Acompanhe o passo, amoldando-se aos requisitos teocráticos
“Dou-te ordens para que observes o mandamento dum modo imaculado e irrepreensível, até a manifestação de nosso Senhor Jesus Cristo.”—1 Tim. 6:13, 14,NM.
1. Qual foi a grande responsabilidade que recaiu sobre as testemunhas ungidas de Jeová e sobre os cristãos professos, logo depois de 1914 E.C?
COM o estabelecimento do reino de Jeová, no ano de 1914 (E. C.), recaiu sôbre as testemunhas ungidas de Jeová Deus e sôbre todos os que professavam o cristianismo uma grande responsabilidade. Levantar-se-iam para declarar estas boas novas do reino estabelecido em toda a terra habitada, com o propósito de dar testemunho a todas às nações, ou lhes falharia a fé, fazendo-os desaparecer no oblívio sem esperança dêste velho mundo? A fé e confiança em Jeová e na sua Palavra era um dos requisitos a ser preenchido antes que Deus os pudesse usar como suas testemunhas. Portanto, Jesus perguntou: “Quando o Filho do homem vier, achará êle realmente esta fé na terra?” Olhando para trás aos anos, até 1918, quando Jeová veio ao seu templo, podemos agradecer sinceramente a Deus de que êle achou “esta fé na terra”, a fé de Abraão. Achou homens e mulheres que estavam totalmente devotados a êle como o Deus Todo-poderoso, Jeová, e que abandonaram “tudo” dêste mundo e não amaram as suas vidas até a morte. — Luc. 18:8; Mat. 19:27; 24:14; Apo. 12:11, NM.
2, 3. (a) Por que e como foi o restante ungido usado por Jeová? (b) Que palavras de Isaías começaram a ter cumprimento?
2 Aqueles anos, de 1914 a 1918, eram anos de provas. O inimigo tinha destruído consideràvelmente sua organização visível, terrestre, mas não pôde destruir seu amor e devoção a Deus. Sua fé nêle permaneceu imorredoura. Foi com esses devotos que Jeová começou a edificar uma nova organização terrestre, uma sociedade do Novo Mundo, sob o reino estabelecido de Deus. A estes fiéis, coletivamente, Jesus ‘confiou todos os seus bens’. Sentiram imediatamente a urgência da sua responsabilidade e encargo. E, visto que se achavam livres de quaisquer laços da Babilônia mística, puderam empreender imediatamente a obra, o cumprimento da sua comissão de declarar até os confins da terra as boas novas do reino de Jeová. Descansando sôbre eles o espírito de Deus e havendo muito trabalho a fazer, os do restante ungido voltaram a si, e surgiu, perante êles, um futuro brilhante, abençoado por Deus, ao formarem o núcleo da sociedade do Novo Mundo. — Mat. 24:45-47; Eze. 37:1-14; Apo. 11:11.
3 As palavras da profecia de Isaías começaram a ter cumprimento: “Levanta-te, resplandece; porque é chegada a tua luz, e é nascida sobre ti a glória de Jehovah. Pois eis que as trevas cobrirão a terra, e a escuridão os povos; sobre ti, porém, nascerá Jehovah, sobre ti se verá a sua glória. As nações se encaminharão para a tua luz, e os reis para o resplendor da tua aurora. Levanta em roda os teus olhos, e vê; todos estes se ajuntam, eles veem ter contigo; teus filhos virão de longe, e tuas filhas serão levadas nos braços. Então verás, e estarás radiante: o teu coração palpitará e se dilatará; porque a abundância do mar se tornará a ti, as riquezas das nações virão a ti.” “Virão a ti, inclinando-se, os filhos dos que te oprimiram; e prostrar-se-ão diante das plantas dos teus pés todos os que te desprezaram, e chamar-te-ão a cidade de Jehovah, Sião do Santo de Israel.” Depois de 1919, e especialmente desde 1935, grandes multidões de pessoas, de tôdas as nações, tribos, povos e línguas, começaram a juntar-se à sociedade do Novo Mundo para receber instrução teocrática. A organização universal de Deus veio a ser conhecida como “a cidade de Jehovah, Sião do Santo de Israel”. — Isa. 60:1-5, 14; Apo. 7:9; Miq. 4:1-5.
