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  • A religião na política significa guerra com Deus

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  • A religião na política significa guerra com Deus
  • A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1955
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w55 1/9 pp. 144-151

A religião na política significa guerra com Deus

“Te prostituíste às nações.” - Eze. 23:30, So.

1. Por que ser destemido quanto a uma gota de água ou a uma partícula de pó?

TENDES medo de uma gôta de água? Ficais assustados com uma partícula de pó? Depois de despejar a água de um balde, pondes o balde de lado e dizeis que está vazio, embora algumas gotas adiram ao interior. Mas, que valor tem algumas gotas no balde? Falando-se praticamente, está vazio. Subis na balança para vos pesar. Será que tomais vosso lenço e tirais o pó da plataforma? Que são algumas partículas de pó? Equivalem a nada, não tem peso, nem nenhuma importância. Portanto quando se vos pergunta se tendes mêdo de uma gôta de água ou se vos assustais com uma partícula de pó, respondeis Não com absoluta confiança.

2. De que modo alguns lutam contra Deus?

2 Talvez estejais certos segundo o vosso ponto de vista, mas, segundo o ponto de vista de Deus, talvez estejais errados. O vosso temor daquilo que é como que uma gôta de água e uma partícula de pó talvez vos esteja fazendo pelejar contra Deus. Muitos o fazem sem o saber. Se pertencem a certo grupo, ou religião, ou nação, ou mundo que peleja contra Deus, é melhor que se separem da atividade com estes corpos. A Bíblia estabelece o princípio de que apoiar ou colocar no poder uma pessoa ou grupo faz com que o apoiador participe nos pecados que a pessoa ou grupo cometa. (1 Tim. 5:22) Talvez seja no pecado de pelejar contra Deus que o apoiador participa, para sua consternação.

3. O que se assemelha a uma gôta de água e a uma partícula de pó?

3 O apóstolo Paulo, que registrou aquele princípio tembém escreveu: “Se Deus é por nós quem será contra nós? (Rom. 8:31) Quem pode ser contra vós? Ora, nosso vizinho pode, vossa religião pode, vossa nação pode, o mundo em que viveis pode; mas o que são eles? Deus nos diz o que são, em Isaías 40:15 (So): “Eis que as nações são como uma gota de água que cai dum balde, e como um grão na balança.” Se Deus é por vós, quem pode ser contra vós que seja de importância? Mas, se Deus é contra vós, quem pode ser por vós que seja de importância? Podeis ter o mundo inteiro do vosso lado, mas o que tendes, a que amonta? Uma gôta de água, uma partícula de pó — forte apoio é isso para alguém numa guerra contra Deus!

4. Como podemos obter os pensamentos de Deus, e que texto se introduz para nos dar o pensamento de Deus sobre a religião na política?

4 Todavia, por causa do temor daquilo que Jeová assemelha a uma gota de água e a uma partícula de pó, milhões se alinham com este velho mundo e contra Deus. Daí, a sua Palavra avisa: “O medo do homem traz um laço.” Por outro lado: “O temor de Jehovah é o princípio do conhecimento.” (Pro. 29:25; 1:7) O seu conhecimento é sublime. Assim como os céus são mais altos do que a terra, assim seus pensamentos são mais altos do que os nossos pensamentos. (Isa. 55:8, 9) Precisamos nos elevar até os seus; não podemos rebaixar os dele até os nossos. Ele nos ajuda a nos elevarmos para compreender os seus por usar palavras e ilustrações na Bíblia que colocam seus pensamentos em linguagem clara. Eis aqui alguma linguagem terrena que a humanidade decaída pode entender, linguagem que traz bem ao alcance da mente humana terrestre o Pensamento de Deus sobre a religião na política. “Pode o homem levar fogo no seu seio e não se queimarem as suas roupas? Ou pode alguém andar sôbre brasas vivas e não se lhe tostarem os pés? Assim é aquele que entra à mulher de seu próximo; ninguém que a tocar ficará sem punição. Não desprezam os homens um ladrão se êle rouba para satisfazer seu apetite quanto está com fome? E se ele fôr apanhado, pagará sete vezes mais; ele dará todos os bens da sua casa. Aquêle que comete adultério é falto de entendimento; aquele que o faz destrói a si próprio. Ferimentos e desonras obterá ele, e sua desonra não será apagada. Pois o ciúme torna furioso o homem, e ele não poupará quando tirar vingança. Não aceitará indenização alguma, nem ficará apaziguado ainda que multipliques as dádivas!” — Pro. 6:27-35, NR.

5, 6. Como nos esclarece Provérbios 6:27-35 sôbre a religião na política?

5 Cometer a mulher adúlterio com outro homem não somente a põe em contenda com seu marido mas põe o marido em contenda com o outro homem. A lei de Deus provia morte para os adúlteros. (Deu. 22:22) O homem que roubou para satisfazer a fome tinha de fazer indenização, ainda que isso o deixasse falido; mas que pagamento pode expiar a conduta adúltera? A relação de marido e mulher é íntima e sagrada, e, quando esse vínculo é quebrado, suscita-se fúria ciumenta. Uma dádiva não o indeniza, uma peita não o apazigua, a desonra não é apagada. Somente pela misericórdia pode vir o perdão.

