvidas.

Todo este crescimento foi saudado como “progresso”. Mas, tal progresso tinha um preço muito alto. Atingiu seriamente a qualidade da vida humana.

Efeito Sobre Ambiente do Homem

Nas pululantes cidades industriais, as fábricas não raro se estabeleceram em locais seletos, como, por exemplo, perto dum curso d’água ou à beira-mar. Seus produtos residuais eram lançados nas correntes ou jogados nas proximidades. (A descarga de uma fábrica poderá igualar a de uma inteira cidade de 100.000 ou mais pessoas.) Minas que produziam o vital minério de ferro ou carvão cavavam buracos cada vez maiores na terra, ou, pela “mineração a céu aberto”, nivelaram colinas e abriram grandes crateras, deixando atrás de si áreas devastadas que abrangiam muitos quilômetros quadrados. Os poços de petróleo iriam ter, mais tarde, um quinhão ainda maior no processo poluidor. As linhas de trem deixaram marcas nas colinas e as locomotivas resfolegaram até o próprio coração das cidades, trazendo fumaça, fuligem e barulho. As pessoas então geralmente achavam todas essas coisas excitantes, de início. Até mesmo quando deixaram de sê-lo, as pessoas já então estavam acostumadas, condicionadas a elas.

O desenvolvimento do uso de combustíveis fósseis — carvão e, mais tarde, os produtos de petróleo (gasolina e querosene) — desempenhou parte básica no progresso industrial. Estes combustíveis fósseis eram transportados com mais facilidade, dispunham de maior potencial energético do que os combustíveis primitivos (a madeira e os óleos vegetais). Mas, visto que não queimavam tão completamente, liberavam na atmosfera maiores concentrações de vários gases — monóxido de carbono, óxidos de enxofre, hidrocarbonetos, óxidos de nitrogênio — bem como algumas partículas sólidas. Jorrando de algumas chaminés de fábricas ou chaminés domésticas, não produziam dano observável. Só quando seu número se multiplicou muitas vezes é que verdadeiro perigo começou a se fazer sentir de modo claro.

Assim, em lugares tais como o Vale Meuse, na Bélgica, em 1930, em Donora, Pensilvânia, em 1948, e em Londres, em 1952, períodos de ar ou nevoeiro estagnados fizeram com que os insidiosos venenos destes gases produzissem efeitos desastrosos. Já pelo terceiro dia do nevoeiro em Donora, 5.910 pessoas estavam doentes — quase a metade da população da cidade. Durante a semana de intenso nevoeiro em Londres, e na semana seguinte, o índice de mortalidade ultrapassou 4.000 mortes. Atualmente, nas principais cidades ao redor de todo o mundo, os olhos de milhões de pessoas ardem, seus pulmões se acham irritados e casos de enfisema, bronquite e câncer pulmonar estão aumentando. Talvez não morram subitamente. Mas, seu período de vida com certeza está decrescendo.

A tudo isto se precisa acrescer a extensão da tecnologia científica em dois outros campos: agricultura e guerra. As fazendas, confrontadas com a decrescente mão-de-obra, tornaram-se mecanizadas e têm usado fertilizantes e pesticidas químicos. Isto aumentou as colheitas. Mas, a poluição também cresceu na mesma proporção. O desenvolvimento científico de equipamento de guerra, em especial o das bombas nucleares, introduziu novo perigo de poluentes radioativos. Desde o fim da Segunda Guerra Mundial até 1963, mais de quatrocentas explosões nucleares foram detonadas. Desde o tratado de proscrição dos testes de 1963, outras cerca de trezentas explosões subterrâneas foram detonadas. Os desfolhantes atualmente devastam amplas áreas florestais no sudoeste da Ásia.

Crescimento Demográfico Traz Aumento da Poluição

Levou milhares de anos para que a população da terra atingisse um bilhão de pessoas em 1850. Por volta de 1930, atingira dois bilhões. Atualmente está em 3,6 bilhões e o cálculo é que duplicará nos próximos trinta anos. As cidades receberam o grosso deste aumento demográfico. Em 1740, a Inglaterra como um todo tinha apenas um pouco mais de 6.000.000 de pessoas. Hoje, apenas a Londres metropolitana tem mais do que isso.