4. Por que é necessário que os mansos se amoldem aos requisitos de Jeová? Quais são alguns desses requisitos?
4 Agora que êsses mansos se achegaram à organização teocrática de Jeová, é só justo que se amoldem aos seus requisitos; porque somente por fazerem isso poderão acompanhar o passo da sociedade do Novo Mundo. Entre os primeiros requisitos se acha a necessidade de se reconhecer a organização teocrática; que Jeová, por meio da classe do “escravo fiel e discreto”, está suprindo seu rebanho com alimento espiritual no tempo devido. Também, o estudo e a associação são requisitos alegres, um meio de manter-se em dia com a sempre crescente luz do entendimento, que procede através da organização do Novo Mundo. Tem de se reconhecer a necessidade de se despir dos hábitos e ambições do velho mundo. Rixas, ódios raciais e religiosos, tradições, orgulhos e rivalidades nacionais, e inúmeras outras teorias e práticas divisórias, características do velho mundo, precisam ser vistas como coisas rejeitadas de bom grado, como pertencentes a êste sistema de coisas que está findando. Tôda forma de egoísmo mundano, de ciúmes, invejas, ambições egotísticas, guerras religiosas sectárias, perseguições mútuas — tôdas estas sendo manifestações do espírito dêste sistema moribundo e do seu deus, Satanás — precisam ser abandonados a êste velho mundo. Não há lugar para êles no novo sistema de coisas. E poderemos acompanhar o passo da sociedade do Novo Mundo apenas se nos amoldarmos a estes requisitos teocráticos. —Tia. 3:13-18; 4:1-4; Mat. 24:45, 46, NM.
EXERCENDO AUTOCONTROLE
5. Como ajuda o autocontrole a acompanhar o passo da sociedade do Novo Mundo?
5 A jornada para o novo mundo requer autocontrole. Moisés, depois de servir diligente e fielmente por muitos anos como servo de Jeová, não entrou na Terra Prometida, porque em certa ocasião perdeu o autocontrole. Deixou-se levar pela ira, e num momento de cólera deixou de santificar a Jeová aos olhos de Israel. Isto lhe custou o privilégio de entrar na Terra Prometida. Os que viajam hoje em direção à antitípica Terra Prometida precisam precaver-se contra perder o controle. O autocontrole é a moderação e a autodisciplina em todas as coisas. Paulo aconselhou aos filipenses: “Que se torne conhecida a vossa racionalidade a todos os homens.” Ao abandonarmos os hábitos do velho mundo e adotarmos os hábitos do novo, desejamos adotar um proceder razoável, sensato, em todas as coisas que fazemos. O conselho do sábio é: “Não sejas demasiadamente justo, nem excessivamente sábio; para que te destruirias a ti mesmo? Não sejas demasiadamente perverso, nem sejas tolo; para que morrerias antes do teu tempo?” Isto significa autocontrole, saber-se quando começar e quando parar. Não ficar todo parcial e mal equilibrado, mas ser equilibrado em todas as coisas é uma particularidade importante ao se acompanhar o passo da sociedade do Novo Mundo. — Fil. 4:5, NM; Ecl. 7:16, 17.