6 Mas, como se relaciona isto à religião na política como significando guerra com Deus? Porque Jeová Deus se refere a si próprio como o marido daqueles com quem ele tem relações pactuadas. Quando Zipora entrou em relação pactuada com Jeová, ela se referiu a ele como seu espôso. (Êxo. 4:25, 26) Por causa do pacto da Lei com Israel, Jeová disse a respeito dos israelitas: “Eu me casei com eles.” (Jer. 31:32, Tr) Isso colocou a nação de Israel na posição de espôsa para com Jeová. Ela estava obrigada por pacto a ser leal para com Jeová Deus, politicamente bem como religiosamente: “Jehovah é o nosso juiz, Jehovah é o nosso legislador, Jehovah é o nosso rei: ele nos salvará.” (lsa. 33:22) Nele achavam-se combinados os ramos judiciário, legislativo e executivo de governo, bem como o religioso. Daí, para ser fiel a Jeová, o grande Espôso, a nação de Israel tinha de segui-lo em assuntos não só religiosos mas também governamentais. Formar outras ligações religiosas ou políticas em oposição a Jeová constituía meretrício espiritual da parte de Israel, assim como a Bíblia declara: “Eles tiveram relação infiel com outros deuses.” (Jui. 2:17, NM; Êxo. 34:15, 16; Sal. 73:27; Eze. 6:9; Osé. 4:12) Portanto, assim como a espôsa em adultério significa contenda com o marido, a religião na politica significa guerra com Deus.

7. Como tentam justificar-se as religiões da cristandade por entrarem na política?

7 As religiões da cristandade dizem que estão em relação pactuada com Deus e que são a noiva virgem de Cristo, todavia, elas estão tão preocupadas com filosofias falsas e com meterem-se na política que não tem tempo para servir a Jeová. (2 Cor. 11:2; Col. 2:8; Apo. 21:2, 9) Esforçam-se para justificar-se por dizer que entram na política para limpá-la. Este arrazoamento falaz não as justifica com Deus assim como a espôsa adúltera não se poderia justificar por dizer a seu marido: “Eu tive relações com aquele homem imoral para limpá-lo.” Se a pessoa entrar num chiqueiro para lavar uma porca, o lavador logo fica tão imundo quanto a porca. O senso comum ditaria que se removesse a porca do lamaçal antes de se lavá-la. Cristo Jesus não se tornou parte do mundo corruto para convertê-lo em sua congregação, mas ele escolheu sua congregação e lhe ordenou que se separasse do mundo “purificando-a com a lavagem de água por meio, da palavra, para que pudesse apresentar a congregação a si mesmo em seu esplendor, não tendo mancha, nem ruga, nem qualquer coisa semelhante, mas para que fôsse santa e sem defeito”. — Efé. 5:26, 27, NM; João 15:19.

8. Para quem é adultério espiritual meter-se na política, e por quê?

8 A Bíblia mostra que Satanás é o deus deste mundo e que seus dominadores humanos são manobrados pelos demônios que ele envia, e quem quer que se entregar ao serviço deste mundo é sutilmente feito escravo de Satanás, seu deus. (Rom. 6:16; 2 Cor. 4:4; Apo. 16:13, 14, 16) “O mundo todo está sob o poder do malígno.” (1 João 5:19, Pe) Quem fôr parte do mundo tem de participar nos seus pecados e ficar sob o poder de seu deus, Satanás, o Diabo, e esta submissão por qualquer um em relação pactuada com Jeová constituiria adultério espiritual. É por isso que aqueles que estão em pacto com Deus e que são amigos do mundo são classificados de adúlteras na Biblia: “Adúlteras, não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto qualquer que quiser ser amigo do mundo constitua-se inimigo de Deus.” (Tia. 4:4, Al) Por isso, qualquer organização religiosa que se intromete na política, ao passo que pretende estar em pacto com Jeová e ao passo que se ostenta como a noiva de Cristo, está cometendo adultério espiritual. Isso é base para divórcio, e foi em tal base que Jeová Deus se divorciou da nação de Israel. — Isa. 50:1.

DESOLADA JUDÁ EM 607 A. C.

9. Que eventos eram típicos, e por que considerá-los agora?

9 Os tratos de Jeová com Israel foram típicos e servem de exemplos instrutivos para nós agora. (Rom. 15:4; 1 Cor. 10:11) Entre tais acontecimentos típicos estavam os eventos que sucederam com a nação em 607 A. C., e em 70 E. C. Foi Babilônia que desolou Jerusalém e Judá em 607 A. C., todavia, após Jerusalém ter cessado de existir e quando as ruínas de Babilônia jaziam enterradas sob montes de pó e poeira acumulados, a Bíblia fala de futuras atividades de Jerusalém e Babilônia, o que mostra que estes lugares eram típicos. Nos capítulos 24, 13 e 21 de Mateus, Marcos e Lucas, respectivamente, Cristo Jesus predisse os eventos desoladores que sucederam a Jerusalém em 70 E. C., todavia, a guerra mundial, a pregação por tôda a terra e a segunda presença, das quais êle falou, não sucederam então, o que mostra que 70 E. C. assinalou sòmente um cumprimento em miniatura e que restava um maior e futuro, no qual tôdas as características da profecia teriam cumprimento completo. Consideramos agora os eventos de 607 A. C. e 70 E C. não sòmente por serem típicos, mas também, porque mostram as conseqüencias de Israel se misturar na política do mundo, achamos que é especialmente adequado rever êstes acontecimentos históricos. Os tratos de Jeová com aquela nação pactuada, quando ela desviou-se para a política, revelam Seu pensamento sôbre tais assuntos.

