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  • Proibida a participação com os demônios

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  • Proibida a participação com os demônios
  • A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1951
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A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1951
w51 1/2 pp. 28-32

Proibida a participação com os demônios

1. Que argumento contra o demonismo adiciona Paulo à sua explicação da refeição do Senhor à noite?

O apóstolo Paulo prosseguiu com sua explicação da refeição do Senhor à noite dizendo: “Porque há um só pão, nós, embora muitos, somos um só corpo, porque todos estamos participando desse um só pão. Vede o que é Israel no sentido carnal: Os que comem dos sacrifícios não são porventura participantes do [ou, com o] altar? Mas que, então, tenho a dizer? Que o sacrifício ao ídolo é alguma coisa, ou que o ídolo é alguma coisa? Não; mas digo que as coisas que as nações sacrificam, as sacrificam a demônios, e não a Deus, e não quero que vos torneis participantes com os demônios [que participeis em demônios, Mof.]. Não podeis beber do cálice de Jeová e do cálice dos demônios; não podeis participar da ‘mesa de Jeová’ e da mesa dos demônios. Ou ‘estamos incitando Jeová a zelos’? Somos, porventura, mais fortes do que ele?—1 Cor. 10:17-22, NW.

2. Como participaram do altar de Deus os israelitas da antiguidade?

2 No antigo Israel, quando sacrificavam ofertas pacíficas e ofertas em ação de graças, os oferecedores bem como os sacerdotes comiam partes dos sacrifícios. O sacrifício a Deus representava a pessoa que o oferecia, de modo a ilustrar que uma vida precisava ser dada em lugar da sua vida; e por comer parte do sacrifício ele participava do sacrifício com o altar. Ele estava partilhando com o altar, ‘participando do altar.’ (Mof.) O altar obtinha parte do sacrifício, pois certas partes dele, a gordura, etc., eram queimadas sobre o altar; e a pessoa que oferecia o sacrifício por intermédio do sacerdote adquiria parte do sacrifício. Era oferecido a Jeová Deus; e sendo dele o altar, o oferecedor e o Senhor Deus gozavam de sociedade mútua. (Lev. 19:5, 6; 22:29, 30; Deu. 12:17, 18; 27:5-7) Então ou se renovavam ou adiantavam relações pacíficas entre Deus e o oferecedor.

3. Por que não podem ser também participadores com os demônios os que participam do pão?

3 As nações gentias fora de Israel faziam sacrifícios nos altares aos seus deuses e ídolos. Realmente sacrificavam a demônios. Quando os israelitas se desviaram de Jeová, “eles sacrificaram a demônios, a não-deuses.”(Deu. 32:17, Mof.; Sal. 106:37) Dessarte tinham sociedade com os demônios, os adversários de Jeová; eles ‘participaram em demônios’. (Mof.) Os cristãos não devem ser participantes com os demônios. Por esse motivo não se podem entregar à idolatria. Isto significa a avareza, também, porque uma ‘pessoa avarenta é idólatra’ e ‘a avareza é igual à idolatria’. (Efé. 5:5; Col. 3:5) Jesus nunca adorou nem serviu demônios. Quando Satanás o Diabo, “o governador dos demônios,” ofereceu a Jesus os reinos deste mundo em troca da adoração de Jesus, replicou Jesus que ele obedecia à ordem divina de adorar só a Jeová Deus. (Mat. 12:24, 4:8-11, NW) Jesus não adorava ídolo algum, somente ao Deus vivo. Não participou de maneira alguma de demônios nem tinha sociedade com estes. Durante todo seu ministério terrestre ele expelia demônios das pessoas obsessas e não quis permitir que testificassem de que ele era Cristo. Por conseguinte, se quisermos ter união com Cristo como membros de seu corpo e se quisermos participar dignamente dos emblemas do Memorial, não nos podemos entregar à idolatria de nenhuma espécie. Mormente agora quando se idolatram as organizações e heróis mundanos tais como as Nações Unidas e os vultos do mundo. Não podemos ser “um só corpo” ou “um só pão” com Cristo Jesus e ao mesmo tempo ser idólatras.