6. O que devia cada membro da sociedade do Novo Mundo poder recomendar?
6 Cabe a cada viajante para o novo mundo, e especialmente aos servos, dar o exemplo correto. Cada servo deve comportar-se de modo que possa recomendar seu proceder a outros. Cada um deve poder dizer conforme o apóstolo: “Tornai-vos meus imitadores, assim como eu o sou de Cristo.” Que espécie de exemplo era este apóstolo? O seguinte é o que êle disse sobre si mesmo, sob inspiração: “Chamo-vos hoje como testemunhas de que estou limpo do sangue de todos os homens, porque não me refreei de vos dizer todo o conselho de Deus. . . .Portanto, ficai despertos, e lembrai-vos de que por três anos, noite e dia, não cessei de admoestar com lágrimas a cada um de vós. E agora vos entrego a Deus e à palavra da sua benignidade imerecida, e vos dou a herança entre todos os santificados.” — 1 Cor. 11:1; Atos 20:26-32, NM.
7. Por que não pode o servo permitir que os seus hábitos, especialmente os de comer e beber, fiquem desregrados?
7 Os servos do Novo Mundo precisam copiar o bom exemplo de Paulo, para que também possam ser exemplos para o bem de muitas dezenas de milhares de pessoas que entram na sociedade do Novo Mundo cada ano. Tais novatos, vendo este belo exemplo de conduta, serão movidos a imitar os servos e assim acompanharão o passo da sociedade do Novo Mundo. Foi por isso que Paulo declarou convincentemente: “O superintendente, portanto, deve ser irrepreensível, marido de uma só esposa, moderado nos hábitos, de mente sã.” O servo não pode permitir que seus hábitos lhe escapem do controle. O rebanho de Deus olha para êle para a liderança correta. Alguns hábitos podem facilmente ficar imoderados, a menos que se exerça autocontrôle. Isso se dá especialmente nos hábitos de comer e beber. Aconselha-se-nos que nem os glutões, nem os beberrões herdarão o reino de Deus. Comer demais mostra falta de discernimento. Esgota a energia da pessoa e a torna mentalmente indolente e sonolenta. Beber demais faz com que se perca o controle sobre si mesmo. Ao beberrão falta equilíbrio, dignidade e respeitabilidade. Como poderia um bêbedo representar a organização teocrática com consciência limpa? Impossível! A bebedice impede o progresso e desonra a congregação de Deus e o seu Cristo. Certamente não convém aos que acompanham o passo da sociedade do Novo Mundo. Por isso, Paulo admoesta os superintendentes a serem ‘moderados nos hábitos, . . . não desordeiros bêbedos, nem espancadores, mas razoáveis’. E, para as mulheres cristãs, seu conselho é: “Devem ser sérias, não caluniadoras, moderadas nos hábitos, fiéis em todas as coisas.” E, à família de Deus, ele diz: “Quer comais, quer bebais, quer façais alguma outra coisa, fazei tôdas as coisas para a glória de Deus.”— 1 Tim. 3:2, 3, 11; 1 Cor. 9:25; 10:31, NM.
8. Que espécie de vida deve o cristão esforçar-se a levar?
8 Amoldar-se aos requisitos de Deus permite ao cristão levar uma vida equilibrada e feliz. Traz satisfação. E “a devoção piedosa é fonte de lucro. Realmente, ela é fonte de grande lucro, esta devoção piedosa, junto com a auto-suficiência”. Ajuda o cristão a apreciar que ele é apenas um dentre um grande corpo de louvadores que refletem a glória de Deus; que a sua conduta reflete sobre a inteira organização cristã, quer ajudando, quer impedindo o progresso com a sociedade do Novo Mundo. — 1 Tim. 6:5, 6, NM.