10. Como tornou-se Judá adúltera à vista de Jeová, antes de 607 A. C.?

10 Por muitos anos antes de 607 A. C., a terra de Judá ouviu avisos da parte de Jeová; êle enviou repetidamente seus profetas para apontar os pecados crassos pelos quais os habitantes estavam contaminando a terra. (Jer. 7:13, 25) Tanto por entregar-se à adoração de deuses falsos como por formar alianças políticas com as nações ao redor, Judá fêz-se adúltera aos olhos de Jeová. O profeta Ezequiel avisou de que Judá estava provocando a Jeová pela sua flagrante adoração de ídolos e deuses demoníacos e até do sol, dizendo durante todo êste tempo: “Jehovah não nos vê; Jehovah abandonou a terra.” (Eze. 8:1-18) Novamente, o profeta mostrou como Jeová socorreu a nação quando ela esteve exposta à destruição, como ele a purificou e a vestiu e dela fêz como que uma espôsa, somente para que ela depois disso se prostituísse com as nações pagãs do Egito, da Assíria e da Babilônia, de modo que êle disse a respeito dela: “Mulher que comete adultério! que em lugar do marido recebe os estrangeiros!” Portanto, esta meretriz havia de ser despida e exposta diante de seus amantes e ser destruída por êles: “Julgar-te-ei como são julgadas as adúlteras e as que derramam sangue; e te entregarei ao sangue de furor e de ciúme. Também te entregarei nas mãos dos teus inimigos que derribarão a tua camara abobadada, e demolirão os teus lugares altos; que te despirão os teus vestidos, tomarão as tuas belas joias, e te deixarão nua e despida. Tambem convocarão contra ti uma assembléa, e com pedras te apedrejarão, e te traspassarão com as suas espadas; Abrazarão com fogo as tuas casas, e executarão sobre ti juízo.” — Eze. 16:32, 38-41.

11. Como foi Judá volúvel em seus adultérios, resultando no quê?

11 Sob o símbolo de suas irmãs, mostram-se dramàticamente os procederes inconstantes da nação de Israel, de dez tribos, e da nação de Judá, de duas tribos. Oola, representando Israel, apaixonou-se cegamente pelos assírios e cometeu devassidões com eles, e finalmente Jeová disse: “Pelo que a entreguei nas mãos dos seus amantes, nas mãos dos Assírios, pelos quais se apaixonava. Estes descobriram a sua nudez. Levaram-lhe os filhos e as filhas, e mataram-na a ela com a espada; ela se tornou um provérbio entre as mulheres, pois nela executaram juízos.” Mas, sua irmã Ooliba, representando Judá, não se preveniu contra tal proceder corruto ao ver Israel derrotado e levado cativo pela Assíria em 740 A. C. Ao invés, ficou enredada com os assírios, e mais tarde aumentou suas devassidões por envolver-se com os babilônios. Mas, até mesmo nas suas devassidões ela era volúvel, e voltou as costas aos babilônios para formar alianças com o Egito; de modo que Jeová lhe disse: “Suscitarei contra ti os teus amantes, dos quais está alienada a tua alma, e fal-os-ei vir contra ti de todos os lados: os filhos de Babilônia e todos os Caldeus.“ (Eze. 23:9, 10, 22, 23) Após descrever a desolação completa que viria sôbre Judá às mãos dêstes amantes anteriores, Jeová acrescenta: “Assim será exposta a vergonha do teu meretrício o teu licencioso meretrício. Estas coisas serão trazidas sôbre ti porque tens te prostituído com as nações.” — Eze. 23:29, TA.

12. Como usaria Jeová a Babilônia, mas como recebeu Judá o aviso?

12 Jeremias, profeta de Jeová, foi zeloso de um modo louvável em avisar Judá de seus pecados e da desolação que viria se não ocorresse rapidamente uma reforma. Ezequiel registrou estas palavras de Jeová com respeito aos babilônios e seus associados: “E lhes confiarei a execução do juízo.” (Eze. 23:24, TA) Jeremias indicou a mesma coisa quando êle registrou repetidamente esta expressão feita por Jeová: “O meu servo Nabucodonosor, rei da Babilônia.” (Jer. 25:9; 27:6; 43:10, So) Jeremias chamou a atenção a alguns dos pecados específicos de Judá, e avisou de que por causa dêles os babilônios viriam contra a cidade de Jerusalém e a arrasariam a nada, e que a terra de Judá ficaria desolada por setenta anos. (Jer. 25:11; 32:26- 35) Mas, os judeus puseram Jeremias de lado como um fanático anunciador de calamidades, não prestaram atenção a seus avisos, e não fizeram nada para se reformar. Tinham-se saído tão bem com suas idolatrias por tanto tempo que não viram nenhuma necessidade de mudar então. A sua atitude presunçosa era: “Jehovah não nos vê; Jehovah abandonou a terra.”

