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  • Viver no meio de pomares
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g74 22/3 pp. 21-25

Viver no meio de pomares

Do correspondente de “Despertai!” no Canadá

DEIXE-ME agir como seu anfitrião da região dos pomares que dá para o Lago Okanagan, na parte sul da Colúmbia Britânica, a província mais ocidental do Canadá. Tem-se dito que é uma das áreas mais deleitosas do Canadá, situada a cerca de uns 450 quilômetros rodoviários a leste da metrópole de Vancouver.

Aqui os invernos são usualmente brandos e os verões são tépidos e ensolarados. A primavera oferece um panorama de árvores frutíferas em flor, ao passo que o outono vê a colheita das frutas das árvores e das videiras. Tudo isto tendo-se ao alcance da vista uma série de lagos que se aninham como plácidos rios de quilômetro e meio de largura entre as montanhas. Tais lagos, dos quais o mais extenso é o Okanagan, de uns 130 quilômetros, são a seiva vital da área. Sem irrigação, a precipitação pluviométrica média, de uns 300 milímetros por ano, só seria suficiente para o cultivo de artemísias e de árvores finas. Mas, com a irrigação, cultivam-se muitos tipos de frutas. A estação livre de geadas é curta demais para os cítricos, mas bastante longa para cerejas, ameixas, pêssegos, pêras, damascos e uvas. E é ideal para maçãs.

Os pomicultores me explicaram por que esta é uma das melhores regiões de maçãs do mundo. Os verões secos, afirmam, reduzem as pragas, ao passo que a elevada média usual de horas de luz solar durante a época do crescimento realça a produção de amidos e açúcares. Importante, também, é o período de noites mais frescas, anterior à colheita. Com temperaturas que amiúde se aproximam do ponto de congelamento, as maçãs ganham deliciosa crespidão e profundidade de cor. Com efeito, a maçã da C. B. tornou-se bem conhecida em muitas partes do mundo como notável produto.

Devo acautelá-lo a não ficar com receio se nosso passeio for subitamente interrompido por alto estrondo. Trata-se simplesmente de um dos últimos artifícios usados para aumentar a produção de cerejas. Como a cereja é a primeira fruta a amadurecer na primavera, muitas aves ficam ansiosas de acrescentar esta sobremesa a seu prato básico de larvas e minhocas. Assim, como pode ver, não são apenas os humanos que estão ansiosos que as cerejas amadureçam. Como resultado, alguns pomicultores se voltaram para aparelhos automáticos de fazer barulho, que disparam em intervalos regulares para afastar as aves. São realmente inofensivos. Mas, se certo número de pomareiros os empregarem numa área, às vezes podem soar como se fosse uma revolução em pequena escala.

A Busca da Qualidade e Economia

Por ali, entre as árvores, pode ver o pomicultor. Está dirigindo seu trator, com grande pulverizadora, entre as fileiras de árvores. Precisa de bastante equipamento especializado, muito embora seu pomar só tenha uns 5 hectares. Isso é um tanto mais do que a média, embora haja grandes companhias detentoras de até uns 120 hectares ou mais.

Ao passo que talvez ache que essa seria a vida ideal, posso afirmar que o pomicultor se vê às voltas de muitos problemas. Aqui, no Vale Okanagan, da Colúmbia Britânica, há mais de 3.000 pomicultores, que cultivam uns 14.000 hectares, não incluindo aqueles cujo terreno é pequeno demais para se registrar como pomareiro comercial. Ademais, quase todos os outros têm algumas árvores no quintal dos fundos. Para a maioria dos fruticultores, é difícil viver bem disso. O custo do terreno, de maquinaria e da mão-de-obra aumenta rapidamente, ao passo que os preços das frutas que o produtor consegue são quase que os mesmos que há vinte anos atrás.

Além dos preços baixos, outro problema sobre o qual o produtor não tem controle é o tempo. Para enfrentá-lo, tem de usar boa direção e bom senso. Seus pomares precisam ser bastante produtivos nas boas épocas para “atravessar” as tempestades, tanto financeiras como físicas.

Este pomicultor que agora observamos no trabalho, em especial tornou-se bem eficiente por empenhar-se pela melhor qualidade, junto com maior produção. Reduz os custos por empregar maquinaria especializada. Agora, ao invés de pagar mão-de-obra na época, precisa de ajuda extra apenas brevemente, na colheita. O resto pode ser cuidado por ele mesmo e sua família.

Além disso, verificou que, por replantar uma variedade de arbustos, pode obter até umas 25 a 50 toneladas por hectare. Estas novas variedades permitem a redução drástica do intervalo entre as árvores. Alguns até mesmo plantaram árvores anãs em fileiras que parecem como cercas vivas com cerca de 3,30 metros uma da outra. Um dos problemas encontrados quando as árvores ficam muito pequenas, contudo, é que a geada de fins da primavera pode matar os brotos de frutas, que, em virtude da árvore menor, estão muito mais perto do solo.

