Como persistir no serviço
1. Como tendem os negócios e os bens terrestres a atrasar o nosso serviço?
A fim de nos sustentarmos é necessário que tenhamos certa quantidade dos bens deste mundo. Tornar-se-nos-ão os bens do mundo impedimento no nosso serviço cristão? Cairemos no laço do inimigo por termos medo de perder o rendimento regular do nosso trabalho secular? Muitas vezes se aplica pressão aos que empreenderam serviço de Deus. São boicotados nos negócios, particularmente em lugares tais como Quebec, onde a religião falsa governa. Além disso, pode haver meras ameaças de perdas financeiras ou comerciais. Sabemos que, se houver em nós interesse ou orgulho, o nosso adversário se servirá disso para atrasar-nos no nosso serviço. Eis aqui mais uma grande prova da fé do cristão. O Senhor prometeu providenciar todo o necessário para os seus servos. (Mat. 6:33) Será bastante firme a sua fé? Confiarão na palavra do Senhor? Baseado no seu conhecimento e fé, o apóstolo Paulo declarou qual a posição sensata do cristão: “Se tivermos alimento e vestuário, ficaremos contentes. Mas os que querem tornar-se ricos caem em tentações e em laços e em muitos desejos insensatos e nocivos, que arrastam os homens à destruição e ruína. Pois o amor do dinheiro é a raiz de todos os males, e na sua ânsia de ficar ricos, alguns se desviam da fé e se trespassam com muitas dores.”—1 Tim. 6:8-10, Uma Trad. Amer.
2. Que papel tendem a desempenhar as atrações mundanas e as nossas cobiças?
2 Satanás trata de fazer que as coisas deste mundo apareçam atrativas aos que estão empenhados na obra de Deus. Há muitas cobiças da carne que combatem contra as coisas espirituais. (1 Cor. 10:6-11; Tia. 1:14, 15; 1 Ped. 2:11) Há os prazeres desta vida os quais, se os permitíssemos, tomariam todo o nosso tempo consagrado. Se tivéssemos bastante dos bens deste mundo poderíamos ficar com medo de perder a vida fácil por causa da obra. As atrações do velho mundo podem ser um motivo de olhar para trás. Aconteceu nos dias dos cristãos primitivos e ainda acontece hoje. Conforme o apóstolo Paulo testificou no seu escrito (2 Tim. 4:9, 10): “Procura vir ter comigo breve, pois Demas me abandonou, tendo amado o mundo presente, e foi para Tessalônica.” Demas tinha grandes oportunidades de servir a Deus em companhia do apóstolo Paulo, mas perdeu-se completamente porque não persistiu no seu serviço. Por seguir a carreira da sua escolha só poderia perder as suas oportunidades de obter a vida eterna, o que evidentemente ele fez.
3. Como tendem a operar a discórdia e a maledicência?
3 O nosso adversário astuto usa outros métodos para atrasar os servos de Deus. Semeia discórdia entre os irmãos. Não raras vezes o mundo fala mal de nós, mas quando tais coisas saem da boca dos que estão associados conosco na obra, não é fácil suportá-lo. Fere profundamente. Se a nossa fé não for firme, poderemos ficar ofendidos e nos isolar dos outros cristãos. Isso é engano; pode fazer que paremos de trabalhar. Por isso é que não devemos deixar a desunião infiltrar-se nas nossas fileiras. Precisamos resolver logo as diferenças que se levantam e prosseguir na obra.—Prov. 6:14, 16, 19; Efé. 4:3, 12, 13, 31, 32; Col. 2:12, 13.
