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  • O furacão Fifi devasta Honduras

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  • O furacão Fifi devasta Honduras
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  • Terror Súbito
  • Surpreendentes Fugas
  • Preocupação com Outros
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Despertai! — 1975
g75 8/6 pp. 12-17

O furacão Fifi devasta Honduras

Do correspondente de “Despertai!” em Honduras

“AJUDEM-NOS, por favor! O que está acontecendo aqui é horrível! Simplesmente não podem imaginar!”

A voz suplicante era de um rádio-amador da costa norte de Honduras. E estava certo. Qualquer descrição da catástrofe, embora possa soar exagerada, empalidece diante da cruel realidade. O governo declarou Honduras em “estado de calamidade nacional”.

Foi a pior calamidade na história registrada de Honduras. As autoridades calculam que de 8.000 a 10.000 pessoas morreram. Cerca de 100.000 pessoas ficaram desabrigadas, e meio milhão de outras sofreram perdas. Sítios, gado e a maior parte das colheitas economicamente importantes foram destruídos. Rodovias, ferrovias e pontes foram arruinadas, dificultando os transportes.

Um senhor apontou onde sua casa certa vez estava, no meio de centenas. A área era agora amplo leito de rio, e não se podia ver nenhuma evidência de quaisquer casas! Leitos secos de rios tornaram-se subitamente correntes avassaladoras com centenas de metros de largura. Quando a tempestade passou, acharam-se corpos a até uns dez quilômetros de suas casas. Desenterraram-se carros de sob mais de 90 centímetros de lama. Não era incomum que as casas que ficaram de pé estivessem cheias pela metade de areia e lama.

Que forças produziram tamanha devastação?

A Tempestade em Formação

Na terça-feira de tarde, 17 de setembro, o rádio do departamento de Aeronáutica Civil emitiu pela primeira vez um aviso de que o Furacão Fifi se aproximava da costa antilhana das Honduras. Mas, não havia nenhum alarme especial. Setembro é o mês de furacões, e as enchentes que causam são desejadas, visto que, em geral, são moderadas e deixam uma camada de solo fértil que favorece a agricultura.

Mas, na quarta-feira, dia 18, por volta das 16 horas, as cidades setentrionais hondurenhas começaram a sentir a fúria de Fifi. Ao invés de movimentar-se rapidamente ao longo da costa norte, em direção à Guatemala, a velocidade de Fifi foi reduzida pelas áreas de baixa pressão ao longo da costa do Pacífico. Chuva pesada e enchentes ocorreram ao longo da costa do Pacífico. Mas, as reais áreas de desastre se achavam em Honduras setentrional.

Por fim, na quinta-feira, o furacão se dirigiu para a Guatemala, finalmente morrendo no México, na sexta-feira. No ínterim, 500 milímetros de chuva haviam caído nas partes de Honduras setentrional.

A tempestade também agitou o mar, erguendo seu nível. Isto parou a drenagem dos rios engrossados pelas chuvas, fazendo que transbordassem nas cidades e causassem danos e destruição.

A chuvarada nas montanhas montou o palco para ainda maior devastação. Como que dotado de gigantescas garras, o dilúvio arranhava e dilacerava as encostas das montanhas, mandando terra abaixo toneladas de lama, areia, vegetação e blocos de pedra. Este entulho encheu os rios, bloqueando a água. Quando cessava a obstrução ou a água encontrava outra saída, era como uma enchente súbita que carregava milhões e milhões de toneladas de rochas, lama e árvores. Estes rios de destruição não raro tinham centenas de metros de largura, e, onde havia povoados e casas no caminho, não eram apenas inundados; eram levados de roldão por completo.

