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  • Já fui um “Aladura”

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  • Já fui um “Aladura”
  • Despertai! — 1972
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  • Encontrando a Verdade Bíblica
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Despertai! — 1972
g72 8/3 pp. 16-19

Já fui um “Aladura”

Conforme narrado ao correspondente de “Despertai!” na Nigéria

ACONTECEU bem cedo em certa manhã. O sol ainda não havia nascido, e eu fui despertado pelo dobrar dum sino. O ruído do sino e a mensagem bradada captaram minha atenção. “Acordem e orem! Acordem e orem!”

Lá fora, um homem trajando um longo manto branco, com uma faixa vermelha na cintura. Uma velha Bíblia em sua mão. Dirigia-se a um prédio que tinha cerca de vinte e cinco metros quadrados; era seu local de adoração. Os cânticos que provinham deste local estimularam algo dentro de mim. Desejei conhecer mais sobre estas pessoas, assim, comecei a associar-me com elas. Foi assim que me tornei um Aladura.

Logo depois, também estava percorrendo as ruas de madrugada, relembrando às pessoas o nosso princípio básico — a oração. Todavia, contrário às nossas instâncias, a maioria das pessoas simplesmente acordavam e passavam a empenhar-se em suas ocupações várias. E, assim, éramos apenas como relógios para elas. Sem embargo, isso não nos impedia, mas lamentávamos a sua mundanalidade e orávamos em favor delas.

Três meses depois de abraçar esta religião, coisas estranhas passaram a ocorrer: comecei a ter visões e passei a fazer predições e a predizer eventos. Logo depois me tornei um profeta capaz de falar e interpretar línguas estranhas. Também fiquei possesso de espíritos. Podia então sentir mãos invisíveis e um espírito que operava dentro de mim e me movia à ação. Isto me trouxe popularidade e, dentro de pouco tempo, todos em Ilesha e seus subúrbios ficaram me conhecendo. As pessoas me procuravam para que eu lhes predissesse o futuro.

Mais tarde, mudei-me para Lagos, onde granjeei maior proeminência. Era tido em honra e altamente estimado e as pessoas costumavam curvar-se diante de mim e me fazer reverência. Qual era esta religião a que me havia unido?

Igreja dos Querubins e Serafins

Éramos chamados Aladuras. Adura é a palavra ioruba que significa oração. O prefixo Ala (“aquele que”) é acrescentado a Adura para indicar aquele que ora. O nome Aladura é usado pelos iorubas da Nigéria ocidental, ao passo que na Nigéria oriental o movimento é simplesmente chamado de ‘igreja das curas espirituais’. A maioria, contudo, estão a par do nome mais comprido, ‘A Eterna Ordem Sagrada dos Querubins e Serafins’.

O homem tido como fundador desta religião era Moses Orimolade, nascido na Nigéria ocidental. Por volta da Primeira Guerra Mundial, começou a pregar, muito embora fosse coxo e analfabeto. Afirmava ter tido visões. Seu tema constante era o poder da oração. Mais tarde, decidiu-se formar uma sociedade, e, depois de três dias de oração e jejum, uma senhora afirmou ter tido uma visão em que viu as letras SE. Certo clérigo ofereceu uma interpretação: que isto significava SERAFU (Serafins). Mais tarde, o nome adicional KERUBU (Querubins) foi acrescentado. Assim, o nome querubins e serafins tornou-se o título da sociedade.

Popularidade e Expansão

Depois de me tornar um aladura, tornou-se fácil ver o que tornava tão popular esta religião. Alguns, como eu, foram atraídos pela música e canto. Outros são atraídos pelas afirmações de cura pela fé para as reuniões de reavivamento, usualmente realizadas em praças públicas. Fala-se sobre oração aos que têm problemas ou desejam conhecer o futuro ou desejam ajuda de alguma espécie. Com efeito, oferecem-se orações para toda coisa concebível: Para que as mulheres estéreis tenham filhos, para que as mulheres do mercado prosperem em seus negócios, para que os desempregados obtenham emprego, para invocar o mal sobre os ‘inimigos’ e assim por diante. Muitos sentem orgulho de que este movimento é ‘indígena’ e que não está afiliado a nenhum movimento estrangeiro de cura pela fé.

Tal religião se espalhou rápido. No entanto, de jeito nenhum é uma organização unida. Muitos grupos divisórios foram formados, de modo que, hoje em dia, é dificílimo fornecer o número exato dos diferentes grupos do movimento. Alguns grupos conseguiram estabelecer filiais ou ramificações em outros países da África Ocidental, tais como Camarões, indo até a Serra Leoa.

Encontrando a Verdade Bíblica

De tempos a tempos, perguntas não respondidas me pairavam na mente. Mas, não permitia que isto impedisse minha carreira qual profeta desta religião. Daí, certo dia, encontrei uma das testemunhas cristãs de Jeová. Fiquei cético quanto ao que me disse e jamais, por um instante sequer, julguei que me pudesse mostrar que a Bíblia responderia a todas as minhas perguntas. Todavia, bem no íntimo, ansiava conhecer a verdade.

“Não”, disse-lhe, “não desejo ficar com nenhum dos seus livros”. No entanto, concordei em me reunir regularmente com ele para palestras bíblicas. Durante três meses, sofri um abalo após outro, ao descobrir que o inferno de fogo, a imortalidade inerente da alma humana, a Trindade, a Páscoa, o Natal, e muitas outras doutrinas de nossa igreja não eram crenças de Jesus Cristo e seus discípulos. Não eram, segundo descobri, ensinadas pela Bíblia.