4. Por que precisamos ficar alertas e manter um ponto de vista positivo para com o nosso serviço?
4 Porque somos atacados de tantos lados pelo maligno, temos de ficar alertas e lutar arduamente para ir avante. Não podemos arriscar as nossas vidas, de modo que precisamos sempre manter um ponto de vista positivo. Há perigo em estar indeciso, em pausar no meio do caminho à vida. Somos prudentes se entendemos que uma vez feita a consagração para servir a Deus jamais haverá dúvida quanto a maneira de decidirmos os assuntos. E é mais seguro fazermos as decisões sempre a favor da obra do Senhor e em harmonia com a sua Palavra. Jesus nos deu um bom exemplo de como proceder quando o Diabo o tentou no deserto. Jesus sabia o que as escrituras diziam, de modo que as usou como instrumento para a sua réplica. O Diabo não o podia mudar da sua atitude mental positiva. (Mat. 4:1-11) De modo idêntico temos de estar vigilantes a fim de não permitirmos que os nossos desejos carnais nem outras criaturas nos influenciem excessivamente para afastarmos das nossas atividades teocráticas. É necessário aderirmos intimamente ao Senhor e sua organização para estarmos seguros.
5. Por que é necessário que as nossas mentes estejam amestradas? Por nos aproveitarmos do quê?
5 Nossas mentes precisam ser amestradas pelo estudo das escrituras se quisermos persistir no nosso serviço. Pensar e falar sobre Deus e seus propósitos é bom para nós. Considere as suas limitações Só tem pouco tempo para o amestramento da sua mente. Se consumir todo esse tempo na leitura mundana, escutando o rádio, televisão, etc., e em pensar nas coisas terrestres, está desperdiçando tempo que pode ser utilizado para edificar uma barreira protetora contra os dardos do inimigo. Seus pensamentos se podem encher de ideias importantes. Cada dia há um texto para ser considerado, conforme publicado no Anuário das testemunhas de Jeová. Achará ocasiões apropriadas para discutir assuntos teocráticos quando estiver em companhia de outros no serviço público de testemunho, ou com amigos em viagem ou em casa. O cristão prudente reserva certas horas regulares para a edificação da sua mente, fortalecendo-se para a obra a ser feita.—Fil. 4:8, 9.
6. Como podemos ajudar os irmãos a ter fé e hábitos certos?
6 Este proceder também ajudará outros. O leitor tem o privilégio de edificar outros na fé. Frequentemente se encontrará com uma pessoa que não é positiva nos seus caminhos, que revela lassidão na sua maneira de trabalhar. Poderá prestar um verdadeiro favor a tal duvidoso ao animá-lo a assistir às reuniões de estudo bíblico junto com outros de fé igualmente preciosa e ao sugerir-lhe que tome parte no serviço de Deus. Talvez ele não compreenda o perigo ao qual está sendo conduzido quando dá pequenas desculpas para não fazer o que Deus requer dos seus servos consagrados. Como cristão, tem o privilégio de auxiliar outrem em formar os bons costumes dos quais se tem apropriado e em repelir os maus costumes que conduzem para trás. Cultive o hábito de associar-se regularmente com o povo do Senhor. Habitue-se a praticar essas coisas.
7. Como nos ajuda a avaliação correta do serviço a persistir nele?
7 Persistir no seu serviço lhe será mais fácil se avaliar bem a obra extraordinária destinada ao cristão. Certamente não há nada de valor superior neste mundo transitório. Não é comum ou ordinária. Uma pessoa soberba pode-se julgar demasiado importante ou capacitada para ir de casa em casa no serviço de Deus. Jesus e seus discípulos, porém, não pensaram assim. Não foi porque não acharam outro emprego ou não tinham competência para qualquer outro serviço que eles escolheram servir a Deus. Viram no serviço de Deus a honra mais alta que qualquer criatura sobre esta terra poderia alcançar. Hoje há muitos entre as testemunhas de Jeová que, conforme o mundo julga as coisas, têm extraordinárias aptidões ou talentos naturais. Eles possuem, talvez, inteligência bem acima do comum. Talvez sejam espertos. Se dirigissem os seus esforços neste sentido, poderiam ganhar altas posições neste mundo, junto com as riquezas e todas as coisas que o mundo anela. Mas escolhem eles as coisas temporais, acompanhadas da perda de serviço de Deus e suas bênçãos, que eles têm por preciosas? Certamente que não. Antes usam todas as suas habilidades naturais para adiantar a obra do Senhor. Devemos considerar as nossas aptidões naturais como dons de Jeová e cultivá-las no seu serviço. (1 Cor. 12:31; 13:8; 14:1, 39; Efé. 4:7-13) As aptidões que temos, portanto, sejam poucas ou muitas, devem ser aplicadas ao serviço de Deus e para nos ajudar a persistir neste serviço.
