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  • g78 22/1 pp. 24-25
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  • Uma loja à sua porta
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Despertai! — 1978
g78 22/1 pp. 24-25

Uma loja à sua porta

Do correspondente de “Despertai!” na República Dominicana

“ZAFACÓN!” “Que foi isso?”, perguntei à minha esposa, ao me sentar ereto na cama. “Zafacón!” “Lá está ele de novo!” Notei a hora — 5,30 da manhã. Ainda tonto de sono, levantei-me da cama e espreitei pela janela. Para minha surpresa, vi um homem baixo e magro descendo rua abaixo, pela calçada, com cerca de quatro latas galvanizadas de lixo, amarradas por uma corda aos seus ombros. Quando ele repetiu “zafacón” (palavra espanhola usada na República Dominicana e Porto Rico para lata de lixo), compreendi que ele estava apregoando suas mercadorias.

Essa foi minha primeira experiência, porém não a última, com os vendedores ambulantes de São Domingos. Acabávamos de chegar na noite anterior.

Em certos países ocidentais, as pessoas costumeiramente compram no supermercado ou centro de compras locais. Mas, aqui em São Domingos, muitos preferem ficar em casa e deixar que a loja chegue à sua porta.

O vendedor de ovos chega antes do café da manhã. Ele talvez carregue, empilhadas sobre a cabeça, dez ou quinze caixas de ovos, cada uma contendo trinta ovos. Mesmo assim, mantém um passo razoavelmente ligeiro e não usa sequer as mãos para firmar sua pilha de ovos. Pense só no que aconteceria caso tropeçasse! Mas o vendedor de ovos parece indiferente ao perigo e raramente quebra até mesmo um ovo.

O mais comum entre os vendedores de rua é o platanero, o vendedor de bananas-de-são-tomé. Esta fruta, quando abundante e barata, é quase tão comum no cardápio dominicano quanto a porção diária de arroz e feijão. O platanero talvez também venda mandioca, um tubérculo amiláceo que serve bem como substituto das batatas e é, usualmente, mais econômico.

O que precisa para sua salada? Logo a marchanta ou verdureira virá, bradando “verdura!” Sobre a cabeça ela transporta grande tabuleiro retangular, carregado de todos os tipos de verduras, ervas e tomates. Quando ela enche este receptáculo côncavo no mercado, bem cedo de manhã, talvez pese até 14 quilos ou mais.

“Não lhe dói a cabeça ou o pescoço depois de carregar esse peso a manhã inteira?”, perguntei a uma senhora forte, recentemente.

“Certamente que dói no início, mas, depois de algum tempo, a gente se acostuma”, foi a resposta dela. Fiquei surpreso diante da pilha de alimentos frescos sobre a cabeça dela, e pensei comigo mesmo de que estava contente de que era a cabeça dela, e não a minha.

Além de uma série de itens alimentícios — legumes, frutas, galinhas vivas, peixe —pode-se comprar muitas outras coisas bem à porta. Precisa dum espelho, ou gostaria de um forte jarro de flores para sua begônia? Escute apenas quando o vendedor passa; ele não demorará muito. Que dizer de algo para a arca de costura? Logo o armarinho passará, com tecidos, linhas, dedais, fechos ecler, botões, colchetes e coisas assim. Outro vendedor talvez ofereça roupas de homens e de senhoras, tanto roupas de baixo como peças de vestuário. De ainda outro vendedor é possível comprar vários itens domésticos.

É provável que a pessoa veja carrinhos de bebê ou de crianças carregados de tudo, desde rolos e grampos para cabelos até livros e revistas para se comprar, trocar ou alugar. Sim, é possível alugar um livro por certa importância por dia, ou por semana, bem à porta.

Até mesmo serviços são oferecidos à porta. Um bombeiro ambulante se apresentará, no devido tempo, para consertar aquela pia entupida ou outros serviços de encanamento. Ouça sua oferta. Possui facas ou tesouras que precisam ser amoladas? Fique atento ao assobio, escala acima e escala abaixo. Trata-se do amolador anunciando a sua presença. Será que seu guarda-chuva precisa de conserto? O consertador de guarda-chuvas ficará feliz em servi-lo no seu percurso diário. Que dizer daquele salto de sapato que caiu ou daquele buraco em sua sola de sapato? Um sapateiro ambulante ficará feliz de consertá-lo.

Os métodos de apregoar as coisas variam. Cada um é característico e descreve com exatidão o item ou serviço disponível. Alguns ambulantes têm uma voz que parece penetrar a quilômetros de distância. Certa senhora que vende ervilhas em vagens pode ser ouvida vários minutos antes de chegar à porta. Caso esteja em frente à sua casa, a voz dela abafará qualquer conversa que poderia estar mantendo. Para serem ouvidos, alguns ambulantes colocam a mão a cerca de 2,5 centímetros de sua boca, para provocar a deflexão do som nas esquinas, para trás e para cima. Alguns pregoeiros usam sistemas sonoros portáteis, movidos a bateria.

Desde que chegamos, já se passaram mais de cinco anos. Para nós, a novidade dos vendedores de rua já desapareceu. Mas ainda apreciamos quão prático e conveniente é que uma loja venha à nossa porta.

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