13. Rejeitando o aviso, para onde se voltou Judá por ajuda?

13 Jeová, mediante Jeremias, disse a Judá que se submetesse ao jugo do rei de Babilônia, pois ele estava sendo usado para executar juízo contra a nação inconstante. Se os judeus se tivessem submetido, não teriam sofrido a matança pela espada, pela fome e pela peste, e sua cidade de Jerusalém não teria sido devastada. (Jer. 27:12-17) Mas, ao invés de crer em Jeová e escapar da destruição por se reformar das idolatrias e se submeter aos babilônios, os cabeçudos judeus buscaram segurança em uma aliança política com o Egito. Quando a ameaça babilônica pairava agourentamente sôbre o horizonte, os judeus olharam para o Egito e confiaram nêle para dissipar o perigo. Fizeram isso não obstante um aviso dado cerca de cento e cinqüenta anos antes: “Ai dos filhos rebeldes, diz Jehovah, que tomam conselho, porém não de mim; que urdem uma teia, porém não pelo meu espírito, para acrescentarem pecado sobre pecado; que se põem a caminho para descer ao Egipto, e não teem consultado a minha boca, para fugirem ao asilo de Faraó e para confiarem na sombra do Egito! Portanto o asilo de Faraó se vos tornará em vergonha, e a confiança na sombra do Egito em confusão.” “Ai dos que descem ao Egito em busca de socorro, e se estribam em cavalos; ai dos que confiam em carros, por serem muitos e em cavaleiros, por serem fortes; porém não olham para o Santo de Israel, nem buscam a Jehovah! Contudo tambem ele é sabio: fará vir o mal, não deixará de cumprir as suas palavras, mas levantar-se-á contra a casa dos malfeitores, e contra o auxílio dos que obram a iniquidade. Ora os Egípcios são homens, e não Deus; os seus cavaleiros são carne, e não espírito. Quando Jehovah estender a mão tanto tropeçará quem dá o auxílio, como cairá quem recebe o auxílio, e todos juntamente serão consumidos.” — Isa. 30:1-3; 31:1-3.

14. O que fez Judá pensar que sua aliança com o Egito estava dando resultado, mas, o que provou que Judá estava errada?

14 Esta aliança politica mostra que Judá estava buscando a fôrça material e carnal como uma defesa contra um julgamento de Deus. Era tolice, como mostraram os eventos que se desenrolaram. Em 609 A. C., os exércitos babilônios cercaram Jerusalém. Nesta ocasião, aparentemente, foi que os judeus ficaram atemorizados e introduziram reformas tardiamente, tais como a libertação dos escravos no tempo requerido pela lei mosaica. Então os exércitos de Faraó vieram do Egito e fizeram com que os babilônios levantassem seu cerco de Jerusalém. Nesta ocasião, aparentemente, os judeus pensaram que Sua aliança com o Egito estava dando resultados no sentido de socorro e proteção dos babilônios, e esqueceram-se de tôdas as reformas ao pegarem e escravizarem rapidamente de novo aqueles que recentemente haviam soltado em harmonia com a lei de Moises. Jeremias avisou que o levantamento do cerco era apenas temporário, que os babilônios voltariam e saqueariam a cidade; mas os judeus confiaram no Egito e disseram que os exércitos de Babilônia não voltariam. Mas, realmente voltaram, e, em 607 A. C., Jerusalém e Judá foram completamente devastadas e desoladas. — 2 Reis 25:1-12, 22-26; Jer. 34:1, 8-11, 21, 22; 37:5-10.

15. Que fatos devemos ter presente com respeito aos eventos de 607 A. C.?

15 Aqui estão algumas modalidades importantes deste evento histórico para se ter presente. Os judeus foram avisados de seus pecados contra Deus, mas não atentaram para o aviso, pensando que Jeová não estava olhando, que ele havia se esquecido da terra, que ele havia-se pecado com impunidade aparente por tanto tempo que não havia necessidade de mudarem então. Ao invés de submeterem-se ao servo de Jeová, confiaram numa aliança política do mundo. Tiveram uma excelente oportunidade para fugir, depois de verem o poder maciço da Babilônia. Quando o cerco foi levantado temporariamente, deviam ter fugido para aquele que Jeová usava, para Nabucodonosor de Babilônia, e deste modo ter evitado a destruição. Mas, não somente se recusaram eles próprios a fugir, mas também impediram quaisquer outros de fugir. Se qualquer um saía da cidade, eles o acusavam de sedição! (Jer. 37:11-15) Finalmente, o simples fato de que Jeová usou Nabucodonosor para punir Judá e o chamou de seu servo não significa que Nabucodonor ou os babilônios sob ele eram adoradores de Jeová. Não eram. Eram fanáticos religiosos dos demônios e, até mesmo antes de Jeová usá-los, ele disse que os destruiria no seu devido tempo. (Jer. 25:12) Uma ilustração talvez esclareça a situação. Durante a Segunda Guerra Mundial os comunistas serviram o propósito das democracias em ajudar a vencer Hitler, e desse ponto de vista podiam ser chamados de servo das democracias. Mas, isso não torna os comunistas aderentes da democracia, e não quer dizer que as democracias não lutem alguma vez contra o comunismo. Portanto, Jeová talvez usasse os babilônios adoradores de demônios, todavia destruindo-os mais tarde.

DESOLADA JERUSALÉM EM 70 E. C.