8, 9. Que qualidade de serviço devemos mostrar neste ministério?
8 Não basta que participemos no serviço de Deus. Não, é necessário darmos o nosso melhor se lhe queremos agradar. Devemos manter tão elevada quanto pudermos a qualidade da obra. Conforme Paulo o expressou: “Segundo a graça de Deus, que me foi dada, lancei o fundamento como sábio construtor; e outro edifica sobre ele. Pois ninguém pode por outro fundamento senão o que foi posto, que é Jesus Cristo. Contudo se alguém edifica sobre o fundamento um edifício de ouro, de prata, de pedras preciosas, de madeira, de feno, de palha, manifesta se tornará a obra de cada um; pois o dia a demonstrará, porque ele é revelado em fogo; e qual seja a obra de cada um, o próprio fogo o provará. Se permanecer a obra do que a sobreedificou, esse receberá recompensa.”—1 Cor. 3:10-14.
9 É engano menosprezar o maravilhoso serviço de Deus. Esse serviço é um tesouro de valor inestimável. “Temos, porém, este tesouro em vasos de barro [nossos corpos de carne], a fim de que a excelência do poder seja de Deus, e não venha de nós.” (2 Cor. 4:7) Recebemos de Deus as nossas aptidões no serviço e devemos empregá-las de modo criativo, consciencioso e com diligência. Gostaremos de fazer o serviço de Deus se o fizermos direito, se lhe dermos o nosso melhor. Far-se-á assim uma boa obra de edificação; o nosso serviço dará frutos. É na base da qualidade da nossa obra que Deus nos recompensará. Jeová nos paga bem pelo nosso serviço em justiça; ele nos dá a vida eterna. “O perverso ganha paga ilusiva; mas quem semeia a justiça, recebe galardão seguro.”—Prov. 11:18.
10. Que recompensas atuais temos por assim fazer?
10 Ainda agora estamos recebendo recompensas. Temos a satisfação e contentamento de espírito que só vem da bênção do Senhor. Temos o gozo do Senhor, corações cheios de esperança e expectativa. Estas nos chegam como baluarte contra a oposição do Diabo. Vemos que agora temos o privilégio de desenvolver-nos por meio das muitas experiências e testes que nos sobrevêm. É como se aperfeiçoássemos o nosso serviço, eliminando os defeitos. Ao vermos melhorar a nossa obra, recebemos muita alegria. Regozijamo-nos em fazer a vontade do Senhor, conforme está escrito: “Meus irmãos, considerai motivo da maior alegria as diversas tribulações que vos aconteçam, certos de que a vossa fé, quando experimentada, produz a paciência. Ora, a paciência deve produzir obras perfeitas, para serdes perfeitos e completos, sem deficiência em coisa alguma”—Tia. 1:2, 3. Negromonte.
A LIBERDADE DE UMA BOA CONSCIÊNCIA
11. Que liberdade nos dá uma consciência limpa?
11 Acompanhando este aperfeiçoamento do nosso serviço vem o conhecimento de que estamos fazendo o que é certo. Assim o Senhor nos paga com a liberdade que só vem de uma consciência limpa. Nós, como cristãos, nos consagramos para servir a nosso Pai, e ele nos ajuda a manter a nossa integridade. Por seguir o caminho da justiça recebemos muitas bênçãos e somos privilegiados de manifestar, pelo nosso proceder correto, que os que nos vituperam levam a vergonha. “Quem é o que vos fará mal, se fordes zelosos do bem? Mas se padecerdes por causa da justiça, bemaventurados sois. Não temais as ameaças, nem vos perturbeis, mas santificai nos vossos corações a Cristo como Senhor, estando sempre prontos a dar uma resposta a todo aquele que vos pedir razão da esperança que há em vós, mas com mansidão e temor, tendo uma boa consciência, para que, naquilo em que falam mal de vós, fiquem envergonhados aqueles que vituperam o vosso bom procedimento em Cristo.” Que sentimento maravilhoso é o de estar livre do medo, contente, confiante na certeza da mão protetora do Altíssimo. Há certo gozo em sofrer fazendo o bem na obra de Deus; mas, por outro lado, quão grande é a angústia mental dos que fazem o mal. “Pois é melhor, se Deus assim o quiser, que padeçais fazendo o bem do que fazendo o mal.”—1 Ped. 3:13-17.
