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  • O cupim: amigo ou inimigo?
  • Despertai! — 1995
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Despertai! — 1995
g95 22/5 pp. 17-19

O cupim: amigo ou inimigo?

DO CORRESPONDENTE DE DESPERTAI! NO QUÊNIA

“KUMBE! Mchwa!”, exclamou o ministro cristão ao erguer, junto com outros, uma piscina portátil de madeira. Esperavam usá-la como tanque de batismo numa assembléia de circuito das Testemunhas de Jeová, no Quênia. Para sua consternação, porém, descobriram que boa parte da madeira estava carcomida. Daí a expressão de frustração, que traduzida, quer dizer: “Oh! Cupins!”

É possível que nenhum outro inseto seja tão associado com estrago de propriedades como o minúsculo cupim, ou térmite. Mas será que ele é realmente inimigo do homem? Para responder a isso, vamos dar uma olhada de perto no cupim.

A fortaleza do cupim

No Quênia, é comum ver cupinzeiros altíssimos. Trata-se de estruturas em forma de chaminé que se projetam à altura de cinco a seis metros acima do solo. Esses montes, que lembram cidadelas de concreto, são construídos com tanta precisão que os cupins são chamados de mestres da arquitetura. Não é incrível que insetos minúsculos consigam erigir uma fortaleza tão impressionante, ainda mais levando-se em conta que são um tanto lentos — e cegos?

Por dentro, o monte é um complexo labirinto de câmaras e túneis. Essa agitada metrópole também dispõe de um eficiente sistema de drenagem, ventilação e até ar condicionado. O ar quente sai pelo alto do monte através de portinholas. O ar frio entra por baixo. O cupinzeiro é resfriado ainda mais por um sistema simples de evaporação: os cupins borrifam as paredes com água cuspindo nelas. Ao evaporar, a água resfria o ar e contribui para a circulação. O cupinzeiro permanece, assim, numa agradável temperatura de 30 graus centígrados 24 horas por dia!

A sociedade dos cupins

Ainda mais surpreendente é a sociedade dos cupins. Alguns cupinzeiros abrigam eficientes comunidades, ou colônias, de até cinco milhões de moradores. Longe de ser caótica, a colônia é um exemplo de eficiência. A família dos cupins divide-se em três castas: operários, soldados e reprodutores. São os operários que constroem os montes, usando saliva como cimento.

Os soldados são os mais agressivos da família. Armados de mandíbulas fortes e dentes afiados, guardam a fortaleza contra intrusos, como, por exemplo, formigas-caçadoras (subfamília Dorilinae). Também agem como guarda-costas dos operários, quando estes se aventuram fora do monte, em busca de alimentos. Se necessário, os soldados recorrem à guerra química: uma glândula especial que funciona como se fosse uma pistola d’água, secreta um fluido letal.

Como os soldados são remunerados pelos serviços prestados? Bem, parece que suas mandíbulas são tão grandes que eles não conseguem mastigar o alimento por si mesmos. Quando está com fome, o soldado simplesmente esfrega as antenas na cabeça de um operário. Isto significa: “Alimente-me!” O operário reage colocando alimento regurgitado na boca do soldado.

Na câmara real, sob um manto de total escuridão, vivem os reprodutores: o rei e a rainha. A rainha é gigante comparada a seu diminuto marido. Seu abdômen, inchado de ovos, é evidência de sua prodigiosa capacidade reprodutiva. Calcula-se que possa pôr de 4.000 a 10.000 ovos por dia. Não é de admirar que alguns chamem a rainha “de máquina automática de pôr ovos”.

O casal, porém, não desfruta de muita privacidade, sendo assistido por uma equipe de operários. Em volta da rainha, os operários cuidam das necessidades imediatas dela e a alimentam. À medida que os ovos são produzidos, os operários os carregam nas mandíbulas para a câmara-berçário.

Amigos ou inimigos?

Embora poucos neguem que esses insetos sejam fascinantes, a maioria das pessoas ainda os vê como pragas — como inimigos! O Dr. Richard Bagine, chefe do Departamento de Zoologia dos Invertebrados do Museu Nacional do Quênia, disse a Despertai!: “É verdade que as pessoas encaram os cupins como um dos insetos mais destrutivos. Mas os cientistas vêem os cupins de um modo diferente. Em seu habitat, os cupins são membros úteis da comunidade vegetal e animal.

“Em primeiro lugar, eles decompõem a matéria de plantas mortas em componentes mais simples. Desse modo, os cupins reciclam os nutrientes de que as plantas necessitam. Segundo: são uma fonte importante de alimento. São comidos por quase todas as espécies de ave e por muitos mamíferos, répteis, anfíbios e outros insetos. Muitas pessoas no oeste e no norte do Quênia também gostam de seu sabor doce e suculento; são muito ricos em gorduras e proteínas. Terceiro: ajudam a compor o solo. Os cupins misturam o subsolo com o solo ao construir e reparar seus ninhos. Transformam porções grandes de plantas mortas em parcelas menores, formando humo. Movendo-se através do solo, fazem passagens para o ar e para a água necessários às raízes das plantas. Assim, os cupins melhoram a textura, a estrutura e a fertilidade do solo.”

Mas por que os cupins invadem as casas? Diz o Dr. Bagine: “Na verdade, foram as pessoas que se mudaram para o habitat dos cupins e eliminaram a maior parte dos recursos da flora usados pelos cupins. Os cupins precisam comer para sobreviver, e geralmente se alimentam de plantas mortas. Quando essas lhes são tiradas, os cupins se alimentam de edificações feitas pelo homem, como casas e celeiros.”

Assim, embora o cupim seja às vezes visto como praga, com certeza não é nosso inimigo. Aliás, é um notável exemplo do talento criativo de Jeová. (Salmo 148:10, 13; Romanos 1:20) E no vindouro novo mundo de Deus, quando o homem aprender a viver em harmonia com o mundo animal, sem dúvida passará a ver o minúsculo cupim como amigo, não como inimigo. — Isaías 65:25.

[Fotos na página 17]

Um monte de cupim típico, em forma de castelo

Destaque: operários

[Foto na página 18]

O soldado, com sua cabeça grande e glândulas que produzem substâncias químicas mortíferas,é equipado para defender a colônia

[Foto na página 18]

A rainha com o abdômen inchado de ovos

[Foto na página 18]

A rainha e sua equipe de assistentes

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