“A MESA DE JEOVÁ” E “O CÁLICE DE JEOVÁ”

4. Com relação ao Memorial, por que Paulo menciona o cálice e a mesa de Jeová?

4 Mas se o apóstolo se refere ao cálice que Jesus deu a seus discípulos de modo a beberem dele e ao pão ázimo que ele partiu para eles comerem, por que fala do “cálice de Jeová” e da “mesa de Jeová”? Ele diz: “Não podeis beber do cálice de Jeová e do cálice dos demônios; não podeis participar da “mesa de Jeová” e da mesa dos demônios.” (1 Cor. 10:21, NW) O apóstolo assim fala porque as coisas simbolizadas , pelos emblemas do Memorial foram provisões de Jeová para aqueles que pertencem Cristo.

5. De que profecia foi citada por Paulo “a mesa de Jeová”, e nessa a que se aplicou?

5 Os críticos textuaisa entendem que a expressão de Paulo ‘a mesa de Jeová’ é citada de Malaquias 1:7, 12. O profeta Malaquias diz ali: “Ofereceis sobre o meu altar pão profano, e dizeis: Em que te havemos profanado? Nisto que dizeis: A mesa de Jeová é desprezível. Mas vós o [nome de Deus] profanais, nisto que dizeis: A mesa de Jeová está profanada, e o seu fruto, isto é, a sua comida, é desprezível.” Conforme Malaquias o emprega, “a mesa de Jeová” se aplica ao seu altar, ao qual eram trazidos os sacrifícios de animais. O corpo da vítima era colocado sobre o altar. Jamais se bebia o sangue da vítima, mas este era derramado ao pé do altar ou levado para dentro do Santíssimo do templo ou disposto de outra maneira.

6, 7. Segundo a associação que Paulo lhe dá, como é a mesa de Jeová?

6 “A mesa de Jeová” pode referir-se à inteira disposição da refeição do Senhor à noite. Mas se se refere a um aspecto particular desta, neste caso deve-se referir ao pão ázimo, pois este é exangue. O pão representa o “corpo de Cristo” no qual participam o pequeno rebanho de coherdeiros do Reino com Cristo. Foi Deus que providenciou o “corpo de Cristo”. Ele o cria e dispõe os membros no corpo segundo lhe apraz, sendo Jesus Cristo a Cabeça do corpo e os 144.000 membros do “pequeno rebanho” o corpo debaixo dele, cada qual ocupando um lugar designado. De modo que o privilégio de estar associado com Jesus a Cabeça é uma provisão gloriosa que Deus fez para aqueles do pequeno rebanho, e só a eles é dado esse privilégio.

7 Sobre este ponto lemos: “Ora, sabemos que Deus faz que todas as suas obras cooperem juntas para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são os chamados segundo o seu propósito, porque os que ele primeiro reconheceu também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele fosse o primogênito entre muitos irmãos. Além disso, os que predestinou são aqueles que também chamou, e os que ele chamou são aqueles que também declarou justos. Finalmente os que declarou justos são aqueles que também glorificou.”—Rom. 8:28, 30, NW.

8, 9. A quem se dá esse privilégio de ser membros do corpo de Cristo? Como se mantém coerentemente a união com ele?

8 Assim essa provisão da união com seu Filho primogênito em um só corpo espiritual foi dada ou efetuada por Jeová Deus para o “pequeno rebanho”, onze membros do qual estavam com Jesus quando ele instituiu o Memorial. Para permanecer em união com a Cabeça Jesus Cristo é necessário permanecermos conforme à sua imagem por copiar-lhe a carreira terrestre. Eis por que se nos diz: “Não vos prendeis a um jugo desigual com os incrédulos. Pois que sociedade tem a justiça e a anarquia? Ou que comunhão tem a luz com as trevas? Demais, que harmonia há entre Cristo e Belial? Ou que parte tem a pessoa fiel com o incrédulo? E que consenso tem o templo de Deus com ídolos? Pois nós somos o templo do Deus vivo, conforme Deus disse: ‘No meio deles residirei e entre eles andarei, e eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo.’ ‘“Por isso saí do meio deles, e separai-vos,” diz Jeová, “e deixai de tocar coisa imunda,”’ ‘“e eu vos receberei.”’ ‘“E eu serei para vós pai, e vós sereis para mim filhos e filhas,” diz Jeová o Todo-poderoso.’ Portanto, amados, desde que temos tais promessas, purifiquemo-nos de toda a imundície da carne e do espírito, aperfeiçoando a santidade no temor de Deus.”—2 Cor. 6:14 a 7:1, NW.

