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  • O que os músculos podem e o que não podem fazer

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  • O que os músculos podem e o que não podem fazer
  • Despertai! — 1981
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Despertai! — 1981
g81 22/6 pp. 12-14

O que os músculos podem e o que não podem fazer

Seus mais simples movimentos são maravilhas que temos como certas. Submetidos a exercícios, realizam espantosas proezas de força e resistência. Existe, porém, outro tipo de adestramento muito mais importante, que pode realizar o que os músculos jamais podem.

UMA caixa cheia de penas. Você deseja apanhá-la. Sua mente instrui o grupo de músculos envolvidos e você a apanha. Agora a caixa está cheia de barras de chumbo. Sua mente instrui o mesmo grupo de músculos que ergueram as penas a que suspendam agora o chumbo, e eles obedecem. Elementar? De maneira nenhuma.

Uma fibra do músculo esquelético não se contrai com menor ou maior força, dependendo se for para pesos mais leves ou mais pesados. Quando um terminal nervoso comanda a fibra a se contrair, ela assim o faz completamente. Uma vez que se contrai, se contrai integralmente. Como é que se explica, então, que, em resposta a um comando os músculos exercem apenas força suficiente para levantar penas, e em resposta a outro comando esses mesmos músculos reúnem a força maior necessária para levantar chumbo?

Um músculo compõe-se de muitos feixes de minúsculas fibras musculares, cada feixe recebendo o nome de unidade motora. Para cada unidade existe um nervo motor que, no seu terminal, ramifica-se de um modo tal que cada fibra muscular tem seu terminal nervoso particular, para estimulá-lo. O impulso eletroquímico é transmitido por substâncias químicas, a partir do terminal do nervo, para a fibra, onde o impulso de novo se torna eletroquímico. A fibra se contrai. Todas as fibras nesse feixe ou unidade motora se contraem.

Agora, nem todos os feixes de fibras dum músculo se contraem quando tal músculo é usado. Se a mente sabe que ele está apenas levantando penas, o sistema nervoso central impulsiona apenas os comparativamente poucos feixes necessários para levantar penas. Mas, se o caso é levantar chumbo, um número bem maior de feixes serão estimulados a se contraírem.

Às vezes, a mente é enganada. Se pensa que a caixa está cheia de penas quando na realidade contém chumbo, um número insuficiente de fibras são informadas de que devem se contrair e a mente se surpreende. Ela tem a impressão de que a caixa foi pregada no chão. Mas, caso a mente imagine que a caixa esteja cheia de chumbo, quando, na realidade, está cheia de penas, muitos feixes de fibras são acionados para suspender chumbo, e a impressão é que a caixa levanta vôo do chão.

Decisões! Decisões!

A situação é tal que o sistema nervoso central ininterruptamente faz decisões relativas a quantos feixes de fibras precisa impulsionar para que se contraiam na execução das muitas tarefas ao encargo dos aproximadamente 650 músculos do corpo. Os componentes sensoriais nas fibras, denominados receptores da distensão fazem a monitorização das fibras e enviam de volta informações ao sistema nervoso central, e por meio desta realimentação ajudam na tomada de decisões. Talvez odeie fazer decisões, mas, inconscientemente, você faz milhões delas, constantemente!

Quando mais fibras se contraírem, tanto maior e mais rígido será o músculo. Por exemplo, seu bíceps se contrai para erguer a mão e coçar a cabeça. Não são necessários muitos feixes de fibras, de modo que seu bíceps fica bem macio. Mas, ponha nos ombros, com o mesmo movimento, um peso de uns 15 quilos, e seu bíceps avultará e endurecerá, à medida que mais fibras entram em ação.

Alguns músculos dispõem dum controle muito melhor da tensão do que outros. Os dedos, por exemplo, podem fechar-se como se fossem uma garra de aço, ou manusear, delicadamente, ovos de fina casca. Tais músculos contêm muitos feixes de fibras, mas cada feixe só tem apenas poucas fibras — alguns com não mais de 10. Outros músculos grandes, como alguns das pernas, não conseguem executar tais movimentos, de alta precisão. Possuem menos feixes de fibras, mas muito mais fibras em cada feixe — amiúde mais de 100.

