Observando o Mundo
Quer um bichinho de estimação?
‘Na Grande São Paulo existem cerca de 3 milhões de bichos, até mesmo ursos e leões’, informa o Jornal da Tarde. Embora possa ser benéfico ter bichos como cães e gatos, segundo o psicólogo Jacob Pinheiro Goldberg, “as relações com animais são muito complexas e não envolvem apenas bons sentimentos”. Ele é citado como dizendo: “Algumas pessoas procuram o animal para se sentir superiores. Existem donos que descarregam sentimentos negativos, o ódio, por exemplo, nos animais.” Gente que exibe cães ferozes pode sofrer de ‘complexo de inferioridade e gostar de aterrorizar as pessoas’. Sobre ter bichos selvagens em casa, o Dr. Goldberg diz: “Essas pessoas revelam imaturidade e sentimento de posse exagerados, pois não são capazes de compreender que esses animais precisam viver livres”.
Crianças e doenças mentais
De acordo com The Sunday Times, nas escolas da Grã-Bretanha, mais de 1.000 crianças com menos de 10 anos de idade e cerca de 1.200 entre 10 e 14 anos estão sendo tratadas de psicose, depressão profunda ou distúrbios alimentares; o índice de suicídios também está em ascensão, com crianças até de seis anos ameaçando se matar. Alguns especialistas em saúde mental acham que uma das razões disso é a falta de conversa significativa entre pais e filhos. Eles comentam que muitas crianças vivem num lar em que a televisão impera. Uma conseqüência disso é que as crianças não têm condições de discutir e falar de suas ansiedades com os pais. Uma especialista comentou que a falta de comunicação entre pais e filhos pode levar “as preocupações [a] se acumular e culminar numa criança infeliz”.
Avançando o sinal
Na Argentina, segundo o jornal portenho Clarín, houve 7.700 acidentes automobilísticos graves em 1994. Esses acidentes deixaram 13.505 pessoas gravemente feridas e mataram 9.120. Certo estudo realizado por um órgão do governo revela que 90% de todos os acidentes automobilísticos são provocados por motoristas e pedestres que violam as leis de trânsito. Os acidentes mais freqüentes nas cidades são as colisões laterais, causadas por se avançar o sinal vermelho. Eduardo Bertotti, funcionário do governo, comentou que, enquanto em outros países é impensável desrespeitar o sinal vermelho, na Argentina “não é apenas algo freqüente, mas há quem até se orgulhe disso”.
Por que tantas novas doenças
Por que continuam a surgir novas doenças? De acordo com a revista Globo Ciência, uma causa primária são os “grandes aglomerados humanos”. O virologista Herman Schatzmayer explica: “Um vírus que tem a chance de circular entre muitas pessoas, torna-se progressivamente mais virulento.” Outra razão: “Nunca tanta gente viajou tanto quanto hoje, deslocando-se rapidamente a turismo, negócios ou em ondas migratórias, transportando microorganismos de um lado para outro em seus corpos e bagagens.” Além disso, “o desmatamento, para construção de rodovias, aeroportos ou exploração de madeira, pode trazer à tona microorganismos desconhecidos ao homem”. A contaminação também ocorre devido a mudanças tecnológicas ou ao uso indiscriminado de antibióticos e de outros remédios. Por fim, “melhorar a qualidade de vida também pode, paradoxalmente, tornar os seres humanos mais vulneráveis às infecções”.
Mortos desbatizados
Não faz muito, sobreviventes do Holocausto judaico ficaram chocados ao saber que alguns de seus parentes foram batizados como mórmons muito tempo depois de morrerem. O The New York Times comentou a prática, “em que pessoas que morreram são batizadas como mórmons por adeptos vivos da igreja que atuam como seus procuradores”. Os mórmons obtiveram os nomes de cerca de 380.000 judeus que morreram em campos de concentração ou que de algum modo foram vítimas do Holocausto. Daí, durante certo período, eles os batizavam em cerimônias em que adeptos da igreja eram imersos em água como substitutos enquanto o nome dos falecidos era lido. Algumas organizações judaicas protestaram contra esse procedimento. Os líderes mórmons concordaram em apagar de suas listas de mórmons batizados o nome das vítimas do Holocausto judaico por quem essas cerimônias haviam sido realizadas.
