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  • Loterias — por que são tão populares?
  • Despertai! — 1991
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Despertai! — 1991
g91 8/5 pp. 4-6

Loterias — por que são tão populares?

POR QUE as pessoas jogam na loteria? “É interessante, é divertido”, disse uma representante dum conselho de loterias. Talvez seja assim, mas o principal atrativo certamente é o dinheiro do prêmio. Praticamente qualquer pessoa teria em que gastar um dinheirinho extra. E as loterias prometem muito dinheiro. No atual mundo incerto, de preços que sempre aumentam, de grandes quedas nas Bolsas de Valores e de empregos que não oferecem perspectivas de progresso, milhões de pessoas acreditam que ganhar na loteria é a única maneira imaginável de ficarem fabulosamente ricas.

Para aumentar o atrativo, as loterias são simples e fáceis de jogar. Há muitas variações, tais como a loto, o jogo do bicho e as “raspadinhas”, que revelam números ocultos, mas todas estas têm duas características em comum. A primeira é que os apostadores ganham quando os números em seus bilhetes correspondem aos que são sorteados pelos organizadores. A segunda é que, diferente de outras formas de jogatina, não se exige nenhuma técnica ou conhecimento especial para ganhar. Ganhar ou perder é questão de mera casualidade.

As pessoas também jogam na loteria porque é fácil comprar bilhetes. A maioria dos americanos pode comprá-los na mercearia local. Em outros lugares, se não há uma casa lotérica por perto, os jogadores podem fazer apostas pelo correio, por telefone, por telex ou por fax.

O Que Há de Novo nas Loterias?

Será que as loterias são novidade? De forma alguma. Em festividades, na antiga Roma, os imperadores Nero e Augusto davam escravos e terrenos como prêmios. Um dos primeiros prêmios em espécie de que se tem registro foi provavelmente pago em 1530 por uma loteria em Florença, na Itália. Nos séculos seguintes, as loterias floresceram na Europa. As loterias prosperaram também nos primórdios da América, arrecadando dinheiro que ajudou a financiar Jamestown, o Exército Continental e a construção de prestigiosas universidades, tais como Harvard, Dartmouth, Yale e Colúmbia.

No século 19, contudo, o negócio entrou em apuros. Os opositores criticavam severamente a jogatina em massa e acusavam os sorteios de serem fraudulentos. As loterias estavam crivadas de suborno, corrupção e envolvimento com criminosos. Os patrocinadores particulares acumulavam enormes lucros. Em resultado disso, as loterias nos Estados Unidos, França e Grã-Bretanha foram banidas.

O fim da história? É óbvio que não. As loterias continuaram a prosperar em outros lugares — na Itália, por exemplo, e na Austrália. Carlos III, da Espanha, criou uma loteria em 1763; sua versão moderna foi legalizada em 1812. Um país após outro decidiu tomar partido a favor da loteria. Em 1933, a França suspendeu sua proscrição e estabeleceu a Loterie nationale. Também na década de 30, a Irlanda criou o seu famoso Sweepstake Irlandês em Benefício de Hospitais. A Takarakuji do Japão teve início em 1945. A Grã-Bretanha aprovou as boladas esportivas e os sorteios de bônus premiado, que na realidade são loterias com outros nomes. E, em 1964, os Estados Unidos reingressaram no negócio.

Daí, na década de 70, dois acontecimentos transformaram o funcionamento das loterias. O primeiro foi a introdução de computadores ligados a terminais nas casas lotéricas. Passou a ser possível organizar jogos em grande escala e com grande freqüência, nos quais os apostadores pudessem escolher os seus próprios números. Já não era necessário esperar semanas ou meses para ver se haviam ganho; os apostadores podiam saber o resultado em dias, horas ou até minutos.

O segundo acontecimento foi a introdução da loto, um jogo em que as probabilidades de ganhar são poucas. Na loto, quando a bolada não sai, ela é transferida para os sorteios seguintes. Conseqüentemente, o prêmio pode chegar a milhões de dólares. Com a loto, as vendas subiram rapidamente, e o negócio tornou-se grande, realmente grande.

Atrativo Para os Patrocinadores

Por que os governos promovem a jogatina? Porque é uma maneira fácil de arrecadar dinheiro sem aumentar os impostos. Ao passo que os caça-níqueis e a roleta chegam a dar em prêmios até 95 por cento do que é arrecadado, as loterias pagam menos de 50 por cento. Por exemplo, nos Estados Unidos, em 1988, cerca de 48 centavos de cada dólar arrecadado nas loterias foram pagos em prêmios e 15 centavos foram usados em promoção, vendas e administração. Os 37 centavos restantes foram usados para financiar benfeitorias públicas, educação, saúde e assistência aos idosos. Em todo o país, isto chegou a US$ 7,2 bilhões.

Mas os governos não organizam loterias só para arrecadar dinheiro. Se eles não ingressarem no negócio, talvez percam dinheiro. Seus cidadãos talvez joguem em outro lugar. Portanto, quando um país ou estado cria uma loteria, os vizinhos passam a ser pressionados a fazer o mesmo. Este efeito, semelhante ao produzido por uma bola de neve, é evidente nos Estados Unidos. Em 1964, só havia uma loteria estadual; em 1989, já havia 30.

