BIBLIOTECA ON-LINE da Torre de Vigia
BIBLIOTECA ON-LINE
da Torre de Vigia
Português (Brasil)
  • BÍBLIA
  • PUBLICAÇÕES
  • REUNIÕES
  • g97 22/2 pp. 7-10
  • Como encarar o desafio

Nenhum vídeo disponível para o trecho selecionado.

Desculpe, ocorreu um erro ao carregar o vídeo.

  • Como encarar o desafio
  • Despertai! — 1997
  • Subtítulos
  • Matéria relacionada
  • Dar apoio
  • “Fique quieto e preste atenção!”
    Despertai! — 1997
  • De Nossos Leitores
    Despertai! — 1995
  • Como educar uma criança difícil
    Despertai! — 1994
  • Quando é preciso mais ajuda
    Despertai! — 1994
Veja mais
Despertai! — 1997
g97 22/2 pp. 7-10

Como encarar o desafio

NO DECORRER dos anos, têm-se recomendado vários tratamentos para o DHDA. Alguns destes se centralizam na dieta. Contudo, há estudos que indicam que os aditivos alimentares, em geral, não causam hiperatividade e que as soluções nutricionais muitas vezes são ineficazes. Outros métodos de tratar o DHDA são: medicação, mudança de comportamento e treinamento cognitivo.a

Medicação. Visto que o DHDA aparentemente envolve uma disfunção cerebral, a medicação para restaurar o equilíbrio químico correto tem ajudado a muitos.b Contudo, a medicação não substitui a aprendizagem. Ela apenas ajuda a criança a focar a sua atenção, fornecendo-lhe uma base sobre a qual possa desenvolver novas aptidões.

A medicação já ajudou também a muitos adultos com DHDA. Mas, convém ser cauteloso — tanto jovens como adultos — pois certos medicamentos estimulantes usados no tratamento do DHDA podem viciar.

Mudança de comportamento. O DHDA da criança não isenta os pais da obrigação de disciplinar. Embora a criança talvez necessite de um tratamento especial nesse respeito, a Bíblia admoesta os pais: “Educa o rapaz segundo o caminho que é para ele; mesmo quando envelhecer não se desviará dele.” (Provérbios 22:6) Em seu livro Your Hyperactive Child (Seu Filho Hiperativo), Barbara Ingersoll observa: “O pai, ou a mãe, que simplesmente se resigna e deixa a criança hiperativa ‘solta’ não lhe faz nenhum bem. Como outra criança qualquer, a hiperativa precisa de disciplina firme, acompanhada de respeito pela criança como pessoa. Isso envolve limites claros e recompensas e penalidades apropriadas.”

Portanto, é importante que os pais estabeleçam uma estrutura sólida de normas e controle de comportamento. Ademais, deve haver uma rotina estrita de atividades diárias. Os pais talvez desejem conceder à criança certa latitude na elaboração desse esquema, incluindo tempo para lição de casa, estudo, banho, e assim por diante. Daí, apegue-se ao esquema. Cuide de que a rotina diária seja cumprida. A revista Phi Delta Kappan observa: “Médicos, psicólogos, autoridades escolares e professores têm obrigação para com a criança e os pais da criança de explicar que o diagnóstico de DDA ou DHDA não é uma licença para que a criança faça o que bem entende, mas sim uma explicação que pode levar à ajuda legítima para a criança em questão.”

Treinamento cognitivo. Isso inclui ajudar a criança a mudar o conceito sobre si mesma e seu distúrbio. “Pessoas com distúrbio de déficit de atenção sentem-se ‘feias, estúpidas e más’, mesmo que sejam atraentes, inteligentes e de bom coração”, observa o Dr. Ronald Goldberg. Por conseguinte, é preciso que a criança com DDA ou DHDA tenha um conceito correto de seu valor, e ela precisa saber que a sua dificuldade de concentração pode ser controlada. Isso é especialmente importante na adolescência. Ao chegar a essa fase, o portador de DHDA talvez já tenha sofrido muita crítica de colegas, professores, irmãos, e possivelmente até mesmo dos pais. Ele agora precisa estabelecer alvos realísticos e fazer uma auto-avaliação justa, não dura.

Esses métodos de tratamento podem também ser utilizados por adultos com DHDA. “As mudanças necessariamente se baseiam na idade”, escreve o Dr. Goldberg, “mas os fundamentos do tratamento — medicação quando apropriada, mudança de comportamento e [treinamento] cognitivo — continuam sendo métodos válidos por todo o ciclo da vida”.

Dar apoio

João, pai de um adolescente com DHDA, diz aos pais em situação similar: “Aprenda tudo o que puder sobre esse problema. Tome decisões esclarecidas. Acima de tudo, ame seu filho, edifique a auto-estima dele. A baixa auto-estima é assassina.”

Para que a criança com DHDA tenha bom suporte, pai e mãe têm de cooperar. O Dr. Gordon Serfontein escreve que uma criança com DHDA necessita “saber que ela é amada dentro do lar e que esse amor vem do amor que existe entre os pais”. (O grifo é nosso.) Infelizmente, esse amor nem sempre é demonstrado. O Dr. Serfontein continua: “É um fato bem confirmado que nas famílias em que há [uma criança com DHDA], ocorrem quase um terço a mais de casos de discórdia e ruptura conjugais do que na população normal.” Para evitar tais discórdias, o pai deve desempenhar um papel significativo na educação de uma criança com DHDA. A responsabilidade não deve recair apenas sobre a mãe. — Efésios 6:4; 1 Pedro 3:7.