Estresse em Hong Kong
Uma pesquisa recente que entrevistou 5.000 pessoas de 16 países revelou que Hong Kong figura como a cidade mais estressante do mundo, informa o The Medical Post. Para muitos, o estresse se relaciona com o trabalho. O pesquisador Dr. David Warburton, da Universidade de Reading, na Inglaterra, observa que “uns 70% dos homens de Hong Kong e 64% [das] mulheres reclamam de estresse no trabalho, em comparação com 54% das pessoas no mundo inteiro”. Cerca de 41% dos entrevistados de Hong Kong acham seus empregos maçantes em contraste com 14% em outros países. O Post acrescenta que “uma de cada cinco pessoas em Hong Kong (são menos de uma em 10 em todo o mundo) disse que não gostar do chefe era a principal razão do estresse no trabalho”.
Aparelhos elétricos sob suspeita
Segundo a FDA Consumer, revista da Administração de Alimentos e Remédios (FDA), dos EUA, equipamentos médicos podem falhar quando expostos a interferência eletromagnética, como a de um telefone celular próximo. “Alguns hospitais europeus já proibiram os telefones celulares em seus recintos, e a FDA incentiva os hospitais dos Estados Unidos a fazer o mesmo, se isso for comprovado”, diz a revista. A interferência eletromagnética é suspeita de ter causado falhas em aparelhos médicos que salvam a vida, como marca-passos e monitores de apnéia, resultando em vários acidentes. A FDA Consumer alerta: “Os pacientes e os médicos que fazem uso rotineiro de aparelhos médicos sensíveis devem estar cientes do problema e considerar a importância de manter os telefones celulares longe do seu equipamento.” A interferência eletromagnética também pode ser causada por computadores sem cabo, sinais de microondas, transmissores de rádio e de televisão, pagers e outros aparelhos elétricos. Os pesquisadores estudam maneiras de minimizar o perigo.
O mito do elo perdido
Os evolucionistas há muito procuram fósseis que comprovem a teoria de que o homem descende dos símios. O jornal parisiense Le Monde diz, porém, que “as teorias sobre a origem do homem foram abaladas” pela descoberta na Etiópia de uma série de 90 ossos que representam o que os paleontólogos acreditam ser os restos de um esqueleto humanóide adulto. O problema, segundo os paleontólogos, é que os novos fósseis não se encaixam em nenhuma das teorias que tentam provar a existência de um elo entre os humanos e os símios e levantaram mais perguntas do que respostas. Alguns pesquisadores concluíram que o chamado elo perdido entre o homem e os símios pode “não passar de um mito”, diz o Le Monde.
Pornografia computadorizada à disposição de crianças
Ao se plugarem à Internet, a rede global de informações, as escolas australianas também se conectam a algo que equivale a um campo minado. De acordo com o jornal The Sydney Morning Herald, elas têm acesso a arquivos proibidos para menores com “fotos de crianças nuas, orgias, videoclipes de bordéis on-line, uma ‘carta de direitos’ de pessoas que desejam ter relações sexuais com animais — e informações sobre como se conectar a uma linha de ‘bate-papo’ e masturbar-se.” O artigo acrescenta: “Não se exigem senhas nem comprovante de idade — basta uma simples ligação telefônica.” Os especialistas dizem que é impossível censurar a rede “porque sua arquitetura foi projetada . . . pelo Ministério da Defesa dos EUA para sobreviver a uma guerra nuclear”. Os dados não se encontram dispostos metodicamente num único ponto, mas espalhados em milhares de bancos de dados ao redor do mundo. Recentemente um pesquisador sueco computou 5.651 mensagens ou correspondências sobre pornografia infantil em apenas quatro grupos de notícias na mesma semana.
Sacerdotes perturbados
“Cinqüenta por cento dos sacerdotes que me procuram para se tratar de distúrbios psicológicos têm problemas de ordem sexual”, declara Valerio Albisetti, um dos mais conhecidos psicólogos católicos italianos, segundo o jornal La Repubblica. Mais do que qualquer outra coisa, o desejo sexual e o anseio pela paternidade são as coisas que atormentam esses homens, cuja obrigação do celibato foi reiterada recentemente por João Paulo II. Albisetti sugere que se incentive os homens a se tornarem sacerdotes numa idade mais madura, e aumentar a idade para se ingressar nos seminários. Sugere que “é muito prejudicial para a saúde mental e para o equilíbrio psicológico do futuro padre” viver a adolescência “dentro de estruturas caracterizadas pela ausência feminina”. Além dos problemas relacionados com a sexualidade, Albisetti comenta que “os clérigos com freqüência sofrem de depressão, distúrbios maníaco-depressivos e bulimia”.