16. Que eventos conduziram a 29 E. C.?

16 Assim como foi predito, Jeová levantou Ciro, da Medo-Pérsia, para esmagar Babilônia e libertar os israelitas cativos, para que pudessem voltar e reedificar o templo e sua pátria. (Esd. 1:1-4; Isa. 44:28; 45:1-4; Dan. 5:30, 31) Nos séculos que se seguiram, os judeus, ainda que evitassem as idolatrias crassas dos tempos prévios, edificaram um montão de tradição e dividiram-se em diversas seitas religiosas. Desviaram-se para longe da vereda da verdadeira adoração de Jeová. Na primavera de 29 E. C., João Batista começou a obra de “preparar o caminho de Jeová”, alertar o povo para a vinda representativa de Jeová na pessoa do Messias prometido.” João os admoestou de seus pecados e da necessidade de se arrependerem e ser como o trigo e como árvores que produzem bom fruto, ao invés de serem como palha e como árvores que produzem fruto podre destinadas a ser lançadas no fogo que nenhum homem pode apagar. Como resultado, os judeus estavam na expectativa e na espreita pelo Messias. — Luc. 3:1-17, NM.

17. Que aviso deu Jesus aos judeus rebeldes?

17 No outono de 29 E. C., Jesus foi batizado no Rio Jordão, foi ungido com o espírito de Jeová e dali por diante ofereceu-se como o Messias prometido. Nêle foram cumpridas as profecias das Escrituras Hebraicas com respeito ao Messias. Mas, os líderes religiosos judeus não o aceitaram. Jesus não satisfez a vaidade deles, nem se enquadrou em suas ambições políticas. Ao invés, ele lhes admoestou de seus pecados, que invalidavam a Palavra de Deus pela sua tradição, diziam uma coisa e faziam o opôsto, oprimiam o povo comum, buscavam brilhar pessoalmente, ambicionavam títulos lisonjeiros, recusavam eles próprios a adoração verdadeira e impediam outros de praticá-la, esmeravam-se nos assuntos pequenos e secundários e deixavam de cumprir os requisitos grandes e principais de piedade, e especializavam-se numa aparência exterior de justiça enquanto mantinham sob coberta seus muitos pecados crassos. Chamando-os de serpentes e raça de víboras, ele exigiu saber como e que esperavam escapar da destruição, e lhes proclamou: “Eis aí abandonada vos é a vossa casa.” — Mat. 23:1-39, NTR; 15:3-9.

18. Que ato repugnante dos Judeus trouxe o cumprimento dos avisos soados tanto por João como por Jesus?

18 Mas os judeus não queriam ouvir o aviso nem de João Batista nem de Jesus. Não somente pela inclinação dos eventos, mas também pela cronologia bíblica, eles deviam ter esperado o Messias e identificado Jesus como tal. (Dan. 9:24-27 ) Todavia, preferiram fazer política com o Império Romano, e, quando Pilatos apresentou Jesus como o rei deles, eles o rejeitaram colèricamente, pediram sua execução e clamaram: “Não temos outro rei senão Cesar.” (João 19:14, 15) A Roma pagã, com seus deuses falsos, suas religiões demoníacas e seus estandartes idólatras aos quais ela oferecia sacrifícios, era uma coisa abominável e repugnante à vista de Jeová, e seu suposto povo fazer uma aliança política com ela somente poderia lhe trazer destruição e desolação. Pilatos tornou-se partícipe da morte de Jesus, junto com os fanáticos religiosos judeus, e esta conspiração foi um primeiro cumprimento do Salmo 2:1, 2. (Atos 4:25- 27) O fruto podre desta aliança provou que os judeus eram semelhantes às árvores más e à palha inútil, adequadas sòmente para a completa destruição simbolizada pelo fogo, assim como tanto João como Jesus haviam admoestado. (Mat. 7:19) Os seus avisos tiveram cumprimento nos desastrosos eventos de 70 E. C., quando sobreveio desolação a Jerusalém por causa de sua aliança abominável e repugnante com o Império Romano. Tais acontecimentos momentosos exigem minucioso escrutínio.

19. O que aconteceu em 66 E. C., relembrando os cristãos do quê?

19 Por alguns anos a inquietação e sedições haviam agitado a Palestina, mas foi em 66 E. C. que realmente estourou a revolta e Céstio Galo, o presidente romano da Síria, entrou com seu exército e engarrafou os judeus em Jerusalém. Quer os judeus infiéis pensassem no aviso de Jesus para fugir quer não, certamente os cristãos enlaçados em Jerusalém o fizeram: “Quando virdes Jerusalém cercada de exércitos acampados, então entendei que está próxima a sua desolação. Então, os que estiverem na Judéia comecem a fugir para os montes, e os que estiverem no meio dela retirem-se, e os que estiverem em regiões próximas não entrem nela, porque esses são dias para se fazer justiça, para que se cumpram todas as coisas escritas.” Também: “Quando virdes a coisa repugnante que causa desolação, conforme predita por meio de Daniel, o profeta, estar num lugar santo, (que o leitor use de discernimento), então, os que estiverem na Judéia comecem a fugir para os montes.” — Luc. 21:20-22; Mat. 24:15, 16, NM.