12. A que estado triste conduz a falta de persistência nele?
12 Ao persistirmos no serviço de Deus e aderirmos estreitamente à sua organização sofremos talvez perseguição, mas Deus nos dá força e capacidade para suportá-la. É quando, inatentos, nos deixamos levar de novo aos caminhos do velho mundo e ficamos enlaçados em qualquer das muitas armadilhas ou ciladas de Satanás, que sofremos as indizíveis aflições que trazemos sobre nós mesmos. Muitas vezes se dirige a atenção da Sociedade Watch Tower a tais coisas porque alguém busca auxílio na hora de aperto. Um exemplo recente que é infelicíssimo está exposto na seguinte carta:
Prezados irmãos:
Escrevo pedindo as suas sugestões sobre desquite e divórcio. Eu e meu marido somos testemunhas de Jeová, mas durante os dois últimos anos relaxamos o nosso zelo pelo serviço. Eu avalio o erro que fizemos e fiz esforço de induzir meu marido a reentrar no serviço. Desde o princípio deste ano não consigo persuadi-lo a assistir às reuniões. Ele acha que porque uma vez foi servo de companhia e afrouxou a mão ele perdeu o seu direito às bênçãos do Reino. Naturalmente penso que o Diabo o enlaçou e ele está tentando justificar as suas ações agora.
Ele envolveu-se com uma mulher e quer o divórcio para casar-se com ela. Eu lhe disse que ele certamente lançaria fora toda esperança se prosseguisse nisto. Temos dois filhos, e penso que quem tem o conhecimento das leis de Deus deveria compreender que tem de fugir de tais tentações, ainda que não nos possamos dar bem juntos, o que penso que poderíamos se ele renunciasse essa outra mulher. Escrevam-nos tão cedo quanto possível sobre a nossa posição. Compreendo que perdemos bastante bênçãos pela nossa negligência, mas perdeu-se toda a esperança? Sei que ele ama o Senhor e o povo do Senhor. Mas estou perplexa quanto aos passos a tomar.
Sua irmã pela Teocracia,
Esse é o estado muito lastimoso ao qual a falta de persistência no serviço e aderência à organização do Senhor conduziu alguns. É isso que Satanás trará sobre aqueles que lhe derem oportunidade, pausando para associar-se mais uma vez com o velho mundo: sofrimento mental, aflição, infelicidade.
13. Como nos pode ajudar a persistência nele?
13 É conforto sabermos que o nosso Deus nos céus é um Deus misericordioso e que é uma fonte sempre presente de auxilio e consolo. Quando formos induzidos a tropeçar por causa dos ataques constantes do nosso adversário e cedermos, sofreremos aflições indizíveis por isso. Mas se realmente amarmos a Deus, voltaremos a ele e buscaremos o seu auxílio, assim como o filho vai a seu pai. Este auxílio podemos receber, pela sua imerecida bondade, se fizermos esforço sincero de andar doravante no caminho certo. Sabemos que não podemos de propósito continuar a repetir os nossos pecados e daí, vez após vez, vir pedir perdão, conforme o costume de alguns nos círculos religiosos modernos, pois as Escrituras não o permitem (Heb. 10:26-30); mas quando nos arrependemos sinceramente e tratamos de andar no caminho certo, reentrando no serviço do Senhor e resolvendo persistir nele, aí está o Senhor para nos ajudar a recobrar-nos. É certo que o período de sofrimento será no mínimo um tempo dificílimo—há muitos que jamais se restabelecem—de modo que o servo sábio de Jeová manterá livre a sua visão do debate e persistirá no seu serviço, não pondo em jogo a sua vida.