Terror Súbito

As súbitas enchentes amiúde causavam mais dano do que os ventos uivantes e as chuvas torrenciais do furacão. Nas horas antes do amanhecer de sexta-feira, uma avalancha de blocos de pedra, troncos de árvores, terra e água desceu avassaladoramente das colinas circunvizinhas e devastou a cidade de Choloma. “Acordamos e a água já estava atingindo nossa cintura”, disse uma jovem mulher. “Subimos no telhado de casa, mas o telhado ruiu, e três de minhas irmãzinhas foram arrastadas.” Também o foram milhares de outros. Segundo certo cálculo, 2.800 pessoas morreram apenas em Choloma.

Cerca de dezesseis quilômetros, mais ou menos, ao sul de Choloma, acha-se San Pedro Sula, a segunda maior cidade de Honduras, com uma população de cerca de 150.000. Dali relata uma testemunha ocular: “Nas primeiras horas do dia, o foco de Fifi passou a cerca de 56 quilômetros ao norte de nós. As enchentes eram extensas. Tudo que se podia ver por quilômetros ao redor e por todo o caminho até as íngremes montanhas vizinhas era água. As pessoas entravam em pânico, correndo para os povoados próximos em terreno mais elevado. Mas, muitos foram esmagados pelos gigantescos deslizamentos de terra das montanhas ou se afogaram nas águas furiosas.”

La Ceiba foi uma das primeiras cidades a sentir a fúria do furacão ao agitar-se ao longo da costa de Honduras. Foi terrível, em especial para as criancinhas. Eis o que uma menina de oito anos, cuja mãe a leva regularmente ao Salão do Reino das Testemunhas de Jeová para instrução bíblica, disse sobre tal experiência:

“Quando veio o furacão, papai estava fora e ficamos com medo porque jamais tínhamos visto um furacão antes. Mas a mamãe explicou que um furacão era apenas parte das coisas que aconteciam ao tempo e que não era como alguns dizem, que Deus está irado com as pessoas.

“Subimos para o sobrado da casa, porque mamãe disse que ali seria mais seguro. Mas, mesmo ali a água quase nos atingia. Assim, eu e minha irmã mais velha decidimos que a melhor coisa a fazer seria pegar nosso livro Escute o Grande Instrutor e ler histórias bíblicas em voz alta, para que mamãe pudesse ouvir também.

“Escolhemos o capítulo 14, o que fala de como Jesus acalmou o mar. Especialmente olhamos a figura que o mostra andando sobre a água, vindo em socorro dos discípulos, no barco, quando ficaram com medo da tempestade. Isso realmente nos fez sentir melhor, pois confiávamos em Jeová e em Jesus.

“Na noite seguinte, o furacão ainda estava muito ruim, de modo que fizemos a mesma coisa. Desta vez, estudamos o capítulo sobre oração. Pedimos à mamãe que fizesse uma oração em favor de todos nós, e oramos bastante naquela noite. Mamãe disse que também fomos de ajuda para ela, porque ela ficou feliz em ver que confiávamos em Jeová.”

Muitos, contudo, não foram tão afortunados. Aqueles que perderam tudo apinhavam-se em abrigos de refúgio. Segundo as organizações de socorro, crianças com menos de sete anos constituíam 75 por cento dos refugiados. As cenas amiúde eram desesperadoras.

Havia meninos que viram suas próprias irmãs morrerem. Havia pais que perderam seus filhos, e filhos que perderam seus pais. Seus rostos refletiam o sentimento desolado que havia em seus corações. A inteira parte nordeste de Honduras foi devastada pelos efeitos do furacão.

Surpreendentes Fugas

Em certas áreas, é deveras notável que qualquer pessoa tenha sobrevivido. Em Omoa, por exemplo, as autoridades calculam que 80 por cento do povoado foi destruído. O Salão do Reino das Testemunhas de Jeová, onde muitos se haviam refugiado, ficou inundado com cerca de 1,20 metros de areia e água. Todavia, os que ali estavam sobreviveram por subirem nos caibros do telhado, onde a água não os alcançou. Um pregador de tempo integral das testemunhas de Jeová no povoado relata:

“No meio da noite, quando vi que estava ficando perigoso, a primeira idéia que me ocorreu foi: Como posso ajudar minhas co-Testemunhas? Rapidamente me levantei e saí.