Talvez tenha imaginado, como eu fiz certa vez, que uma árvore maior tivesse muito mais maçãs. Mas, o pomicultor diz que não é assim. Adicionalmente, a melhor fruta está por fora da árvore, onde o sol a banha. A árvore menor tem menos área interior desperdiçada. Ademais, é muito mais fácil colher seus frutos. Em certos casos, não se precisa de escada alguma.

Junto com as árvores menores, os fruticultores se voltam para novas variedades que produzem cor mais rica. Estas têm maiores preços. Os fruticultores sabem que a dona de casa aprecia fornecer à família frutas que tenham boa aparência, bem como bom sabor. Assim, desenvolveram-se variedades que reluzem razoavelmente com a profundidade de cores. Mais de cinqüenta variedades da Vermelha Deliciosa, por exemplo, se acham disponíveis. Outrossim, é muito pouco em comparação com cerca de dez mil diferentes variedades de maçãs que são cultivadas através do mundo.

Novos Métodos de Controle das Pragas

Posso notar que parece duvidoso quanto à pulverização feita pelo fruticultor. Provável é que se preocupe com as acusações globais de que todas as pulverizações exercem efeito prejudicial sobre o meio-ambiente. O pomicultor também se mantém em dia com isso. Não mais tenta matar todo inseto e nutrir a fruta numa atmosfera quase esterilizada. É interessante que aprendeu que até as chamadas pragas “prejudiciais” podem ser de ajuda para ele. Por exemplo, algumas variedades de ácaros que surgem na primeira parte da estação constituem alimento para outros insetos que não prejudicam a árvore. Bem, se tais ácaros fossem mortos por um inseticida, seus predadores também seriam provavelmente mortos ou expulsos, e não estariam por ali para devorar as variedades mais perigosas que se apresentassem depois. Assim, mais tarde, outra pulverização teria de ser feita. Agora, os pomicultores conseguem os mesmos resultados por não usarem nenhum inseticida. Somente se certificam que haja bastantes insetos úteis. Isso economiza tempo e dinheiro, e mostra respeito pela ecologia, também.

O fruticultor pulveriza nutrimento para as árvores. Conta-me que tentam suprir as deficiências do solo, de modo a ter árvores saudáveis, que possam combater por si as doenças e o dano dos insetos nocivos. Descobriu-se que esta área da América do Norte, conhecida como o Cinturão Interior Seco (que se estende para o sul, para os pomares da Califórnia), é deficiente em boro mineral. Embora não entendam plenamente como e por que dá certo, sabem que têm de adicioná-lo a este solo a cada três anos, mais ou menos, a fim de promover o crescimento saudável das árvores.

Outra inovação no controle das pragas diz respeito à larva das maçãs — notória praga de maçãs que se encontra em todos os países produtores de maçãs exceto o Japão e a Coréia. Já ouviu falar dela! Então sabe o dano causado por tais larvas, ao perfurarem as maçãs. Agora, imagine só, os fruticultores estão colocando larvas dentro de seus pomares! Posso ver que ficou atônito, mas não é tão louco como parece. Como vê, as larvas introduzidas são todos machos estéreis. Continuam sua vida de forma normal, competindo com os machos normais em obter o afeto das fêmeas, mas não há prole. O número de larvas então se reduz, e tudo sem os perigosos efeitos colaterais possíveis como o uso de pesticidas. Até agora, o programa experimental, na maior parte, produz resultados a contento.

Agora, deixe-me falar-lhe acerca de algumas das vantagens de viver no meio de 14.000 hectares de pomares.

Benefícios de Viver por Perto

Nesta região frutífera aprende-se a reconhecer as características de diferentes variedades — por exemplo, a Cereja Azeda é melhor para tortas, ao passo que a Lambert e a Bing são maiores e mais doces, deliciosas para serem comidas frescas. Similarmente, maçãs MacIntosh são ideais para sucos, ao passo que as Douradas Deliciosas têm um sabor um tanto como pêras e são uma das favoritas para serem comidas frescas.

Viver aqui, por certo, significa que dispomos regularmente de frutas frescas. Podemos consegui-las a um preço razoável se esperarmos a época oportuna. Muito depende de quanto nós mesmos queremos fazer. Se só queremos fazer pouco há sempre a conveniência dos supermercados da vizinhança. Mas, devemos estar dispostos a pagar substancialmente mais do que se fôssemos, na época, direto ao produtor. Mesmo então, se o pomicultor permitir, economizaríamos ainda mais por colher as frutas nós mesmos. Natural é que desejamos ter cuidado de não pagar só as frutas mais fáceis de alcançar, e de não danificar a árvore de qualquer forma, ou rapidamente deixaríamos de ser bem-vindos.