14. Por seguirmos que proceder podemos perder toda a nossa recompensa pelas nossas obras passadas?
14 No fim, são as nossas obras que serão consideradas por nosso Pai, e então será resolvido se receberemos ou não a vida sempiterna. Por que arriscaríamos insensatamente a perda dessa excelente recompensa das mãos de Jeová voltando e seguindo a paga ilusória deste velho mundo morredouro? É melhor considerar e seguir as palavras do apóstolo Pedro: “Se invocais como pai aquele que, sem se deixar levar de respeitos humanos, julga segundo a obra de cada um, vivei em temor durante o tempo da vossa peregrinação, sabendo que fostes resgatados das vossas práticas vãs que por tradição recebestes de vossos pais, não por coisas corruptíveis, como o ouro ou a prata, mas pelo sangue precioso.” (1 Ped. 1:17-19) Requer-se dos cristãos que vivam reverentemente todo o tempo que permanecem neste velho mundo, seguindo com atenção a Palavra de Deus, se vão ganhar a aprovação final do Vivificador nos céus. O resgate por Cristo Jesus não deve ser tido por coisa comum, mas é um tesouro precioso, de valor muito superior ao de prata e ouro. É possível que percamos todas as bênçãos do Senhor se voltarmos às práticas vãs, nas quais fomos criados antes de conhecermos a verdade e nos consagrarmos.
15, 16. Donde o como recebemos a força para o nosso serviço?
15 Com a recompensa que recebemos agora de Jeová encontramos a proteção divina. Estamos num mundo iníquo que trata de destruir todos os que honram o nome de Jeová. Se não fosse pelo insuperável serviço protetor que vem de cima, as nossas esperanças de sobreviver neste velho mundo seriam nulas. Também se nos dá toda ajuda razoável. O Senhor deu aos seus servos seu espírito em abundância e junto com este veio um suprimento de alimento espiritual e conhecimento dos seus propósitos que não podemos conter. O alimento é farto. Quando trabalhamos com diligência usamos mais alimento e o apreciamos mais. Dá-nos forca aumentada para persistirmos no nosso serviço.
16 A força que Deus nos dá para persistir neste velho mundo está além da compreensão deste mundo. O mundo vê que as testemunhas de Jeová, como organização, perseveram no seu serviço sob todas as condições, à face da violência de perseguição e guerra. Os esforços de paralisar a obra geralmente acabariam com as atividades de qualquer grupo. Sabemos que é só a ajuda de Jeová que nos possibilita a persistir, de modo que não nos jactamos de nós mesmos. “Gloriemo-nos na esperança da glória de Deus. E não só isso, mas também nos gloriemos nas tribulações, sabendo que a tribulação produz fortaleza; e a fortaleza, experiência; e a experiência, esperança, e a esperança não envergonha, porque o amor de Deus tem sido derramado em nossos corações pelo espírito santo que nos foi dado.”—Rom. 5:1-5.
17. Quanto ao nosso serviço, qual é a única coisa prudente a fazer agora?
17 Com a ajuda do espírito de Deus e a maravilhosa esperança, podemos suportar, achamos que podemos perseverar, podemos continuar, podemos persistir no nosso serviço. É a única coisa prudente a fazer agora. Temos em perspectiva a vida, e o tempo está tão próximo. Paulo disse: “Não lanceis fora, portanto, a vossa confiança, a qual tem uma grande recompensa. Pois tendes necessidade da perseverança para que, tendo feito a vontade de Deus, alcanceis a promessa.”—Heb. 10:35, 36.