9. Como podemos verificar os nossos hábitos?
9 Formar bons hábitos não é fácil num mundo imperfeito, porque os hábitos não se formam automaticamente. Bons hábitos precisam ser ponderadamente cultivados por trabalho árduo. E, na maior parte, os bons hábitos são os frutos do espírito de Deus, o resultado da aplicação diligente da sua Palavra. Hábitos maus ou impróprios nos farão inevitàvelmente perder o passo e nos afastarão da sociedade do Novo Mundo. Portanto, verifique seus hábitos e seu progresso. Pergunte-se: Teria Jesus se comportado como eu? Como teria ele tratado deste assunto que exige autocontrole? Copie seu exemplo. Se estiver ao ponto de adotar um proceder duvidoso, pergunte-se: Enriquecerá ou corromperá este proceder a minha apreciação do Criador? Que acontecerá se eu permitir que as coisas se desenvolvam totalmente? Serão os frutos teocráticos, racionais e práticos? Ou serão prejudiciais para meu bem-estar espiritual? Lembre-se das palavras de Paulo: “Continuai a provar a vós mesmos se estais na fé.” Continue a provar a si mesmo se está acompanhando o passo da sociedade do Novo Mundo, por verificar a sua atitude mental, sua disposição, sua conduta e seu progresso. Madureça não somente horizontalmente, isto é, em progresso com os anos na verdade, mas também verticalmente, em espiritualidade, apreciação, amor e entendimento. “Continuai a provar o que vós mesmos sois.” — 2 Cor. 13:5, NM.
OBEDIÊNCIA AOS REPRESENTANTES TEOCRÁTICOS
10, 11. De que modo devem ser considerados os princípios e a orientação do Novo Mundo e a classe do “escravo fiel e discreto”?
10 Os novatos precisam aprender a harmonizar-se com os princípios e a orientação da sociedade do Novo Mundo e agir de acordo com eles, para que todos possam operar sem fricção, para o bem-estar e a bênção de todos dentro da organização, para a glória de Deus, o Pai. Às vêzes torna-se bastante difícil para alguns dos nossos novos associados fazerem esta mudança. Têm a tendência de ser um pouco rebeldes ou indisciplinados. Mas, para se tornarem genuinamente parte da sociedade do Novo Mundo, é imperativo que se mostre o devido respeito pelo arranjo e ordem teocráticos. Requer-se uma atitude mental humilde e obediente. Não podemos permitir que disposições e tendências do velho mundo influenciem nosso modo de pensar e nossas ações depois de têrmos entrado na organização do Novo Mundo. Deixamos o velho mundo para trás, portanto, por que não deixar tudo para trás, todo o tempo? Por que introduzir sua orientação e métodos no arranjo do Novo Mundo? Sua orientação não tem beneficiado o velho mundo; de que valor seriam para o novo? Apenas por fazermos um esforço consciente de renovar a nossa mente, por recusarmos ser amoldados segundo o presente sistema de coisas, poderemos provar a nós mesmos a boa, aceitável e completa vontade de Deus. — Rom. 12:2, NM.
11 Visto que se confiaram ao “escravo fiel e discreto” todos os bens do seu Senhor, então, consideremos com a correta percepção mental que tudo o que o ‘escravo fiel’ faz é para nosso bem. O escravo está assim cumprindo sua própria obrigação perante Jeová em fazer que Seu trabalho seja feito. Portanto, a vontade do escravo é a vontade de Jeová. A rebelião contra o escravo é rebelião contra Deus. A atitude mental correta para com a direção do escravo é parte de acompanhar o passo da sociedade do Novo Mundo.
12. Por que é perigoso seguir o caminho do “livre-pensador”?
12 A tendência entre a nova geração é de exaltar a individualidade — “livre-pensamento” é o que o chamam. O “livre-pensador” expressa o desejo individual de independência. Resiste a ficar “restrito” a qualquer regra ou regulamento fixo. Êle tem o seu próprio modo de fazer as coisas, que, para êle, sempre parece melhor. A submissão à autoridade ou aos representantes teocráticos torna-se difícil para êle. Sente falta de espaço, como se estivesse cercado de todos os lados por instruções. Todos, na sociedade do Novo Mundo, estão fora do passo, exceto êle. Parece saber sempre um modo melhor de fazer as coisas. Seu proceder está cheio de orgulho e presunção. Se não tomar cuidado em retificar sua obstinação, “presunção”, seu orgulho o levará a uma queda vergonhosa. Melhor é reconhecer sempre, de modo bíblico, o arranjo teocrático que nos trouxe à verdade e harmonizar-se com êle, do que resistir às suas diretrizes, simplesmente porque, às vêzes, não entendemos por que se fazem as coisas de certa maneira. “Confia, de todo o teu coração, em Jehovah, e não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas. Não sejas sábio aos teus próprios olhos; teme a Jehovah, e aparta-te do mal.” “A soberba precede a destruição, e o espírito altivo, a queda. Melhor é ser humilde de espírito com os pobres, do que repartir os despojos com os soberbos.” Sejam suficientes estas palavras. — Pro. 3:5-7; 16:18, 19.