“Pude ver que a água se tornava furiosa corrente bem à minha frente. Era impossível ir além, mas consegui subir arrastando-me até um muro que ainda estava acima d’água. Só conseguia ver muito pouco, no meio da escuridão e da chuva pesada. E o terrível troar das águas correntes, cheias de detritos, abafava os gritos daqueles levados pela força da corrente.

“A prefeitura local, cheia de pessoas que procuravam refúgio, logo foi arrastada, assim como a maioria das casas do povoado. Agora compreendia que não iria poder ajudar ninguém, e que eu mesmo talvez não sobrevivesse.

“É dificílimo saber o que fazer na situação em que me encontrava. Deveria pular nas águas furiosas e tentar nadar até um lugar seguro? Ou deveria permanecer seguro ao muro e esperar até que a corrente me arrastasse? Até que ponto subiriam as águas?

“A furiosa torrente levava toda sorte de árvores, rochas e detritos que se tornaram como aríetes, batendo contra o muro como se houvesse um esforço deliberado de demolir meu único lugar seguro. Cada vez que sentia uma batida contra o muro, meu coração também batia, e eu ficava pensando em por quanto tempo o muro suportaria este duro tratamento — especialmente visto saber que muitos outros muros agora flutuavam no meio da corrente. Será este o golpe final? Quantos golpes mais conseguirá suportar?

“Subitamente vi, vindo em minha direção, enorme objeto, de início sem forma, no meio da escuridão, mas, ao se aproximar, pude ver de que se tratava — uma casa vindo direto para cima do meu muro! Tendo pouca esperança de sobreviver, arrastei-me até o canto do muro e supliquei forças e ajuda a Jeová. Determinei aceitar fosse o que fosse que Jeová permitisse. Para minha surpresa e alegria, a casa deu uma guinada e apenas raspou o canto do muro.

“Agora, mais grato do que nunca de estar vivo, a luz do dia me achou ainda apegado ao muro, dando graças a Jeová pela minha sobrevivência. No entanto, sentia-me triste ao pensar em todas as pessoas menos afortunadas que perderam a vida. Na inteira área em que passara a noite sobre o muro, havia muito pouca coisa que restava. Tudo estava desolado.

“Meu pesar se aprofundava ao pensar que devia ser a única Testemunha no povoado que ainda vivia. Mas, quando consegui chegar até o Salão do Reino e vi os outros ali, e soube que todos tinham sobrevivido, pode imaginar as lágrimas de alegria que me vieram aos olhos!”

Houve muitas fugas surpreendentes, à medida que as águas das enchentes demoliam certos locais, e não outros. Em San Pedro Sula, por exemplo, foram varridas cerca de trinta casas a apenas cinco quarteirões do Salão do Reino. Em outro caso, pequeno vilarejo na vizinhança foi demolido e muitos morreram. No entanto, um garoto, ainda vivo, foi encontrado numa árvore próxima.

À medida que o dilúvio destrutivo aproximava-se de seu refúgio, quatro famílias de testemunhas de Jeová em San Pedro Sula preparavam-se para pegar um grande caminhão basculante, a diesel, e dois utilitários, para fugir subindo ao canyon, para Sapotal, um povoado próximo. Um vizinho que ajuntava valores, contudo, bloqueou a passagem das Testemunhas, e ficaram detidas por dez minutos. Mas, no ínterim, a rodovia a que se dirigiram se tornou uma torrente, carregando troncos de árvore e blocos de pedra. Se tivessem prosseguido adiante, quase que certamente teriam morrido. Sentem-se gratas de que, em resultado de ficarem detidas, foram poupadas.