9 Assim não podemos transigir no tocante à “mesa de Jeová”. Não podemos participar do corpo de Cristo e tomar um pedaço de pão do Memorial e ao mesmo tempo participar da “mesa dos demônios”, adorando ídolos, e tendo relações imundas. Se tentamos fazer isso, incitamos Jeová, que é mais forte do que nós, sim, todo-poderoso, a zelos; e isso significaria a nossa destruição.— Deu. 32:21-26.

10. Pela sua ligação com o novo concerto, de que forma é o cálice do Memorial o “cálice de Jeová”?

10 Quanto ao “cálice de Jeová”. Jesus ofereceu o cálice do Memorial a seus discípulos com as palavras: “Este cálice significa o novo concerto em virtude do meu sangue, que será derramado por vós.” (Luc. 22:20, NW) Este mesmo cálice é o cálice de Jeová” porque o novo concerto é o consenso ou contrato que ele faz a fim de tirar de todas as nações um “povo para o seu nome”. Mas é Cristo Jesus que faz as vezes de mediador entre Deus e os homens pelo fornecimento do sangue sacrificial para pôr em vigor esse novo concerto, assim como Moisés imolou vítimas animais e aspergiu seu sangue de modo a pôr em vigor o antigo concerto da Lei entre Deus e o Israel carnal. (Jer. 31:31-34; Atos 15:14; Êxo. 24:1-8; Heb. 9:14-24, 1 Tim. 2:5, 6) Os aceitos nesse novo concerto são o “povo para o seu nome”, a começar com o fiel restante judeu em Pentecostes e mais tarde abrangendo todos os crentes gentios desde o centurião Cornélio em diante. Jeová Deus unge todos estes com seu espírito, tornando-os destarte os ungidos ou membros do “corpo de Cristo”. Esses Deus ajunta a ele, dizendo: “Ajuntai-vos a mim —vós, meus homens de benignidade, que solenizastes meu concerto sobre sacrifício [o sacrifício de Cristo].” (Sal. 50:5, Roth.) Este novo concerto é mais um fato que revela que o privilégio de beber do cálice na celebração do Memorial se limita aos que são membros do corpo de Cristo.

COMO SE PARTILHA O CÁLICE

11. Como indicou Jesus que há outro sentido do cálice, tornando-o o “cálice de Jeová” no qual seus seguidores podiam participar?

11 Esses membros não têm parte em fornecer o sangue do novo concerto. Apenas Jesus faz isso. Por meio de seu sangue ele media novo concerto por eles. E assim os membros do corpo não podiam neste intuito estar “participando do sangue de Cristo”. Como, então, podem valer as palavras do apóstolo: ”O cálice de bênção que abençoamos, não é a participação do sangue do Cristo?” (1 Cor. 10:16, NW) Porque este cálice é o “cálice de Jeová” em outro sentido. Como? Por representar a parte que Jeová derramou. É necessário que Jesus e seu pequeno rebanho de coherdeiros do Reino bebam desse a fim de provar sua integridade para com ele e seu merecimento do Reino. Esse é o cálice a que Jesus se referiu quando, logo depois de introduzir o Memorial, ele orou: “Meu Pai, se for possível, passe de mim este cálice. Todavia, não seja como eu quero, mas como tu queres.” E, mais uma vez: “Pai meu, se este não pode passar sem que eu o beba, faça-se a tua vontade” (Mat. 26:39, 42, NW) E quando Pedro, em defesa de Jesus, feriu um dos homens que vieram prendê-lo, Jesus disse: “Mete a espada na bainha. O cálice que o Pai me deu, não hei de, certamente, beber dele?”—João 18:11, NW.

12. Como também foi demonstrado que era um “cálice da salvação”?

12 Esse “cálice de Jeová” simbolizou a vontade de Deus para o bebedor, e bebê-lo pressagiou para Jesus sofrimentos e a morte no ignominioso madeiro. Mas a vontade de Deus para Jesus não findou com sua morte. Também incluiu a ressurreição de Jesus dentre os mortos para a vida imortal no céu como um Filho glorificado de Deus, portanto sua salvação da morte. (Heb. 5:7) Por conseguinte, para ele, era um “cálice da salvação” também, salvação por manter firme a integridade a seu Pai, sem pecar. São apropriadas aqui as palavras do Salmo 116, que se aplica em particular a Jesus Cristo em Getsêmane, porque Jesus determinou a beber o “cálice de Jeová” até à morte: “Que darei a Jeová por todos os seus benefícios para comigo? Tomarei o cálice da salvação, e invocarei o nome de Jeová. Pagarei a Jeová os meus votos, na presença de todo o seu povo. Preciosa é aos olhos de Jeová a morte dos seus santos.”—Sal. 116:12-15.