Os músculos esqueléticos possuem basicamente dois tipos de fibras: escuras, para ação lenta, firme; claras, para ação imediata. (Chamadas fibras de contração lenta e fibras de contração rápida). Alguns músculos são compostos quase que inteiramente de fibras de ação lenta, mas outros de uma combinação de lentas e rápidas. Pessoas que são incomumente rápidas nos movimentos têm mais fibras claras ou rápidas do que as pessoas cujos movimentos são mais lentos. Ágeis ginastas, por exemplo, necessitam fibras rápidas para a execução dos giros deslumbrantes e retumbantes, que nos impressionam. Também, destacados corredores de curta distância possuem mais de tais fibras rápidas do que os corredores de longa distância. O exercício produz resultados, mas não pode mudar a proporção de fibras rápidas e lentas — isto é hereditário, um dom.

Onde Se Origina a Energia

O ATP (trifosfato de adenosina) é a rica fonte de energia para a contração muscular. É produzido nas fibras musculares por corpúsculos chamados mitocôndrias e é formado de vários modos. As gorduras nos tecidos musculares (tecido adiposo) são decompostas e se transformam em ácidos isentos de gordura, no músculo e também no sangue. Com o tempo, nas fibras musculares eles são oxidados para liberar energia e produzir o ATP. A glicose do sangue é também oxidada nas fibras musculares para formar o ATP. Certa porção de glicose do sangue é armazenada nos músculos em forma de carboidratos, chamado glicogênio. Daí, à medida que o ATP for necessário, este glicogênio decompõe-se em glicose, que, sem usar oxigênio, produz o ATP.

Estes métodos para produzir o ATP são empregados simultaneamente, mas, em graus variados, de acordo com as circunstâncias. O tipo de exercício, sua intensidade, sua duração, a aptidão física do indivíduo — todos são fatores que determinam quanto ATP cada método suprirá, em ocasiões determinadas. Pertinente à corrida a longa distância, contudo, quando o exercício tiver sido intenso por longo período, o principal recurso para a produção do ATP é o glicogênio.

Os participantes de maratonas muitas vezes fazem o que é chamado de sobrecarga (ou acúmulo) de carboidratos. Poucos dias antes duma corrida eles devoram carboidratos, e por assim fazerem podem aumentar a quantidade de glicogênio armazenado nos músculos em até 300 por cento. Um subproduto de tal uso do glicogênio, contudo, é o ácido láctico e é seu acúmulo nos músculos que provoca fadiga, e, eventualmente, músculos doloridos.

Adorar os Músculos ou o Criador Deles?

Os músculos são capazes de realizar muitas coisas: arremessar uma bola e fazê-la curvar-se e resvalar. Equilibrar verticalmente o corpo, em uma das mãos. Fazer o corpo voar, saltar e mergulhar graciosamente no ar. Os músculos dos braços podem suspender pesos de centenas de quilos, acima da cabeça. Os músculos das pernas podem propulsar o corpo por cima de uma barra de 2 metros de altura, ou por quase 9 metros em salto à distância, ou correr 100 metros rasos em menos de nove segundos ou 1.600 metros em menos de quatro minutos, ou uns 42 quilômetros em pouco mais de duas horas. Ou podem sustentar uma corrida de 80 quilômetros ou o dobro disso. Os índios tarahumara, no México, correm 320 quilômetros. Afirma-se, duvidosamente, que os mahetangs, monges tibetanos treinados especialmente para terem “pés ligeiros”, correm 480 quilômetros em 30 horas, enquanto repetem suas mantras sagradas acompanhando o ritmo de suas passadas largas e de sua respiração.

