Resolução
1, 2. Depois do discurso precedente, que oportunidade aproveitou, então, a assembleia internacional no Estádio Ianque?
O PRESIDENTE, depois do discurso precedente, prosseguiu falando à Assembleia da Sociedade do Novo Mundo das Testemunhas de Jeová, reunida no Estádio Ianque, na cidade de Nova Iorque, dizendo:
2 Que oportunidade nos oferece esta ocasião sem paralelo, ao estarmos nós irmãos reunidos aqui numa assembleia internacional, com dezenas de milhares de representantes, dos quatro cantos da terra! Para cristalizar o reconhecimento de que somos uma unida sociedade do Novo Mundo e para ficar registados perante Deus, seu reino, nossos irmãos ausentes e toda a humanidade, sugiro a adoção da seguinte
RESOLUÇÃO
3. De que modo está agora mudando a cena do mundo e o que é ignorado por homens e nações?
3 “A CENA deste mundo está mudando.” (1 Cor. 7:31,NW) Estas palavras inspiradas, escritas há dezenove séculos, não podem ser disputadas hoje, quer pelo homem comum quer pelas poderosas potências mundiais e fatores governantes. Desde o ano de 1914, o mundo passa por eventos estranhos e surpreendentes, e ainda não atingimos o seu clímax. Em tôda parte homens e nações estão num estado de crescente perturbação e perplexidade e confessam não saber qual será a feição final das coisas e se será para o bem ou para o mal da humanidade.
4. Que nos predisse a mesma Palavra e, em vista da violenta mudança a vir, que preparou Jeová agora e comissionou para o serviço?
4 A mesma Palavra que predisse a completa mudança da cena mundial, predisse, também, a nova cena a se apresentar à humanidade, um novo mundo justo de vida sem fim, no meio de ininterrupta paz e prosperidade. É a Palavra infalível do Deus Todo-poderoso, o Criador do céu e da terra, que dá aos homens estas boas novas animadoras, escritas sob a garantia do seu próprio nome: “para que saibam que só tu, cujo nome é Jehovah, és o Altíssimo sobre toda a terra”. (Sal. 83:18) Na sua sabedoria e previsão ele preparou, em cada caso, seus fiéis adoradores para as impendentes transições que traçam o destino; por exemplo, Noé e sua família, que foram avisados e preparados para sobreviver à inundação global com que o mundo inteiro de então passou da cena. Fiel à sua benignidade e em vista da breve cessação do presente mundo velho em dificuldades como nunca se viu antes, o Deus Altíssimo, Jeová, preparou uma sociedade do Novo Mundo e lhe deu a esperança bíblica de sobreviver para aquele justo novo mundo que ele prometeu. Constituiu os membros dela para serem suas testemunhas, para manterem elevada e proclamarem sua soberania legítima sobre o céu e a terra, para soarem o aviso final da vindoura mudança violenta da cena mundial, e para recomendarem seu reino messiânico como única esperança para uma raça que o Diabo está levando à destruição.
5. Portanto, a oportunidade para adotar o que aproveitaram os reunidos em assembleia?
5 PORTANTO nós, como testemunhas de Jeová e como membros da sociedade do Novo Mundo, congregados em dezenas de milhares, de dezenas de países, em uma assembleia internacional, aqui no Estádio Ianque, na cidade de Nova Iorque, E. U. A., este dia 20 de julho de 1953, aproveitamos a oportunidade como sendo bem apropriada para adotar a seguinte resolução:
6. Que resolveram continuar a declarar ao povo quanto a 1914 E. C.?
6 QUE, em todos os países representados por nós, continuaremos a declarar unidamente aos povos, que no ano de 1914 o Supremo Juiz de homens e nações trouxe a um fim os “tempos designados das nações” para o domínio ininterrupto do mundo. Ao mesmo tempo, para substituir essa longa experiência dos homens imperfeitos em autodeterminação na terra, com todas as tristes consequências do fracasso, a Suprema Autoridade produziu o reino do seu Filho Ungido, Jesus Cristo. Este é, portanto, o único governo legal e autorizado para continuar a governar toda a terra e seus habitantes. Só ele tem agora o apoio do Deus Altíssimo, Jeová, e está encarregado de cumprir, com respeito à humanidade aflita, tôdas as profecias da sua Palavra inspirada, por remover deles a opressiva regência sôbre-humana de Satanás, o Diabo, “o deus deste sistema de coisas”, e seus demônios, e por exercer um domínio justo, celestial, para a bênção de homens obedientes de boa vontade com vida humana, perfeita, e todo o necessário para a felicidade numa terra paradisíaca.