Preocupação com Outros

Na terrível inundação de cidades tais como Choloma, as pessoas não raro sobreviveram graças à ajuda prestada por outros. Uma das testemunhas de Jeová, cuja casa se achava sobre palafitas, a cerca de 1,20 metros do solo, relata:

“Quando compreendi o perigo que minha vizinha e todos os seus filhos corriam, gritei chamando-a, instando com ela para que viesse para minha casa, onde ficaria mais segura. Mas, parecia determinada a ficar onde estava. Assim, amarrei-me a uma corda e prendi a outra ponta firmemente na minha propriedade. Arrastei-me então através da cerca de arame farpado e consegui atravessar a água até chegar à casa dela. Com consentimento da família, peguei os filhos e conseguimos retornar em segurança. Mais tarde, o resto da família, pensando melhor no assunto, decidiu vir para minha casa. Anteriormente não tinham sido muito favoráveis para com as testemunhas de Jeová, mas agora mudavam de idéia, pois jamais imaginaram que arriscássemos nossas vidas para salvá-los.

“Com o tempo, cerca de 200 pessoas se refugiaram em minha casa. Fiquei na varanda, e observei as águas levarem todos os tipos de detritos. Mas, a visão mais horrível era a de corpos mortos. Sabia que seria perigoso se tais corpos chegassem à varanda ou à casa e causassem o bloqueio ou elevação das águas. Assim, peguei uma vara e fiquei no canto da varanda, empurrando os corpos à medida que chegavam.

“Tive excelentes oportunidades de explicar as verdades bíblicas a respeito da condição dos mortos — que estão inconscientes e não estão sendo atormentados de nenhuma forma. (Ecl. 9:5, 10) Também falei da esperança que a Bíblia oferece de uma ressurreição dos mortos, e que, no novo sistema de Deus, aqueles que morreram têm a perspectiva de se unirem de novo aos entes queridos. — Atos 24:15; 2 Ped. 3:13.”

Um pregador de tempo integral das testemunhas de Jeová também esforçou-se de ajudar outros, mas teve experiências angustiantes ao assim fazer. Relata ele:

“Ouvimos os avisos pelo rádio por volta das 22 horas, mas realmente não imaginamos que o furacão causasse tanto dano a nós tão para o interior. Mas, por volta das três da manhã, as enchentes vieram com tamanha velocidade e força que muitos foram literalmente varridos de suas camas nas áreas mais perto do rio; outros foram carregados quando ainda estavam dentro de casa.

“Na hora em que acordei, a água já tinha mais de 90 centímetros de altura e subia cerca de 30 centímetros por hora. A corrente já havia arrebentado parte da cerca da frente de casa. Segurei nossos dois filhos embaixo dos meus braços e levei-os para um terreno mais elevado. Minha esposa, porém, estando com a saúde ruim, estava fraca demais para suportar a rápida corrente. Começou a voltar para casa, mas caiu. Um senhor que olhava ali perto viu as dificuldades dela e veio socorrê-la. No entanto, não era bastante forte, embora conseguisse impedir que ela afundasse. Assim que levei os filhos até um local seguro, voltei e ajudei ambos a chegar ao local onde deixara os filhos.

“Daí, começamos a andar, porque eu sabia que o local onde estávamos não continuaria seguro por muito tempo. Estava clareando o dia, mas ainda era difícil enxergar as coisas. Tropeçamos pelo caminho, caindo em buracos e ficando com água até o pescoço. Por fim, chegamos a uma ponte, em que ainda se podia passar, embora coberta pela água, pedaços dela tendo sido arrastados. Quando conseguimos atravessar todos a salvo, fui ver como estavam outras Testemunhas.