Os músculos inspiram reverência. Mas os músculos não são deuses. Parece que alguns corredores pensam que são — uma minoria, sem dúvida. Um relaciona o correr à busca do Santo Gral. Outro corredor afirma que “a busca do espírito através do corpo apenas começou”. O Dr. George Sheehan, chamado por muitos de o sumo sacerdote da corrida, disse: “Corro o perigo de falhar em alcançar meus limites e achar Deus. Mas, neste caso, o correr me ajuda.” Uma mulher adepta do correr assemelhou sua experiência na corrida a uma conversão. A mulher dum corredor disse: “Tom era metodista. Agora é corredor”. Em seu livro a respeito da corrida, Joel Henning disse: “Trata-se, sem dúvida, duma forma de adoração, duma tentativa de encontrar Deus.” Bob Anderson, editor de On the Run (Correndo) declarou: “Alguém certa vez disse: ‘Para que a humanidade sobreviva, será necessário inventar uma nova religião.’ A religião já foi inventada. É a religião do corredor.”

Mas, espere um minuto! Os músculos não podem salvar. Apenas o Criador deles o pode. Os músculos refletem a sabedoria criativa de Jeová. Perceba que Gênio é Jeová na agilidade, velocidade, força e resistência deles. Veja isso nas suas complexidades eletroquímicas, com milhões de reações em milhões de fibras, a cada segundo do dia, monitorizados e sincronizados sem consciência de nossa parte. Sem consciência de nossa parte prosseguem executando sua tarefa de nos manter vivos: os pulmões respirando, o coração batendo, o sangue circulando, os órgãos digerindo, as glândulas segregando, os circuitos elétricos disparando — e muitas outras funções, das quais jamais nos apercebemos.

O exercício muscular é benéfico, mas não se compara ao treinamento em devoção piedosa. “O treinamento corporal é proveitoso para pouca coisa”, escreveu o apóstolo Paulo, “mas a devoção piedosa é proveitosa para todas as coisas, visto que tem a promessa da vida agora e daquela que há de vir”. (1 Tim. 4:8) Derive prazer de qualquer tipo de exercício que praticar. Usufrua seus benefícios. Pode fazê-lo sentir-se melhor. A devoção piedosa, contudo, pode fazer o que os músculos jamais podem — fazê-lo viver mais tempo, até mesmo para sempre. Conforme cantou o salmista:

“O SENHOR não dá nenhum valor à força dum cavalo e não tem prazer nas pernas dum corredor; seu prazer é nos que o temem.” — Sal. 147:10, 11, “The New English Bible” (A Nova Bíblia Inglesa).

[Quadro na página 13]

O QUE O EXERCÍCIO AERÓBICO FAZ A FAVOR DOS MÚSCULOS

As fibras musculares se tornam mais rígidas e se contraem mais rapidamente.

As mitocôndrias aumentam em número — produzem o ATP (trifosfato de adenosina).

O número de enzimas necessitado pelas mitocôndrias para fazer o ATP aumenta — até três vezes mais nos que praticam corrida à distância do que em pessoas sedentárias.

A mioglobina nos músculos muitas vezes duplica. Esta transporta oxigênio às mitocôndrias. Mais mioglobina significa mais oxigênio.

Das artérias brotam novos canais, aumentam os capilares, amiúde duplicando. Isto significa mais suprimento de oxigênio do sangue para os músculos.

Devido a esta circulação aumentada e mais mioglobina, o suprimento de oxigênio é mais eficiente e menos fluxo de sangue é necessário.

Aumenta a quantidade de gorduras oxidadas, suprindo mais ATP.

A oxidação da glicose aumenta — outra fonte do ATP.

Músculos exercitados contêm maiores concentrações de carboidratos armazenados (glicogênio) — a principal fonte de energia para exercícios intensos, por períodos longos.

Músculos exercitados não acumulam ácido láctico tão depressa, e podem resistir mais do que músculos não exercitados; conseqüentemente, diminui o cansaço.

[Quadro na página 13]

O QUE A FALTA DE EXERCÍCIO FAZ CONTRA OS MÚSCULOS

Os músculos diminuem, perdem o tono, atrofiam-se. É óbvio quando se tira o gesso de braços e pernas fraturados — os músculos encolheram.

Num estudo, certo número de atletas ficou 20 dias na cama. A capacidade de absorção de oxigênio caiu em mais de um quarto. A capacidade de bombeamento do coração caiu na mesma proporção. Houve diminuição de 15 por cento nos glóbulos vermelhos.

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