20. Que tornou possível a fuga, e quem se aproveitou da oportunidade?

20 Mas como podiam os cristãos em Jerusalém obedecer à ordem de fugir, com um exército hostil os cercando? O caminho da fuga se lhes abriu quando Galo, por alguma razão inexplicável, retirou seu exército. O historiador Josefo disse que, se Cestio “tivesse continuado o cerco por apenas um pouco mais de tempo, certamente teria tomado a cidade”. Ao invés, “ele retirou-se da cidade, sem nenhuma razão no mundo”a. Assim como a retirada dos exércitos de Nabucodonosor permitiu a fuga antes da derrota de Jerusalém em 607 A. C., assim a estranha retirada de Galo em 66 E. C. deu a oportunidade de fuga, deu a oportunidade para atentar para o aviso de Jesus. De modo bastante literal, o abominável exército romano com seus estandartes repugnantes e idólatras havia permanecido em volta do lugar santo de Jerusalém com seu templo; certamente era tempo de fugir para escapar da desolação que Jesus disse que se seguiria. Por isso, quando o exército de Galo se retirou, os cristãos fugiram não sòmente de Jerusalém, mas também da Judéia, cruzando o Jordão e fixando residência nas montanhas de Galaad, e estabelecendo-se especialmente em Pela.b Assim, eles escaparam da desolação que veio depois como resultado da repugnante aliança política com Roma, sendo o desastre causado pela abominável colocação de César na posição de realeza reservada somente para o Messias.

21. Como e quando foi finalmente executado o juizo sôbre Jerusalém?

21 Mas, como finalmente desceu o juízo divino sôbre aqueles judeus que se misturaram na política e desprezaram o aviso para fugir? Cristo Jesus, que havia proferido destruição ardente contra Jerusalém e a quem o juízo foi entregue, foi aquele a quem Jeová usou para supervisionar a execução do juízo do céu, e o general e príncipe romano, Tito, filho do Imperador Vespasiano, junto com seus exércitos, foi a agência humana usada para efetuá-lo. O profeta Daniel, ao falar da rejeição repugnante e abominável do Messias e da escolha de César, disse: “Ele [o Messias] destruirá a cidade e o santuário pelo príncipe [Tito] que há de vir. (Dan. 9:26; Versão dos Setenta; Houbtgunt) Fiel à profecia de Daniel e às palavras de Jesus concernente ao templo que “não ficará aqui pedra sôbre pedra que não seja derrubada”, os exércitos romanos sob Tito realmente desolaram a cidade e seu templo, em 70 E.C. — Mat. 24:2, ARA.

ESPANTOSOS DETALHES HISTÓRICOS

22-24. Que admoestações ignoraram os judeus, e com que resultados?

22 Quando Céstio Galo se retirou em 66 E. C. e a fuga à segurança se tornou possível, o aviso de Jesus se aplicou daquele tempo em diante: “Os que estiverem nas regiões próximas não entrem nela.” (Luc. 21:21, NM) Os judeus infiéis ignoraram estas palavras, e, como resultado, quando Tito veio em 70 E. C., êle achou a cidade superlotada de visitantes de toda a Palestina, “pois haviam vindo de todo o país para a festa dos pães ázimos, e foram subitamente encurralados por um exército. . . .Ora, esta grande multidão certamente se reuniu de lugares remotos, mas a nação inteira foi então encurralada pelo destino como se fosse numa prisão, e o exército romano circundou a cidade quando ela estava lotada de habitantes”.c

23 Jesus admoestou contra qualquer demora em fugir. (Mat. 24:16-18) Todavia, êste aviso também foi burlado, quando muitos judeus realmente desejaram fugir, era tarde demais para fazer isso com êxito. Lucas 19:41-44 (NM) declara: “E quando êle [Jesus] chegou a uma posição próxima, êle avistou a cidade e chorou por ela, dizendo: ‘Se tu, sim, tu, tivesses discernido neste dia as coisas que têm a ver com a paz — mas agora elas foram escondidas dos teus olhos. Pois, sobre ti virão dias em que os teus inimigos edificarão ao redor de ti uma fortificação de estacas pontiagudas e te cercarão e te afligirão de todos os lados, e despedaçarão a ti e teus filhos dentro de ti contra o chão, e não deixarão pedra sôbre pedra dentro de ti, porque não discerniste o tempo de seres inspecionada.’” Os fanáticos religiosos judeus não discerniram as coisas que tinham que ver com o Príncipe da Paz, mas, por teimosia, fecharam os olhos e os ouvidos à evidência concernente a êle e abraçaram a César. Não discerniram que, quando Jesus estêve na terra, era tempo de inspeção e juízo para a nação de Israel. Foram achados estéreis do ótimo fruto do louvor de Jeová. (Isa. 6:10; 9:6; Mat. 13:14, 15; 21:19) Nem queriam fugir êles da Jerusalém condenada quando tiveram a oportunidade, mas se demoraram até que os exércitos romanos voltaram e não somente cercaram êles próprios a cidade, mas também a cercaram com uma muralha ou “fortificação de estacas pontiagudas”, exatamente como Jesus havia prevenido trinta e sete anos antes. Esta muralha de mais de oito quilômetros de comprimento foi terminada em menos de três dias, e, por motivo dela, Josefo disse? “Portanto, tôda a esperança de escapar estava agora cortada para os judeus, junto com sua liberdade de saírem da cidade.”d Demoraram-se até que a fuga à segurança se tornou impossível!