“A estrada estava coberta por mais de 90 centímetros de água assim, andei pelos trilhos da ferrovia. Logo ouvi gritos e, olhando, vi uma família abandonada no telhado de sua casa. Simplesmente não poderia ir embora e deixá-los ali, de modo que fui ver o que podia fazer. Quando saí dos trilhos da ferrovia, entrei na água que fluía tão rápido que me derrubou e me arrastou pelo portão da casa, e sobre uma cerca de arame farpado, onde rasguei terrivelmente minhas calças. Meu casaco ficou preso no arame farpado e ficou todo enredado nele.

“Finalmente me livrei do casaco, e a água me atirou contra uma árvore. Agarrei-me à árvore, com os braços em volta, por amor à vida. Quando consegui me recompor, foi-me jogada uma corda, que amarrei em volta de duas árvores. Havia sete pessoas na família, e todos, exceto a vovó, estavam sobre o telhado. A casa se inclinava num ângulo muito ruim, e parecia quase prestes a desabar. Trouxe as crianças até onde a corda estava presa às árvores, e subiram numa árvore. Foi um pouco mais difícil conseguir que a vovó saísse, mas por fim consegui. Quando a última pessoa tinha saído da casa, e estava sobre as árvores, a casa caiu.

“Não nos sentimos muito seguros naquelas árvores, contudo, porque havia outras criaturas que tinham a mesma idéia que nós — atingir um lugar mais alto e seguro. Eram as cobras venenosas. Mais tarde soube dum senhor que se refugiara numa árvore, apenas para vir a morrer duma picada de cobra no pescoço. Felizmente, não tivemos tal experiência.

“Por fim, após algumas horas, as águas baixaram. Ajudamo-nos uns aos outros a descer das árvores e segui caminho para ver como passavam minhas co-Testemunhas. Felizmente, todas naquela vizinhança estavam bem. Mas, então, junto com amigos, fomos verificar como estavam ainda outros numa área chamada Guayabal. Ali, tivemos terrível choque — não vimos nada exceto enorme rio com toros de árvores e detritos e casas flutuando corrente abaixo. Estava realmente preocupado com um irmão que morava ali. Mas, não havia nada que pudéssemos fazer, de modo que fomos ver o que podíamos fazer por outros.

“Marcamos uma reunião para as 14 horas do dia seguinte, depois de passarmos todo aquele dia cuidando de diferentes pessoas. Quando começou a reunião, ainda havia alguns que não se apresentaram, mas, no meio dela, um por um, começaram a chegar os demais. Quando terminou, todos estavam ali, sãos e salvos. Quão felizes estávamos de ver uns aos outros!

“Havia irmãos que moravam nas áreas mais atingidas, assim, ficamos realmente surpresos e gratos de vê-los ainda vivos. Ninguém se preocupava com casas ou bens perdidos. Estávamos simplesmente felizes de estar vivos juntos. Estávamos tão emocionados que dificilmente conseguimos terminar o cântico final; todos choravam. Agradecemos a Jeová do fundo do coração, em oração. Realmente chegamos a conhecer o que significa confiar em Jeová e depender de sua proteção.”

Calculadamente 1.600 testemunhas de Jeová moravam na área atingida pelo furacão. Mas, deveras surpreendente é que nenhuma delas tenha morrido, embora muitas morassem nos locais mais duramente atingidos, tais como Choloma, Omoa, San Pedro Sula, e áreas vizinhas.

Medidas de Socorro

De trinta e cinco países, por todo o mundo, Honduras recebeu ajuda em forma de alimento, roupas, remédios, tendas, cobertores, dinheiro, e assim por diante. Literalmente dezenas de toneladas de itens de socorro para as vítimas do furacão foram enviadas de barco ou de avião e distribuídas por meio das agências governamentais.

