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  • Como conviver com uma deficiência de aprendizagem
  • Despertai! — 1997
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g97 22/2 pp. 3-5

Como conviver com uma deficiência de aprendizagem

Para Davi, de seis anos, a melhor hora do dia é a hora de ouvir histórias. Ele gosta muito quando sua mãe lê para ele, e grava com facilidade o que ouve. Mas Davi tem um problema. Ainda não sabe ler. De fato, qualquer tarefa que exige perícia visual o desanima.

Sara está na terceira série, mas a sua escrita é bem desajeitada. Ela desenha mal as letras, e escreve algumas delas ao contrário. Aumentando a preocupação dos pais, Sara acha difícil escrever até mesmo o seu próprio nome.

Josué, um rapazinho, tem bom rendimento em todas as disciplinas, exceto em matemática. O conceito de valores numéricos deixa-o atordoado. Simplesmente olhar para números o irrita e, quando se senta para fazer a sua lição de matemática, logo perde o bom humor.

O QUE há de errado com Davi, Sara e Josué? São apenas preguiçosos, obstinados, talvez obtusos? De modo algum. Todos eles são crianças de inteligência média ou acima da média. Mas, todas elas são tolhidas por uma deficiência de aprendizagem. Davi sofre de dislexia, um termo que se aplica a diversos problemas com leitura. A extrema dificuldade de Sara com a escrita é chamada de disgrafia. E a falta de habilidade de Josué para entender os conceitos básicos da matemática é conhecida como discalculia. São apenas três exemplos de deficiência de aprendizagem. Há muitos outras, e alguns especialistas estimam que afetam pelo menos 10% das crianças nos Estados Unidos.

O que é deficiência de aprendizagem

É verdade que, para a maioria dos jovens, aprender pode ser um desafio. Mas isso, em geral, não indica deficiência de aprendizagem. Indica apenas que toda criança tem seus pontos fortes e seus pontos fracos na questão da aprendizagem. Algumas têm grande capacidade de ouvir; assimilam muitas informações simplesmente ouvindo. Outras têm mais facilidade com o visual; aprendem melhor lendo. Na escola, porém, todos os alunos são misturados numa sala de aula e espera-se que todos aprendam independentemente do método de ensino empregado. Assim, é inevitável que alguns tenham problemas de aprendizagem.

Há, porém, algumas autoridades no assunto que acham que existe uma diferença entre simples problemas de aprendizagem e deficiências de aprendizagem. A explicação é que os problemas de aprendizagem podem ser vencidos com paciência e dedicação. Mas a deficiência de aprendizagem é tida como algo mais profundo. “Aparentemente, o cérebro da criança com deficiência de aprendizagem capta, processa ou lembra certos tipos de tarefas mentais de maneira defeituosa”, escrevem os Drs. Paul e Esther Wender.a

Ainda assim, uma deficiência de aprendizagem não significa necessariamente que a criança seja deficiente mental. Para explicar isso, os Wender traçam uma analogia com pessoas sem ouvido musical, incapazes de distinguir variações nos tons musicais. “Pessoas sem ouvido musical não têm cérebro lesionado e não há nada de errado na sua audição”, escrevem. “Ninguém insinuaria que a falta de ouvido musical se deva à preguiça, ao mau ensino ou à falta de motivação.” Dá-se o mesmo, dizem eles, com os portadores de deficiência de aprendizagem. Em muitos casos, a dificuldade se prende a um aspecto específico da aprendizagem.

Isso explica por que muitas crianças com deficiência de aprendizagem têm inteligência média ou acima da média; algumas, de fato, são extremamente brilhantes. É esse paradoxo que muitas vezes alerta os médicos a possível presença de uma deficiência de aprendizagem. O livro Why Is My Child Having Trouble at School? (Por Que Meu Filho Tem Problemas na Escola?) explica: “O rendimento de uma criança com deficiência de aprendizagem é dois ou mais anos abaixo do nível que se espera de sua idade e de seu QI.” Noutras palavras, o problema não é simplesmente que a criança tem dificuldade em acompanhar seus colegas. O que acontece é que seu desempenho não é compatível com o seu próprio potencial.

A necessária ajuda

Os efeitos emocionais da deficiência de aprendizagem muitas vezes agravam o problema. Se seu rendimento escolar for sofrível, as crianças com deficiência de aprendizagem talvez sejam vistas como fracassos pelos professores ou colegas, talvez até mesmo pela própria família. Infelizmente, muitas dessas crianças desenvolvem uma auto-estima negativa que pode persistir quando crescem. Isso preocupa, pois as deficiências de aprendizagem geralmente não desaparecem.b “Deficiências de aprendizagem são deficiências de vida”, escreve o Dr. Larry B. Silver. “As mesmas deficiências que interferem na leitura, na escrita e na aritmética interferem na prática de esportes e em outras atividades, na vida familiar e no relacionamento com os amigos.”

É essencial, portanto, que as crianças com deficiência de aprendizagem recebam apoio dos pais. “Crianças que sabem que seus pais são seus fortes apoiadores têm base para desenvolver um senso de competência e auto-estima”, diz o livro Parenting a Child With a Learning Disability (Como Criar um Filho com Deficiência de Aprendizagem).

Mas, para darem apoio, os pais precisam primeiro examinar seus próprios sentimentos. Alguns sentem culpa, como se de algum modo fossem culpados pela condição da criança. Outros entram em pânico, sentindo-se esmagados pelos desafios à frente. Ambas as reações são inúteis. Elas imobilizam os pais e privam a criança da necessária ajuda.

Portanto, se um bom especialista disser que seu filho (ou sua filha) tem deficiência de aprendizagem, não se desespere. Lembre-se de que crianças assim simplesmente precisam de ajuda extra num campo de aprendizagem específico. Verifique se na sua região existe algum programa de ajuda a crianças com deficiência de aprendizagem. Hoje, muitas escolas estão mais bem equipadas para lidar com tais situações, do que anos atrás.

Os especialistas frisam que se deve elogiar a criança por qualquer bom desempenho, por mais insignificante que seja. Elogie generosamente. Mas, ao mesmo tempo, não negligencie a disciplina. As crianças precisam de uma estrutura sólida, em especial as que têm deficiência de aprendizagem. Deixe a criança saber o que se espera dela, e apegue-se aos padrões que você estabeleceu.

Por fim, aprenda a encarar realisticamente a sua situação. O livro Parenting a Child With a Learning Disability ilustra isso da seguinte maneira: “Digamos que você vá ao seu restaurante preferido e peça costeleta de vitela. Mas o garçom, por engano, traz costeletas de carneiro. Ambos são pratos deliciosos, mas o que você esperava comer era costeleta de vitela. Muitos pais precisam reajustar a sua maneira de pensar. Talvez não estivesse pensando em comer costeletas de carneiro, mas você descobre que isso é muito gostoso. É assim quando se cria uma criança com necessidades especiais.”

[Nota(s) de rodapé]

a Alguns estudos sugerem que as deficiências de aprendizagem possam ter um componente genético, ou que fatores ambientais, como o envenenamento por chumbo ou o uso de drogas ou de álcool durante a gravidez, possam ser fatores contribuintes. Mas a causa, ou causas, exatas ainda são desconhecidas.

b Há crianças que manifestam uma deficiência de aprendizagem temporária porque seu desenvolvimento em alguma área sofre atrasos. Com o tempo, essas crianças superam os sintomas.

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