13. Que disse Jesus como garantia de que seus seguidores beberiam o cálice com ele? Concernente a este que o tornou difícil de beber?

13 Mas segundo a vontade de Deus o cálice que se deu a Jesus para beber, ele também partilha com seu pequeno rebanho de coherdeiros do Reino. Isto ele assegurou quando disse a dois de seus discípulos que pediram assentos específicos no Reino com ele: “O cálice que eu bebo, haveis de bebê-lo, e com o batismo com que eu sou batizado, haveis de ser batizados. Mas, o sentar-se à minha direita ou à minha esquerda não me pertence concedê-lo, mas isso pertence àqueles para quem foi preparado” (Mar. 10:34-40, NW) O cálice que então Jesus bebia, o qual seu Pai celestial lhe tinha derramado e dado, era a vontade de Deus para com ele. Essa vontade foi registada de antemão nas Escrituras Sagradas e indicou sofrimentos e uma morte vergonhosa para ele como se fosse pecador, blasfemador e um vitupério a Jeová Deus. Este aspecto foi o que tornou tão difícil para Jesus bebê-lo, de modo que três vezes levou o assunto em oração a seu Pai e daí se resignou a beber esta parte da vontade divina. Este proceder conduziu à aquisição do Reino.

14, 15. Qual é o propósito da poção no cálice no tocante a Jesus bem como aos seus seguidores?

14 Aqui vemos que o cálice do Memorial representava mais do que a morte de Jesus como sacrifício de resgate, sacrifício esse que validaria o novo concerto e tiraria os pecados de seus discípulos que são aceitos no concerto. Os discípulos não têm parte alguma no sacrifício de resgate e em mediar o novo concerto, mas eles próprios carecem do sacrifício de resgate e a mediação de Jesus. Note-se então isto: O sacrifício de resgate para a humanidade não exigiu, por si só, que Jesus sofresse o vitupério e a perseguição e que finalmente passasse desta vida com ignomínia feito criminoso, sedicioso e blasfemador condenado. Esta parte da poção foi derramada no cálice pelo Pai a fim de provar ao limite a integridade do Filho de Deus e mostrar que o Diabo era mentiroso nas suas acusações contra o Filho de Deus e manifestar o apoio inabalável de Jesus para com a soberania universal de Deus.

15 Jesus precisava beber esta porção do cálice a fim de provar diante de todo o universo seu merecimento do Reino pelo qual Deus tinha pactuado com ele. Ele tinha de vender tudo que possuía por essa “pérola de grande valor.” (Mat. 13:45, 46, NW) E desde que Jesus incluiu seus discípulos com ele no concerto para o Reino, estes também se obrigam a beber o cálice com ele, para demonstrar semelhantemente integridade para com Deus e amparar sua soberania universal e provar o merecimento de reinar com Jesus Cristo na glória celestial. Por isso bebem o cálice com ele.

16. Que textos lhes escreve Paulo indicando que eles precisam participar na morte de Jesus, portanto têm de beber do cálice?

16 Portanto está escrito ao “pequeno rebanho” dos seguidores nas suas pisadas: “Digna de confiança é a palavra: Certamente se juntos morrermos, também viveremos juntos, se continuarmos a perseverar, também reinaremos juntos como reis.” (2 Tim. 2:11, 12, NW) Aqueles que são incorporados no “corpo de Cristo” (simbolizado pelo pão do Memorial) precisam ser batizados na sua morte se desejarem fazer parte de seu “corpo” glorificado nos céus. De forma que o apóstolo pergunta aos membros do corpo de Cristo: “Sendo que nós já morremos com referência ao pecado, como continuaremos a viver ainda nele? Ou, porventura, ignorais que todos quantos fomos batizados em Cristo Jesus fomos batizados na sua morte? Fomos, pois, sepultados com ele por nosso batismo na sua morte, para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida. Porque nós nos tornamos unidos com ele na semelhança da sua morte, certamente também o seremos na semelhança da sua ressurreição.”— Rom. 6:2-5, NW.