As testemunhas de Jeová, também, tiveram grande quinhão em prover socorro. Já na quinta-feira, 19 de setembro, três representantes da sucursal da Sociedade Torre de Vigia (dos EUA) em Tegucigalpa dirigiram-se a San Pedro Sula para examinar a situação. Nesse mesmo dia, as Testemunhas em Tegucigalpa começaram a contribuir alimentos, roupas, remédios, utensílios, roupa de cama e dinheiro para ajudar pessoas nas áreas mais atingidas. Outros, também, ouvindo falar do programa de socorro das Testemunhas, fizeram contribuições. Já no sábado de manhã, as Testemunhas se empenhavam, na sucursal, em separar, empacotar e carregar os suprimentos em caminhões para distribuição a seus irmãos cristãos no norte. Também, algumas roupas foram enviadas à costa do Pacífico, onde havia menos necessitados.

No primeiro dia, quase seis toneladas de itens localmente doados foram despachados, e outras toneladas foram enviadas mais tarde. Até que tais suprimentos se tornaram disponíveis nas áreas mais atingidas, as Testemunhas ali fizeram todo esforço de encontrar cada irmão e irmã e cuidar deles. Mesmo aqueles com quem se dirigiam estudos bíblicos foram procurados e ajudados. Em alguns locais, levou até cinco dias para que todas as Testemunhas pudessem ser localizadas e se pudesse prestar contas delas.

Na quinta-feira, até mesmo antes de o pior ter passado em Choloma, dezesseis Testemunhas de San Pedro Sula andaram até lá, carregando pacotes de alimentos e roupas nos ombros. Na maior parte do caminho, vadearam pela água, às vezes com água até a cintura, evitando cobras e cadáveres. Mais tarde, turmas de limpeza de até quarenta Testemunhas partiram de San Pedro Sula. Levaram suas próprias pás e equipamento de limpeza para cavar a lama e lodo das casas e Salões do Reino. Alguns trabalharam lá mesmo em San Pedro Sula, outros em Choloma e povoados vizinhos.

As testemunhas de Jeová em muitos outros países também forneceram ajuda. De todo país da América Central indagaram sobre as necessidades de seu irmãos hondurenhos e estabeleceu-se o arranjo mais prático para a remessa de suprimentos. Um barco de dez toneladas de alimentos e roupas chegou de Belize apenas cinco dias depois do furacão. Foi descarregado pelas próprias Testemunhas nas docas de Puerto Cortés. Outros barcos e aviões, levando muitas outras toneladas, foram despachados de Miami e Nova Orleães. A equipe da sede do principal escritório da Sociedade Torre de Vigia (dos EUA), em Nova Iorque, contribuiu pessoalmente cerca de 4 toneladas de roupas de vestir e roupas de cama. Adicionalmente, contribuições espontâneas de dinheiro foram feitas pelas Testemunhas em muitas partes da terra, e o escritório da sede enviou dinheiro à sucursal para ser usado na obtenção de suprimentos e como ajuda na reconstrução das casas daqueles que sofreram perdas devido à tempestade.

Os Salões do Reino foram os centros dos quais se distribuíram os suprimentos para as testemunhas de Jeová. As Testemunhas, por sua vez, puderam partilhar a abundância das coisas contribuídas para ajudar a alimentar e vestir parentes, vizinhos e conhecidos. Deste modo, puderam mostrar amor e generosidade a suas concriaturas humanas, e assim imitar a Jeová Deus, que manifesta tal consideração por todas as sortes de pessoas. — Mat. 5:45.

O furacão Fifi mais uma vez demonstrou quão fracos são os humanos em face das forças naturais. Todavia, Fifi serviu também para demonstrar outra coisa: que os humanos que sentem amor no coração irão ajudar às suas concriaturas humanas, até mesmo ao risco de suas próprias vidas.

[Mapa na página 12]

(Para o texto formatado, veja a publicação)

Golfo do México

MÉXICO

Oceano Pacífico

Mar das Antilhas

BELIZE

GUATEMALA

EL SALVADOR

HONDURAS

San Pedro Sula

Tegucigalpa

NICARÁGUA

COSTA RICA

PANAMÁ

[Mapa]

Puerto Cortés

Omoa

La Ceiba

Choloma

0 Km 100

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