Há ocasiões, também, em que pode-se conseguir muita coisa quase por nada, se se estiver disposto a trabalhar e não se fizer questão de só obter o melhor tipo. Muito depende de se conhece ou não o produtor. Se, em diversas ocasiões, já comprou caixas de frutas dele, e ele o reconheceu como tendo boas maneiras e conduta decente, talvez concorde em permitir que entre em seu pomar depois da colheita principal para pegar algumas que o “vento derrubou”, maçãs que caíram da árvore. Assim, se escolher a época — logo depois da colheita, ou duma ventania forte — talvez verifique que “colher” do chão é bom, e não custa quase nada. Depois de lavá-las, selecione para estocar só as que não têm nenhum corte nem machucados; o restante pode ser rapidamente transformado em conserva.

Produto Apreciado o Ano Inteiro

Já ficou pensando como é possível conservar as maçãs o inverno todo de modo que fiquem no ponto das maçãs “acabadas de colher” na primavera do ano? Bem, trata-se de mais do que simples estocagem no frio. Os produtores desta região se referem a isso como CAS (Estocagem em Atmosfera Controlada). Sendo um tanto técnica, basicamente reconhece que a maçã “exala” bióxido de carbono, o qual, junto com o calor, decompõe a estrutura da fruta e a torna mole. Assim, estocam-na pouco acima do ponto de congelamento (0° C) numa câmara fechada que mantém o ar “livre” de quantidades excessivas de bióxido de carbono. Naturalmente, isto não dá igualmente certo com todas as variedades. Algumas têm “polpa” naturalmente mais mole, já de início, e não agüentam nem mesmo a CAS por tanto tempo quanto a variedade Winesap.

Como se dá com as maçãs, o mesmo acontece com as uvas. Se se tornar amigo do viticultor, talvez possa às vezes conseguir entrar em sua videira depois da primeira geada do outono, quando talvez ainda haja considerável quantidade de uvas nas videiras. Estas dão excelentes doces, geléias e, naturalmente, vinho.

Bem, que tal provar um pouco do suco de fruta do ano passado? Vamos passar na casa dum amigo. Tem pequeno pomar que usa primariamente para si mesmo, embora venda alguma fruta fresca a outros. A esposa dele faz conservas de grande parte para uso da família. Vamos pedir a ela que nos conte como faz isso.

“Fazemos grande parte de nossas conservas da maneira usual de cozê-las, fazendo pastas de frutas e geléias. Mas, na nossa família, todos apreciamos sucos. Aqui está, tome um copo de suco de maçã. Este é um dos nossos favoritos. Mas, também fazemos sucos de ameixas, cerejas, damascos, pêssegos, bem como de outras frutas e legumes da horta.

“Para a maioria, verificamos que cozer em banho-maria, que tira o suco da fruta, é o melhor método. No entanto, se queremos fazer vinho, temos de adicionar um pouco de fermento fresco, visto que o calor mata as bactérias. Tentamos usar toda a fruta. Até mesmo damos a polpa aos patos e às galinhas. Ou talvez misturemos a polpa da maçã com mel para termos maravilhosa pasta de maçã. Mas, não sobra muita polpa quando se considera que a maçã tem 84 por cento de suco.

“Eis aqui outra das favoritas de nossa família. Cerejas congeladas. Não é a fruta normalmente congelada, mas temos tido bom êxito em comê-las geladas, assim que começam a degelar. Se deixá-las degelar por completo, tendem a ficar muito empapadas. Mas, comidas geladas são deliciosas num dia quente de verão. Lembre-se, também, quando as congela, de espalhá-las numa superfície plana, mantendo-as separadas. Dessa forma, segundo verifiquei, não se grudam num bloco grande quando colocadas num receptáculo para estocagem permanente.

“Pode fazer a mesma coisa com outras frutas, também. Talvez verifique ser melhor descascar algumas delas, como as maçãs, pêssegos e pêras, e se aspergir sobre elas um pouco de ácido ascórbico, isso impedirá sua descoloração.”

É hora de ir embora? Sinto que sua visita tenha de terminar. Foi real prazer mostrar-lhe parte de nosso lindo vale. Por favor, volte novamente.

No ínterim, aprecie a espécie de fruta que cresce em sua parte da terra, onde quer que viva. Em todo país do mundo, o homem pode comer frutas e apreciá-las. Dá mais variedade à nossa vida, tanto na cor como no sabor. Até no Ártico, a breve primavera e verão produzem amoras silvestres, que os esquimós conservam por congelamento. E, ao ter oportunidade de provar as infindáveis variedades, reflita comigo no amor demonstrado pelo nosso Grandioso Criador em prover à humanidade tais iguarias delicadas como são as frutas.

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