24 No entanto, os judeus tentaram uma fuga tardia, mas ainda assim persistiram em ignorar as características do aviso de Jesus. Por exemplo, Jesus lhes disse para não tentarem levar com êles suas possessões materiais, uma vez que isso os retardaria e poria em perigo uma fuga feliz. (Mar. 13:15, 16) Todavia, quando alguns desertaram da cidade, êles engoliram seu ouro de modo a levá-lo junto com êles, sem os judeus dentro da cidade e os romanos do lado de fora saberem que o tinham. Josefo conta o que resultou: “Mas, quando esta manobra foi descoberta em um caso, a sua fama encheu seus diversos campos, de que os desertores vinham a êles cheios de ouro. Portanto, a multidão dos árabes, junto com os sírios, cortaram em pedaços aquêles que vinham como suplicantes, e investigaram seus ventres. Não me parece que nenhuma miséria sobreveio aos judeus que fosse mais terrível do que esta, visto que, no decorrer de uma só noite, cêrca de dois mil dêsses desertores foram assim dissecados.”e Embora Tito ameaçasse de morte àqueles culpados desta prática infame, os soldados romanos se juntaram aos outros nesta horrível busca de ouro nos ventres dos homens. Portanto: “Eles os dissecavam, e arrancavam êste dinheiro poluído dos ventres dêles; dinheiro êste que ainda se achava em alguns dêles, enquanto muitíssimos foram destruídos pela simples esperança que havia de escapar, tratamento miserável êste que fêz com que muitos que desertavam da cidade voltassem novamente para dentro dela.”f

25. Como aumentaram os Judeus as suas dificuldades?

25 O que aumentou adicionalmente as dificuldades de fugir foram os próprios judeus. Anos antes êles acusaram falsamente Jesus de sedição contra César e deram a entender que qualquer um favorável a êle era também de patriotismo questionável. Eles acusaram de sedição os seguidores de Cristo, embora os discípulos somente evitassem a política e apoiassem o reino de Cristo. (Luc. 23:2; João 19:12; Atos 17:7; 24:5) Mas, por volta de 70 E. C., os judeus foram sediciosos no que se refere a Roma, e qualquer um que procurasse escapar da armadilha de morte em Jerusalém por fugir era contado como sedicioso contra os judeus e mortos. Portanto, se os judeus apanhassem qualquer um tentando fugir, a acusação era de sedição e a sentença a morte; se aquêles que fugiam escapavam dos judeus e alcançavam as fileiras romanas, o cativeiro era o melhor que obtinham. Mas, ficar atrás significava morte final, quer pela espada, quer pela pestilência, quer pela fome. Quando os judeus não lutavam contra os romanos, eles lutavam entre si mesmos, estando divididos em diversas facções políticas e religiosas, cada qual intentando controlar a cidade condenada. Era o caso da mão de todo homem ser contra o seu irmão. Na sua luta interna, eles até mesmo destruíram seus próprios suprimentos de viveres, desta forma apressando a fome, a peste e a vitória romana.

26, 27. Que calamidades profetizou Jeová pela desobediência, e como se cumpriram elas espantosamente?

26 Quinze séculos antes dos desastrosos eventos de 70 E. C. Jeová Deus predissera que viriam como resultado de desobediência: “Sitiar-te-á em todas as tuas cidades, até que em toda a tua terra venham cair os teus altos e fortes muros em que confiavas; e te sitiará em todas as tuas cidades em toda a tua terra, que Jehovah teu Deus te há dado. Comerás o fruto do teu ventre, as carnes de teus filhos e de tuas filhas que Jehovah teu Deus te há dado, no sítio e no aperto com que os teus inimigos te apertarão. Jehovah te espalhará por entre todos os povos, desde uma extremidade da terra á outra; e ali servirás a outros deuses, que não conheceste, nem tu nem teus pais, a saber, ao pau e à pedra. Entre estas nações não terás repouso, nem haverá descanço para a planta do teu pé; mas Jehovah te dará ali um coração agitado, e desfalecimento de olhos e desmaio de alma. A tua vida estará como em suspenso diante de ti; temerás de dia e de noite, e não crerás na tua vida. Jehovah te fará tornar ao Egito em navios, pelo caminho de que te disse: Nunca tornarás a vêl-o. Ali vos vendereis aos vossos inimigos para serdes escravos e escravas, e não haverá quem vos compre.” — Deu. 28:52, 53, 64-66, 68.