Sonhos de Riqueza

Naturalmente, muitas pessoas estão tentando embolsar uma parte do dólar do consumidor. Assim, como é que os patrocinadores convencem o público a gastar em loterias? Fazendo propaganda! Apelam para os profissionais da persuasão!

Será que os anúncios frisam que uma parte (ainda que pequena) da renda ajudará a financiar a educação ou proporcionará assistência aos idosos? Longe disso! Raramente se menciona isto. Antes, os anúncios frisam quão bom seria ganhar milhões de dólares. Eis alguns exemplos:

◻ “O Fabuloso Estilo de Vida das Pessoas Ricas & Famosas Pode Ser Instantaneamente Seu . . . ao Jogar na Célebre LOTO 6/49 de Muitos Milhões de Dólares, do Canadá.”

◻ “A LOTERIA DA FLÓRIDA . . . Fique Rico na Maior Loteria da América.”

◻ “Dinheiro Feito na Alemanha. — TIRE A SORTE GRANDE e fique Milionário da noite para o dia.”

Uma técnica agressiva de venda? Certamente que sim! Os esforços de suavizar o tom dessa publicidade geralmente terminam quando os bilhetes não são vendidos. De fato, os patrocinadores recorrem a esquemas e comercialização mais intensos para atrair novos jogadores e manter o interesse dos antigos. Eles constantemente têm de oferecer algo que pareça novidade. O diretor da loteria de Oregon, EUA, James Davey, disse: “Exploramos temas para a jogatina, tais como as Olimpíadas. No Natal, exploramos o tema Dinheiro Para as Festas de Fim de Ano. Sob Estrelas da Sorte, incentivamos o jogo à base dos signos astrológicos das pessoas. Achamos que quando se põe em operação dois ou três, quatro ou cinco esquemas ao mesmo tempo, vendem-se mais bilhetes.”

Mas a maior atração é, decididamente, um gigantesco prêmio acumulado. Na loto, quando o prêmio aumenta, como aconteceu quando chegou a US$ 115 milhões na Pensilvânia, em 1989, ele se torna uma grande notícia. As pessoas correm em massa para comprar bilhetes, no que um escritor chamou de “fome frenética do jogador”. No meio da histeria, mesmo aqueles que normalmente não jogam na loteria estão dispostos a desembolsar seu dinheiro.

[Quadro na página 6]

A Febre da Jogatina e a Religião

“A Igreja Católica ensinou-me a jogar. Bingo e rifas de modo algum são diferentes das loterias. Se a Igreja Católica tomasse a liderança e parasse com toda a jogatina, eu reconsideraria a possibilidade de refrear-me de jogar na loteria. Se sou ganancioso, é porque isto é quase um sacramento da Igreja.” — De um leitor à revista U.S. Catholic.

“Após a Missa dominical, o segundo ofício mais freqüentado nas igrejas católicas é o bingo semanal, de acordo com uma pesquisa feita pela Universidade de Notre Dame entre paróquias católicas.” Contudo, diversos sacerdotes afirmam que a maioria dos que comparecem ao bingo não vão à igreja. — The Sunday Star-Ledger, Nova Jérsei, EUA.

“São Pancrácio Trouxe Boa Sorte a Madri” foi a manchete no semanário espanhol ABC, edição internacional. O artigo continuava: “‘Foi São Pancrácio’, exclamaram vez após vez os dois empregados da casa lotérica . . . onde foi vendida a única série de 21515, o ‘gordo’ [bolão] no valor de 250 milhões [de pesetas, ou, atualmente, US$ 2.500.000], que foi distribuído em Madri. [Os empregados] confessaram que haviam orado ao santo, cuja imagem ocupa uma posição de destaque no estabelecimento e sobre a qual eles colocaram um raminho de salsa, para terem a sorte de vender o ‘gordo’ de Natal.”

“Tentando achar maneiras de explicar sua boa sorte, os ganhadores mais antigos tendiam a crer que Deus e o destino os haviam marcado para ganhar o dinheiro. . . . ‘Queremos crer que a boa sorte e a má sorte são atribuídas a alguma coisa, não ao acaso’, disse o Dr. Jack A. Kapchan, professor de psicologia da Universidade de Miami. ‘E a quem vamos atribuir isto senão a Deus?’” — The New York Times.

O que diz a Bíblia sobre a boa sorte? Jeová disse aos infiéis em Israel: “Mas vós sois os que abandonais a Jeová, os que vos esqueceis do meu santo monte, os que pondes em ordem uma mesa para o deus da Boa Sorte e os que estais enchendo vinho misturado para o deus do Destino.” — Isaías 65:11.

Quantos dos relativamente poucos ganhadores param para pensar que sua isolada boa sorte se baseia na má sorte de milhões de perdedores? Será que a jogatina, de alguma forma, reflete ‘amor ao próximo’? É razoável ou bíblico pensar que o Soberano Senhor do universo se envolveria em vícios egoístas, tais como a jogatina? — Mateus 22:39.

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