Agora tinha muitas dúvidas em minha mente sobre a crença aladura. Reuni-me com muitos dos outros profetas, mas não me foram dadas quaisquer respostas satisfatórias a minhas perguntas. Por exemplo, disse a um deles: “Lembro-me de ter lido numa revista que certo membro antigo de nossa igreja nos acusara de ‘seduzir as mulheres adoradoras, de aliviar os inocentes de seu dinheiro e de toda espécie de decepção espiritual’. Este mesmo senhor acrescentou: ‘O espírito de Deus não atormenta as pessoas, lançando-as no chão em paroxismos de contorções.’ Sei que algumas destas coisas são verdadeiras. Agora, o que tem a dizer?”

Minha pergunta foi respondida por comentários vagos e não foram mostrados quaisquer textos bíblicos. Fiquei convicto de que as testemunhas cristãs de Jeová deveriam possuir a verdade.

Contraste nas Reuniões

Quão surpreso fiquei na primeira reunião a que compareci no Salão do Reino das Testemunhas de Jeová! Por vinte e dois anos eu me havia acostumado a sessões de oração em que oferecíamos orações, líamos trechos da Bíblia, e então cantávamos, dançávamos, batíamos as mãos e tocávamos tambores. Daí, à medida que tudo isso ia atingindo um crescendo, alguém gritava numa língua estranha ou estrangeira. Entrava então em frenesi, com contorções do corpo. Ao bradar “Halle-leeu”, todos na assistência respondiam “Aleluia”. Ou a pessoa interpretava sua ‘língua’ ou alguém na assistência afirmava fazê-lo. Daí, seguia-se longa oração interrompida em cada frase por alto “Amim” (Amém) da assistência.

Então, no Salão do Reino, conheci a verdadeira paz. Foi ali que verdadeiramente aprendi que Deus é um Deus de ordem e paz, não um de confusão. (1 Cor. 14:33) Todos que falaram na tribuna ou comentaram da assistência o fizeram em nossa linguagem diária. Não era necessário que ninguém interpretasse. Ofereceu-se oração no início e no fim das reuniões, e de modo dignificador, porém honesto e humilde. Ninguém interrompia. Ninguém ficou tomado de frenesi quer pelo canto quer pelo que era dito. Todavia, quão deleitoso aos ouvidos era o entoar dos cânticos do Reino!

Outros Contrastes

Ao vir a conhecer as testemunhas cristãs de Jeová, verifiquei que muitos antes haviam sido aladuras. Contaram-me uma experiência que ilustra ainda mais o contraste entre as Testemunhas e os aladuras.

Antes de conhecer as Testemunhas, certo senhor e sua esposa viviam muito preocupados, visto não poderem ter nenhum filho. Decidiram consultar um médico, mas foram persuadidos, no último minuto, a visitar um profeta aladura. Este profeta orou e disse ter visto três estrelas, o que significava que, dentro de três meses, a esposa conceberia. Dez libras (Cr$ 168,00) e uma cama foram dadas ao profeta, mas, depois de três meses, nenhum resultado.

Pagou-se mais dinheiro, mais orações foram oferecidas e outros três meses decorreram. Daí, o profeta disse que viu numa visão a sogra do senhor, andando na igreja de cabeça para baixo. “Ela é uma feiticeira”, disse ele, “e é quem impede a sua esposa de conceber”. Foi dito ao senhor que a esposa dele devia afastar-se da mãe dela. Assim, por dois anos e meio ela não visitou mais a senhora sua mãe, muito embora morasse apenas a uns duzentos e setenta metros de distância! Ainda assim, não teve filho.

Daí, outro profeta lhes disse que se mudassem, de modo que se mudaram para Lagos. Gastaram mais dinheiro em fazer com que outro profeta orasse junto com a esposa na praia durante sete dias de cada mês. Depois de cinco meses, o casal frustrado decidiu que havia sido tolo e desperdiçara seu tempo e dinheiro por quase quatro anos. Portanto, dirigiram-se ao médico que desejavam ter consultado no início. O resultado foi que, depois de três meses, a esposa concebeu e deu à luz mais tarde a uma filha. Foi depois disto que encontraram as testemunhas cristãs de Jeová e aprenderam a verdade bíblica. E aprenderam-na gratuitamente.

Eu sentia agora como se chegasse à luz depois de estar envolvido em uma nuvem escura. Estava agora livre de ficar possesso dos espíritos perversos, pois as Testemunhas se mantêm livres de toda espécie de espiritismo, sabendo que é condenado na Bíblia. (Gál. 5:19-21; Deu. 18:10-12) Não foi difícil romper com a religião falsa e abandonar a igreja dos querubins e serafins. Muito embora eu sofresse muita zombaria por parte de muitos dos meus anteriores colegas, não era mais um aladura.

Estava livre, e foi a verdade bíblica que me libertou. Daí, veio um dos dias mais felizes de minha vida, quando, em 1966, foi batizado em símbolo de minha dedicação a Jeová. Que privilégio tem sido, desde então, servir no ministério, de maneira correta, como verdadeiro servo de Jeová Deus!

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