UM INVESTIMENTO SÓLIDO DE ESFORÇO
18. A que não devemos dirigir todas as nossas energias? Por que não?
18 É nas coisas duradouras que temos de investir. Estas são as únicas coisas teocráticas, o serviço de Deus. Avisa-se-nos que não ponhamos todas as nossas energias nos empreendimentos mundanos porque essas coisas estão destinadas à destruição na próxima batalha do Armagedon. Se dermos todo nosso tempo a tais coisas estará desperdiçado, porque essas coisas estão condenadas à destruição junto com este mundo na batalha do Armagedon que está próxima. Se dedicarmos todo nosso tempo a tais coisas, o tempo estará perdido porque essas coisas serão perdidas. Pior ainda, podemos ser esmagados junto com elas no Armagedon por não persistirmos no serviço de Deus e o mantermos em primeiro lugar em nossas vidas. “Trabalhas não pela comida que perece, mas pela comida que permanece para vida eterna, a qual o Filho do homem vos dará porque sobre ele imprimiu o seu selo o Pai que é Deus.” (João 6:27) Deve ser lembrado que a aquisição da salvação significa trabalho perseverando nele através de todos os obstáculos. “Assim, pois, meus amados, do modo como sempre obedecestes, efetuai a vossa salvação com temor e tremor, não tão somente como na minha presença, mas muito mais agora na minha ausência—Fil. 2:12.
19. De que modos úteis pode prosseguir o nosso serviço pessoal?
19 E todo o trabalho que fazemos é proveitoso. Algumas palavras faladas em ocasião oportuna ajudarão muitas pessoas a apreciar mais os propósitos de Deus e a sua grande misericórdia. Temos oportunidade de falar a outras pessoas pelo telefone. Escrevemos cartas acerca do evangelho. Podemos enviar literatura sobre o Reino pelo correio aos amigos e pessoas de boa vontade. Quando alguém nos visita em nossa casa lhe podemos falar a respeito de Jeová Deus. Tudo isso é parte da boa obra, muitas vezes em acréscimo ao serviço importante de visitar as pessoas nos seus lares e negócios. Seja muito ou pouco o que fazemos na obra, por causa de força ou habilidade limitada, é bom persistir no serviço. Já que significa salvação, seu trabalho não é desperdiçado ou inútil. “Portanto, meus amados irmãos, sede firmes, constantes, aplicando-vos cada vez mais à obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor”—1 Cor. 15:58.
20. Por que tem mais força agora a citação de 1 Tim. 4:16?
20 Sempre se exige dos cristãos que trabalhem, pois isso se conforma aos princípios do Deus Altíssimo. O conselho de Paulo escrito em 1 Tim. 4:16 significava muito para os consagrados nos primitivos tempos cristãos. Mas hoje os tempos são mais perigosos, os dias são piores. Já chegou a época de resolver-se finalmente o grande debate da dominação universal e a ira dos malignos está no auge. Isto significa que os assaltos contra aqueles que tratam de fazer a obra de Deus são mais intensos e violentos do que em qualquer outro tempo na história. A face de tudo isso temos de ficar firmes na nossa integridade, não dando ao Diabo nem sequer uma pequena oportunidade de nos atacar, ferindo-nos, e assim nos inutilizando para o serviço cristão, nem permitindo que sejamos capturados pelas suas forças e arrastados de volta às trevas deste mundo e à sua perdição.
21. De que maneira é o nosso serviço agora uma bênção para prevalecermos?
21 O serviço que se nos confiou é uma grande bênção. Mantém-nos afastados das coisas perigosas do velho mundo, destarte servindo de proteção. A obra que temos de fazer agora é de ensinar e pregar. Todo o tempo e força que pudermos juntar devemos dedicar ao serviço. Entramos nesta obra determinados a ficar nela até o fim. Está envolvido o nome de Jeová bem como a nossa salvação eterna. Queremos prevalecer e podemos prevalecer por fazer boas obras. De fato, precisamos persistir no nosso serviço, fielmente esperando o tempo em que se cumpre a declaração do Senhor em Apocalipse 22:12: “Eis que venho à pressa, e está comigo a minha recompensa para retribuir a cada um segundo as suas obras.” O tempo está aqui. Visto que a decisão final do grande debate virá nessa geração, está muito mais perto a nossa salvação do que quando os cristãos primeiro começaram a servir a Deus. Está ainda muito mais perto do que quando nós próprios nos empenhamos na obra de Deus pela primeira vez. Não nos devemos arriscar, por nada olhando para trás ao velho mundo. Não podemos arriscar nem o mínimo atraso agora. É por isso que a admoestação em 1 Tim. 4:16 (Moffatt) nos importa tanto nos últimos dias: “Vela sobre ti e sobre o teu ensino; persiste no teu serviço.”