17. Que representa o próprio vinho do Memorial, e por isso que significa bebê-lo?

17 Esse mesmo apóstolo, quando estava encarcerado em Roma, escreveu que considerava todas as egoísticas vantagens terrestres como “uma porção de refugo, para que possa ganhar a Cristo e seja achado em união com ele, . . . para conhecê-lo e o poder da sua ressurreição e a participação dos seus sofrimentos, submetendo-me à sua espécie de morte, para ver se de algum modo posso chegar à primeira ressurreição dentre os mortos (Fil. 3:8-11, NW) Visto que o conteúdo do cálice do Memorial representava “sua espécie de morte” em vindicação da soberania universal de Jeová, disse Jesus de modo apropriado que o vinho significava “meu sangue” e ele o deu a seus discípulos para beber.

18, 19. De que modo, então, é um “cálice de bênção” pelo qual abençoamos a Deus

18 Já que o vinho do Memorial representa sangue derramado, pressagia a morte daquele cujo sangue foi derramado pelo novo concerto. Segundo o concerto que Jeová celebrou com Noé logo após o dilúvio, ele salvaguardou todo o sangue de criaturas como sendo sagrado e fez que o beber de sangue, mormente de sangue humano, merecesse a morte do bebedor. (Gên. 9:1-6) Atualmente quando os discípulos bebem o cálice de vinho do Memorial, em símbolo estão bebendo sangue, mas o bebem sob ordem divina. Por conseguinte, significa que derramam seu sangue ou morrem como Jesus Cristo na causa da soberania universal de seu Pai. Eles se entregam à morte com ele, a fim de demonstrarem que o Diabo é um rebelde mentiroso e se provarem dignos da vida com Jesus no seu reino celestial. Por este motivo o apóstolo lhes escreveu: “O cálice de bênção que abençoamos, não é a participação do sangue do Cristo?”

19 Sim, é um “cálice de bênção” sobre o qual abençoamos a Deus. Na verdade representa a morte com Jesus Cristo, o batismo na sua morte, mas é um privilégio participar nesta espécie de morte. Conforme escreveu o apóstolo da sua prisão: “Foi-vos concedido o privilégio, por amor de Cristo, não somente de depositar nele a vossa fé, mas também de padecer por ele.” (Fil. 1:29, NW) Esse cálice tem a bênção de Deus, porque representa a vontade de Deus para Jesus e para seu pequeno rebanho. Esse cálice ou o privilégio de beber dele foi dado ao pequeno rebanho a fim de que eles na terra atualmente manifestassem a sua integridade ao máximo e ganhassem “a entrada no reino eterno de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo”. (2 Ped. 1:11, NW) Por isso, com profunda apreciação os que têm o privilégio de beber o cálice abençoam a Deus por este. Pois é um privilégio vindicá-lo pela morte com Cristo e depois ser ressuscitado por ele para a vida imortal no reino de Cristo ainda em vindicação de Sua soberania universal.

20. Em memória de quem se bebe, e por quê?

20 Visto que é a morte de Cristo que valida o novo concerto, e visto que ele apresentou o exemplo na morte e seus discípulos são batizados na sua morte, eles bebem o cálice em memória dele.

21. Por que então, não convém as “outras ovelhas” beberem o cálice do Memorial?

21 Estes fatos ajudam a grande multidão das “outras ovelhas” hoje a discernir que não lhes convém beber do cálice do Memorial. Não estão morrendo a morte de Cristo, porém se quaisquer deles morrerem antes da batalha do Armagedon, morrem como os fiéis homens e mulheres que eram testemunhas de Jeová antes de Cristo. Não sacrificam a carne nem as esperanças terrestres para o novo mundo, antes estão marchando para a frente à vida na terra paradísica no novo mundo. Muitos atravessarão o Armagedon e entrarão nesse mundo sem morrer. Portanto é correto não participarem do cálice do Memorial.

COMER E BEBER PARA A VIDA EM SI MESMO

22. Não indica João 6:51 que todos os crentes devem participar?

22 Mas não está contradito o acima pelas palavras de Jesus aos judeus acerca do maná miraculoso? Não disse ele: “Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém comer deste pão, viverá para sempre, e, de fato, o pão que eu darei é minha carne pela vida do mundo”? (João 6:51, N IV) Notem-se as palavras “minha carne pela vida do mundo”. Não indicam estas que todos os crentes em Cristo, não importa se suas esperanças para a vida no novo mundo sejam terrestres ou celestiais, podem participar, sim, precisam participar do pão do Memorial e também do vinho? A resposta a tal pergunta é Não!