7. Por causa de que benefícios declararam-se publicamente endividados e que rejeitam definitivamente em submissão a Deus?
7 QUE reconhecemos publicamente nossa dívida a Jeová Deus pela visão e esperança que nos deu do seu prometido novo mundo de justiça. Com gratidão e humildade confessamos perante tôda humanidade o que ele tem feito por nós, como cristãos inteiramente dedicados a ele e à sua vontade e propósito. Êle nos tirou deste velho mundo e nos fez o seu povo, reservado para seu novo mundo. Fez de nós uma sociedade do Novo Mundo por seus tratos com todos nós, segundo suas preciosas promessas. Esta sociedade do Novo Mundo, portanto, deriva sua origem não de uma fonte humana e não é dependente de nenhum dos estados políticos terrenos, não pede a nenhum deles para que aceite seus estatutos como corporação ou para a sua existência e atividade. Embora não seja parte deste presente sistema de coisas aflito, prepara-se, porém, para a vida e serviço no divino sistema de coisas vindouras, contudo, esta sociedade do Novo Mundo rejeita quaisquer movimentos subversivos contra as instituições deste mundo. Ela não pode promover, aprovar ou tomar parte em qualquer derrubada violenta dos governos deste mundo por parte dos homens. Ela se sujeita à mão poderosa de Jeová Deus e espera que ele introduza seu novo mundo, da sua própria maneira, pelo reino celestial do seu Filho, Jesus Cristo.
8. A que coisas em comum apegar-nos-emos como laços de união e, concordemente, como viveremos?
8 QUE, como sociedade do Novo Mundo, apegamo-nos aos laços inquebrantáveis que nos unem. Somos um povo unido, sem distinção segundo raça, côr, língua, tribo ou nação. Temos o único Deus vivo e verdadeiro, Jeová. Temos um monarca comum, debaixo de Deus, que é seu Filho e nosso Redentor, Jesus Cristo. Temos uma lei comum a todos, não importa onde vivamos, a lei teocrática de Jeová registada na Bíblia Sagrada. Fomos tirados das nações e separados do mundo condenado. Temos um único país ao qual todos nos dirigimos unidamente, o novo mundo da criação de Deus. Somos uma só família de irmãos, sob a única provisão de salvação feita por Deus, por intermédio de Jesus Cristo. De acordo com estes fatos, viveremos em paz e harmonia uns com os outros e, tanto quanto depende de nós, estaremos em paz com todos os homens em tôda parte, até que venha o verdadeiro novo mundo.
9. A altura de que responsabilidade nos mostraremos e como?
9 E, finalmente:
QUE continuaremos a viver à altura da responsabilidade que a seguinte declaração divina nos impõe: “Vós sois as minhas testemunhas, e eu sou Deus.” (Isa. 43:12) Consideramo-nos grandemente honrados e favorecidos por sermos feitos testemunhas de Jeová, e nunca queremos provar-nos indignos disso. Por isso, apesar de ódio, vitupério e perseguição, que homens sem entendimento possam lançar sôbre nós, avançaremos, fiéis à nossa comissão divina, dando testemunho da soberania universal de Jeová e do seu santo nome, pregando em toda a terra habitada as boas novas do reino estabelecido do seu Filho ungido, Jesus Cristo, e confortando a todos os que choram. Isto faremos por dar educação bíblica a todas as pessoas, publicamente e de casa em casa, por todos os meios disponíveis, para que todos os que querem possam tomar a sua posição ao lado do Reino e tornar-se parte da sociedade do Novo Mundo sob Cristo e participar da sua esperança e obter a vida eterna no justo novo mundo de Jeová.
10. Que ação se tornou quanto à Resolução proposta?
10 A moção a favor da adoção da Resolução acima foi secundada por Percy Chapman, presidente da Assembleia da Sociedade do Novo Mundo das Testemunhas de Jeová. Após ter sido feita a proposta, a Resolução foi adotada pela assembleia por uma onda de aclamações e palmas prolongadas. O número seguinte do jornal da assembleia, o Relatório da Convenção das Testemunhas de Jeová de 1953 (em inglês, somente), continha a Resolução inteira e foi distribuído pelos convencionais através da cidade de Nova Iorque e vizinhanças.