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Despertai! — 1972
g72 22/10 p. 26

Viajar — no estilo hondurenho

Do correspondente de “Despertai!” em Honduras

NOSSA viagem de 280 quilômetros é uma viagem de dois dias, e o nosso ônibus parte às 3 horas da madrugada. Viajamos de nossa casa na costa caribe de Honduras para San Pedro Sula. Subindo no ônibus, notamos estar lotado, de modo que ficaremos em pé na traseira por cinco horas, junto da bagagem no compartimento do fundo. Mas, já estamos a caminho.

Ao olharmos para nossos companheiros de viagem, vemos pessoas de descendência índia e pessoas de ancestrais espanhóis. Daí, há os morenos, negros cujos ancestrais vieram da África. Quão vistosos são os vestidos das mulheres! E os homens, com seus sombreros de palha e olhos reluzentes nos saúdam, até mesmo às 3 horas da madrugada, com um feliz “Buenos dias”.

À medida que o ônibus segue caminho pela estrada arenosa da selva, balançamos de um lado para o outro, ouvindo o zumbido da conversa feliz. De vez em quando paramos para que os passageiros subam ou desçam. Em uma das paradas, há um homem vendendo iguanos. Tem cerca de vinte e dois destes camaleões gigantes com suas pernas atadas, presas pelos rabos a um pedaço de pau firme. Alguns passageiros metem a cabeça para fora da janela e compram estes dragões da selva para prepará-los como refeição ao chegarem a seu destino. Esperamos apenas que não os ponham junto da bagagem, na parte do ônibus em que estamos. Para grande alívio nosso, os iguanos são colocados em cima do ônibus, junto com a bagagem em excesso, pois não apreciaríamos viajar perto de um iguano vivo de um metro e vinte de comprimento.

É interessante ver as casas de “manacá” nos povoados pelos quais passamos. As casas são feitas de varas amarradas com cipós. A casa é então rebocada com lama ou barro e recebe reboque final de brilhante barro vermelho. O teto é feito de varas e coberto de ramos compridos de manacá. Diz-se que tais tetos feitos de ramos de árvores duram seis anos, impedindo a entrada do sol tropical e das chuvas hibernais. Tais casas, com seus brilhantes tetos vermelhos e altas paredes de barro são deveras uma vista colorida.

Por fim, nosso ônibus chega à estação ferroviária. Aqui, em diversos prédios de manacá, podemos sentar-nos à sombra e tomar uma bebida feita de leite em pó, sabor de frutas e gelo cortado em fatias. Não há pressa. Até mesmo visitamos um povoado vizinho, visto que temos considerável tempo de espera.

O trem por fim chega, e as pessoas correm para pegá-lo, inclusive muitas mulheres com trouxas pesadas, levadas na cabeça. O trem é puxado por moderna locomotiva diesel, mas os vagões devem datar do início do século. Verificamos que todos os lugares foram tomados. O lugar que resta para se viajar é no fim dos carros, do lado de fora, na junção dos carros. Apanhamos um lugar nos degraus e nos acomodamos, notando que há dezoito outras pessoas que viajam conosco na plataforma, com bagagem e tudo. As horas passam rapidamente ao apreciarmos o maravilhoso cenário.

Nosso trem faz pouquíssimas paradas, e, entre elas, apenas reduz a marcha de modo que as pessoas possam, quer pular nele, quer pular fora. Vemos certa pessoa correndo a cavalo atrás do trem, no meio dos trilhos, tentando pegar o trem. Ao se aproximar do trem, pára para amarrar a montaria numa árvore e o trem se distancia dele. Observamo-lo correndo de novo para pegar o trem, apenas para ser frustrado por uma ponte estreita. Da última vez que o vimos, ele corria por uma trilha da selva, presumivelmente para pegar o trem mais adiante na linha. Saltar do trem pode ser igualmente um desafio.

Uma jovem senhora pula do trem e cai na grama macia junto aos trilhos, e um rapaz salta com um bebê nos braços e o coloca brandamente sobre a grama. Alguém atira a bagagem da senhora. Em seguida, ela apanha o bebê e sua trouxa de roupa, e desaparece na folhagem próxima. Soa-lhe estranho? Não é para tais pessoas.

Em nossa próxima parada, vemo-nos cercados de muitas moças e rapazes e algumas senhoras que vendem tamales, um prato de tortilha, cheio de peixe frito e frijoles, ou feijões, platanos fritos (banana da terra), que parecem batatas fritas, exceto que têm sabor doce. Se tivermos sede, podemos comprar um coco de agua, um coco verde, cheio de leite adocicado, aberto num lugar por uma jovem com uma machadinha. Ela brande uma lâmina de sessenta centímetros e arranca o topo do coco, deixando uma cavidade suficiente apenas para bebermos este delicioso petisco tropical.

Logo seguimos caminho de novo e tarde da noite chegamos a nosso destino, San Pedro Sula. Que viagem agradável e excitante, viajando-se ao estilo hondurenho!

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