27 A história testifica quanto ao espantoso cumprimento destas calamidades sôbre os judeus desde 70 E. C. Josefo dá um relato gráfico e horripilante de certa mulher, no cerco de 70 E. C., que “matou seu filho, e então o assou, e comeu a metade dele, e guardou a outra metade escondida junto dela. Logo depois disto, os sediciosos entraram, e, sentindo o cheiro terrível desta comida, ameaçaram-na de que lhe cortariam a garganta imediatamente se ela não lhes mostrasse que comida havia preparado. Ela respondeu que havia guardado uma excelente porção da mesma para eles, e com isso descobriu o que sobrava de seu filho.” Os homens, surpresos e aterrorizados, abandonaram tremendo a cena asquerosa.g Quando Tito finalmente tomou a cidade, o preço foi de 1.100.000 mortos e 97.000 cativos”!h Os judeus sobreviventes foram espalhados para tôdas as partes da terra, e em nenhum lugar encontraram descanso, mas vaguearam com corações cheios de desespero, receio e medo por sua vida. Não sòmente isto, mas grandes números destes cativos foram enviados devolta à escravidão no Egito, reduzidos à própria condição da qual Jeová libertara a nação deles mais de quinze séculos antes. Josefo diz que seus captores “os puseram em grilhões, e os enviaram para as minas egípcias”.i Um comentário bíblico judeu, editado por J. H. Hertz, declara, ao considerar Deuteronômio 28:68, que “na destruição de Jerusalém pelos romanos, tanto Tito como Adriano consignaram multidões de judeus para a escravidão; e o Egito recebeu uma grande proporção daqueles escravos”. Continua a mostrar, que os romanos tinham uma armada no Mediterrâneo pela qual êles transportaram os judeus escravizados para o Egito, e que, embora os judeus procurassem vender a si mesmos como escravos, não havia compradores para muitos deles, tão desprezados eram eles e tão abarrotado estava o mercado. Quão forçosamente foi cumprida a profecia em Deuteronômio, quinze séculos depois!

28. Que observações registra Josefo? e, ainda que seja apenas uma modalidade secundária, como se ergueu uma abominação no lugar santo, de modo literal?

28 Estas calamidades ocorreram com uma geração que era notóriamente iníqua. Dela Josefo disse: “Nem qualquer outra cidade jamais sofreu tais misérias, nem qualquer outra era jamais produziu uma geração mais frutífera em iniquidade do que esta era, desde o início do mundo”.j A crença de Josefo era que Deus trouxe os romanos para punir os judeus, e ele cita Tito como dizendo: “Certamente tivemos Deus em nosso auxílio nesta guerra, e não foi outro a não ser Deus que expulsou os judeus destas fortificações; pois que poderiam fazer as mãos dos homens ou quaisquer máquinas para derrubar estas tôrres?”k A vingança divina se devia em recompensa pela repugnante aliança politica que os judeus fizeram com a Roma pagã para garantir a execução de Cristo Jesus. Colocarem César na posição de realeza reservada para o Messias foi o grande ato aberto que foi tão repugnante e causou a sua desolação, mas é também interessante notar que após a queda de Jerusalém “os romanos, logo depois da fuga dos sediciosos para a cidade, e logo depois de incendiarem a própria casa santa, e todos os edifícios ao redor dela, trouxeram suas insígnias ao templo, e as puseram contra a porta oriental [perto do altar]; e lá ofereceram sacrifícios a elas.”l Assim, de modo bastante literal, se ergueram ídolos abomináveis no lugar santo dos judeus.

29. Que notável paralelo de eventos existe entre 607 A. C. e 70 E. C.?

29 Há um notável paralelo de certos eventos que ocorreram tanto em 607 A. C. como em 70 E. C. Isto se dá adequadamente, visto que ambos estes períodos prefiguraram acontecimentos que agora sobrevém a esta geração atual. Antes dos desastres de tanto 607 A. C. como 70 E. C., o povo que pretendia estar em pacto com Jeová e que posava como “esposa” fiel era culpado do muitos pecados. Por causa do seu desvio religioso e de se manterem na política, eles eram adúlteros espiritualmente. E foram admoestados repetidamente de que Jeová os destruiria caso não se reformasse, e que, para fazer isso, êle usaria nações com que haviam feito alianças, mas das quais se achavam alienados então. Poderiam esperar uma visita de Jeová, e uma desolação por parte dêle, mediante seus antigos amantes políticos. Em ambos os casos, as forças desoladoras vieram para destruir, todavia, mais tarde retiraram-se por certo tempo, concedendo um período oportuno para se fugir à segurança. Os rebeldes se demoraram em fugir e classificavam de sediciosos a qualquer um que realmente tentasse fugir. A oportunidade de fugir se esgotou, os destruidores voltaram, e a desolação caiu violentamente. Conforme predito, entretanto, os poderes usados para trazer esta vingança foram êles próprios destruídos mais tarde. A Babilônia caiu depois de ser usada em 607 A. C. O Império Romano desintegrou-se depois de ser usado em 70 E. C. Apocalipse 17:10 mostrou que o sexto poder mundial não perduraria, mas seria sucedido por um sétimo poder mundial. Como todos estes acontecimentos momentosos do passado são representativos de eventos que sobrevém à geração atual será mostrado no artigo seguinte.

[Notas de Rodapé]

a “Guerra Judaica” (em inglês), Livro 2, cap. 19, § 6, 7.

b “The Bible Is True“, de Marston, página 45; “The Archaeology of Palestine”, de Albright, página 242.

c “Guerra Judaica”, Livro 6, cap. 9. § 3, 4.

d Id., Livro 5, cap. 12, § 2, 3.

e Id., Livro 5, cap. 13, § 4.

f Id., Livro 5, cap. 13 § 5.

g “Guerra Judaica”, Livro 6, cap. 3, § 4.

h Id., Livro 6, cap. 9, § 3.

i Id., Livro 6, cap. 9, § 2.

j Id., Livro 5, cap. 10, § 5.

k Id., Livro 3, cap. 7, § 31; Livro 6, cap. 9, § 1.

l Id., Livro 6, cap. 6, § 1.

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