23. Que discussão conduziu a esta declaração, e em que sentido corresponde o pão à carne que Jesus dá pela vida do mundo?

23 Na ocasião em que Jesus falou as palavras acima ele discutia o maná que fornecia pão miraculoso para os israelitas na sua jornada no deserto em rumo a Terra Prometida. O pão-mana não deu a vida eterna aos israelitas e à multidão mista com eles. Portanto Jesus disse: “Eu sou o pão da vida. Vossos pais comeram o maná no deserto, contudo morreram. Este é o pão que desceu do céu, para que qualquer dele coma e não morra .” Então explicou que o pão que ele deu pela vida do mundo foi sua carne. (João 6:48-51, NW) Contudo, esses israelitas no deserto não beberam sangue de nenhuma espécie, porque lho foi proibido, não só pelo concerto divino com Noé seu antepassado mas também pelos termos do concerto da Lei estipulados por seu mediador Moisés. O maná do céu que comiam era exangue, e neste sentido se assemelhava à carne de Jesus. Não se podia comer carne sem deixar escoar o sangue. Por isso aquilo, de que participará a obediente humanidade do novo mundo para a vida eterna, será igual à carne sem sangue, que Jesus forneceu por descer do céu.

24. Que mais mencionou ele além da carne pela vida do mundo?

24 Por conseguinte, Jesus falou de alguma coisa mais do que o maná para a vida do mundo quando disse: “Em verdade, em verdade, vos digo, Se não comerdes a carne do Filho do homem e não beberdes seu sangue, não tendes a vida em vós mesmos. Quem se alimenta de minha carne e bebe meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia; porque minha carne é verdadeira comida, e meu sangue é verdadeira bebida. Quem se alimenta de minha carne e bebe meu sangue permanece em união comigo, e eu em união com ele. Assim como o Pai vivente me enviou e eu vivo por causa do Pai, assim, quem de mim se alimentar, também viverá por causa de mim. Este é o pão que desceu do céu. Não é como o caso de vossos pais que comeram, não obstante morreram. Quem se alimentar deste pão viverá para sempre.”—João 6:53-58, NW.

25. Por conseguinte, em que resulta alimentar-se de sua carne e beber seu sangue? E que quer dizer aqui “a vida em vós mesmos”?

25 Notem-se as palavras aqui de Jesus de que os que bebem seu sangue e também comem sua carne permanecem em união com ele e ele em união com eles. Isto quer dizer que se tornam membros de seu corpo, sendo batizados em Cristo e por isso batizados em sua espécie de morte. A comida de Jesus foi fazer a vontade de seu Pai, e eles se alimentam da carne de Jesus fazendo a vontade de Deus junto com Jesus e completando-a assim como ele o fez. (João 4:34) A não ser que seus discípulos sigam este procedimento, eles não têm vida em si mesmos. “A vida em vós mesmos” não significa necessariamente a vida inerente ou imortalidade nos céus, mas tem um sentido semelhante ao mencionado por Jesus quando ele disse: “A hora vem, e agora é, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus e os que tiverem dado ouvidos, viverão. Pois assim como o Pai tem o dom de vida em si mesmo, assim também concedeu ao Filho ter o dom de vida em si mesmo.” (João 5:25, 26, NW; Knox) Portanto, terem os membros do corpo do Cristo ‘vida em si mesmos’ quer dizer participar com Jesus no privilégio de conceder os benefícios da sua vida sacrificada à humanidade obediente durante os mil anos do seu reino. Eles se tornarão sua noiva celestial, “a esposa do Cordeiro.” Como tal eles serão a mãe dos filhos terrestres do “Eterno Pai, Príncipe da Paz”, Jesus Cristo. (Apo. 19:7-9; 21:9, 10; Isa. 9:6) Por conseguinte, o “pequeno rebanho”, a classe da “noiva”, são exclusivamente os que bebem o sangue do Filho do homem bem como se alimentam de sua carne. Todavia, em João 6:25-58 Jesus não estava discutindo a ceia do Memorial com esses judeus, muitos dos quais o abandonaram.

[Notas de Rodapé]

a Westcott and Hort; D. Eberhard Nestle and D. Erwin Nestle; A. Merk, S.J.

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