Amigos íntimos, embora não sejam da família, podem ser de enorme ajuda. Como? “Seja bondoso”, diz João, já mencionado. “Veja mais fundo do que seus olhos podem enxergar. Conheça a criança. Fale com os pais, também. Estão se saindo bem? O que enfrentam no seu dia-a-dia?” — Provérbios 17:17.

Membros da congregação cristã podem ser de grande ajuda, tanto para a criança com DHDA como para os pais. Como? Por serem razoáveis no que esperam. (Filipenses 4:5) A criança com DHDA é, às vezes, um tanto malcomportada. Em vez de dizer, rispidamente: “Por que você não controla seu filho?”, ou: “Por que você não o castiga?”, o concrente discernidor apercebe-se de que os pais talvez já se sintam sobrecarregados com as demandas diárias de educar uma criança com DHDA. Naturalmente, os pais devem fazer o possível para frear o mau comportamento da criança. Mas, em vez de expressar irritação, os que são ligados à mesma crença devem mostrar solidariedade e ‘conferir uma bênção’. (1 Pedro 3:8, 9) Realmente, muitas vezes é por meio de concrentes compassivos que Deus “consola os abatidos”. — 2 Coríntios 7:5-7.

Quem estuda a Bíblia sabe que toda a imperfeição humana, incluindo a deficiência de aprendizagem e o DHDA, são heranças do primeiro homem, Adão. (Romanos 5:12) Sabem também que o Criador, Jeová, cumprirá a sua promessa de estabelecer um novo mundo justo, livre de aflitivas doenças. (Isaías 33:24; Revelação [Apocalipse] 21:1-4) Essa garantia serve de firme âncora para os afetados por distúrbios como o DHDA. “Idade, educação e experiência estão ajudando nosso filho a entender e a controlar o seu distúrbio”, diz João. “Mas ele nunca ficará totalmente curado neste sistema de coisas. Nosso consolo diário é que, no novo mundo, Jeová corrigirá o distúrbio de nosso filho e lhe dará a oportunidade de viver plenamente a vida.”

[Nota(s) de rodapé]

a Despertai! não endossa nenhum tratamento específico. Os cristãos devem cuidar de que o tratamento escolhido não entre em conflito com os princípios bíblicos.

b Alguns sofrem indesejáveis efeitos colaterais da medicação, incluindo ansiedade e outros problemas emocionais. Além do mais, os medicamentos estimulantes podem agravar os espasmos em pacientes com tiques nervosos, como os da síndrome de Tourette. Portanto, a medicação deve ser monitorada sob supervisão médica.

[Quadro na página 8]

Uma palavra de cautela aos pais

PRATICAMENTE toda criança é, às vezes, desatenta, impulsiva e irrequieta. Essas características nem sempre indicam DHDA. Em seu livro Before Itˈs Too Late (Antes Que Seja Tarde Demais), o Dr. Stanton E. Samenow observa: “Tenho visto muitos casos de criança que não deseja fazer algo ser desculpada porque se pensa que ela sofre de uma desvantagem ou condição pela qual não é culpada.”

O Dr. Richard Bromfield também vê a necessidade de cautela. “Certamente, algumas pessoas com DHDA têm certa deficiência neurológica e precisam de medicação”, escreve. “Mas o distúrbio é também usado como réu para todo tipo de abusos, hipocrisias, negligências e outros males sociais que, na maioria dos casos, nada têm a ver com o DHDA. De fato, a falta de valores na vida moderna — a violência gratuita, o abuso de drogas e, menos horripilante, os lares desestruturados e caóticos — mais provavelmente promoverão a inquietude tipo DHDA do que qualquer déficit neurológico.”

Portanto, é com bom motivo que o Dr. Ronald Goldberg alerta contra usar o DHDA como “resposta para tudo”. Seu conselho é “certificar-se de não descartar nenhuma hipótese de diagnóstico”. Sintomas parecidos com DHDA podem indicar qualquer um dos muitos problemas físicos ou emocionais. Portanto, a assistência de um especialista é essencial para se chegar a um diagnóstico correto.

Mesmo depois do diagnóstico, os pais farão bem em pesar os prós e os contras da medicação. Ritalin pode eliminar sintomas indesejáveis, mas pode também ter desagradáveis efeitos colaterais, como insônia, aumento da ansiedade e nervosismo. Assim, o Dr. Richard Bromfield aconselha não se precipitar em medicar a criança simplesmente para eliminar os sintomas. “Um número excessivo de crianças, e cada vez mais de adultos, está tomando Ritalin indevidamente”, diz ele. “Na minha experiência, o uso de Ritalin parece depender muito da capacidade dos pais e dos professores de tolerar o comportamento da criança. Sei de crianças a quem se dá Ritalin mais para subjugá-las do que para atender às suas necessidades.”

Portanto, os pais não se devem apressar em achar que seu filho tem DHDA ou deficiência de aprendizagem. Devem, sim, pesar bem as evidências, com a ajuda de um especialista. Se ficar determinado que a criança tem um distúrbio de aprendizagem, ou DHDA, os pais deverão tirar tempo para se informar bem a respeito do problema, para que possam agir nos melhores interesses da criança.

[Foto na página 9]

A criança com DHDA precisa de disciplina bondosa, porém firme

[Foto na página 10]

Elogios dos pais são de grande ajuda

    Publicações em Português (1950-2025)
    Sair
    Login
    • Português (Brasil)
    • Compartilhar
    • Preferências
    • Copyright © 2025 Watch Tower Bible and Tract Society of Pennsylvania
    • Termos de Uso
    • Política de Privacidade
    • Configurações de Privacidade
    • JW.ORG
    • Login
    Compartilhar