Esta “explosão demográfica” tem ajudado a Revolução Industrial em sua lota em prol de ainda maior produção, operações mais gigantescas. Tendo mais pessoas, a demanda de mais energia — nas indústrias, nos lares e nos transportes — cresceu. As cidades em expansão continuamente tragaram cada vez mais a terra cultivável ao redor. E as terras junto aos novos limites freqüentemente sofreram, quer devido à poluição quer devido a serem lavradas até que perderam sua fertilidade. O alimento teve de ser transportado por caminhões de distâncias ainda maiores.

Os subúrbios se desenvolveram, à medida que as pessoas procuraram alívio da deterioração citadina. Mas, isto por fim aumentou mais a poluição por meio do uso incrementado dos carros particulares. Amplas redes de rodovias surgiram, espalhando de contínuo faixas cada vez mais largas de concreto ou asfalto sobre o que antes era uma região interiorana verdejante. Diz a revista Time: “Cada ano, apenas os EUA pavimentam mais de 1.000.000 acres [400.000 hectares] de árvores que produzem oxigênio.” Atualmente, em São Paulo, Brasil, há apenas cerca de meio metro quadrado de área verde por pessoa. A medida que aumentaram as viagens aéreas, os aeroportos tiveram seu quinhão em asfixiar extensas áreas de terra, bem como em aumentar a poluição atmosférica em larga escala.

Na verdade, por certo tempo se obteve algum êxito em melhorar certas condições ambientais nas cidades industriais. Poucas cidades hoje são como Manchester, Inglaterra, lá por volta de 1843-1844, quando, em certa área, havia apenas um banheiro para cada 212 pessoas! Todavia, agora presenciamos uma situação em que, não só certas partes conhecidas como favelas urbanas, mas a terra como um todo — o solo, a água e o ar — está sendo conspurcada.

Desenvolvida a “Sociedade de Consumo”

A indústria em larga escala precisa de mercado constante para seus produtos. Nos estágios iniciais da Revolução Industrial, as depressões eram freqüentes, pois as novas máquinas de produção em massa não raro faziam com que a oferta ultrapassasse a procura. As grandes fábricas não eram flexíveis nem conseguiam ajustar-se à demanda corrente, como os primitivos artífices particulares, que não raro tinham duas ou três profissões e até mesmo trabalhavam na lavoura.

A “explosão demográfica” apenas parcialmente solucionou este problema. Não tem sido suficiente para satisfazer a ambição industrial de “crescimento” constante. Assim, os fabricantes têm procurado estimular e promover a demanda. A publicidade, e também a produção periódica de novos estilos ou pequenos aprimoramentos que fizeram os modelos mais antigos parecer menos desejáveis, incentivaram as compras. O objetivo não era tanto o de suprir o que as pessoas precisavam, como o que poderiam ser forçadas a querer. Não raro se fabricaram artigos destinados a ter vida limitada, destarte produzindo demanda mais coerente com o passar dos anos. Devido a este “obsoletismo planejado”, um preço barato era com freqüência considerado mais importante do que a qualidade e a durabilidade.

Tudo isto produziu o que não raro se chama de sociedade “perdulária”, uma sociedade que usa os produtos por certo tempo e então se desfaz deles. Mudar este desperdício atingiria drasticamente a economia de muitas nações.

Como pode ver, então, surgiu um problema extremamente complexo, profundamente arraigado. Surgiu de forma gradual, espalhando-se pela vida de muitas gerações. Todavia, todo ele tem uma fonte básica. Qual é ela?

[Foto na página 15]

A Revolução Industrial atraiu milhões de pessoas das fazendas para o trabalho nas fábricas.

[Gráfico na página 17]

(Para o texto formatado, veja a publicação)

3.000.000.000

2.000.000.000

1.000.000.000

A explosão da população do mundo atualmente se dá na proporção de 1.000.000.000 em apenas 15 anos. Levou mais de 5.800 anos para o primeiro 1.000.000.000!

1971 A POPULAÇÃO MUNDIAL É DE MAIS DE 3.650.000.000

Dilúvio

4026 A.E.C.

3000

2000

1000

E.C.

1000

1971

(Os totais da população para os períodos iniciais são estimativas.)

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