13. Como mostram as Escrituras a necessidade de obediência e respeito aos representantes teocráticos?
13 Obediência e respeito aos representantes teocráticos são um requisito da organização de Jeová. “Sejam os homens mais idosos, que presidem de modo correto, considerados dignos de dupla honra, especialmente os que trabalham àrduamente no falar e no ensino.” (1 Tim. 5:17, NM) Jeová é responsável pela organização de suas criaturas e delega poderes e autoridade a tais, ordenando que honra se lhes deve dar. “Agora Deus tem colocado os membros no corpo, cada um deles, assim como lhe aprouve.” Os superintendentes terrestres representam a Jeová na sua designação, tanto quanto os celestiais. “Estai sujeitos uns aos outros no temor de Cristo. As esposas estejam sujeitas a seus maridos como ao Senhor,. . .De fato, como a congregação está sujeita ao Cristo, assim também as esposas o estejam em tudo a seus maridos. . . . A esposa deve ter profundo respeito por seu marido.” Isto demonstra a necessidade de ordem e respeito para com a autoridade delegada, dentro da congregação cristã. — 1 Cor. 12:18; Efé. 5:21-33,NM.
14-16. (a) Como se ilustrou no caso de Zacarias o respeito aos representantes teocráticos? (b) No caso de Paulo para com o sumo sacerdote Ananias? (c) No caso de Davi e do Rei Saul? (d) Miguel, o arcanjo, e o Diabo?
14 Quando Gabriel disse a Zacarias que êste teria um filho, Zacarias não acreditou no anjo. Zacarias demonstrou falta de respeito por meio de descrença. Portanto, o anjo disse-lhe: “Eu sou Gabriel, que assisto diante de Deus, e fui enviado para falar-te e trazer-te estas boas novas. Todavia ficarás mudo, e não poderás falar até o dia em que estas cousas venham a realizar-se; porquanto não acreditaste nas minhas palavras, as quais a seu tempo se cumprirão.” Gabriel era o representante de Jeová. As suas palavras não deviam ser questionadas. O desrespeito a esta autoridade trouxe uma severa punição da parte de Deus. — Luc. 1:19, 20, ARA.
15 Quando Ananias mandou que se batesse Paulo na bôca, Paulo lhe disse: “Deus há de ferir-te, parede branqueada; tu estás aí sentado para me julgar segundo a lei, e contra a lei mandas agredir-me?” Os que estavam a seu lado disseram: “Estás injuriando o sumo sacerdote de Deus?” Paulo desculpou-se então, dizendo : “Não sabia, irmãos, que ele é sumo sacerdote; porque está escrito: Não falarás mal de uma autoridade do teu povo.” Em outras ocasiões, perante reis e governantes deste mundo, Paulo tinha sempre muito cuidado em mostrar o devido respeito. Quanto mais respeitosos devemos ser para com aqueles a quem Jeová delega autoridade! — Atos 23:1-5, ARA.
16 O Rei Saul ameaçou a vida de Davi em muitas ocasiões. Contudo, quando estava ao alcance de Davi tirar a vida de Saul, ele disse: “Quem pode extender a mão contra o ungido de Jehovah, e ficar inocente?” Davi demonstrou temor de Deus e profundo respeito pelo Seu nomeado, recusando tocar em Saul. (1 Sam. 26:9; Sal. 105:14, 15) Judas faz um contraste entre a conduta de pessoas tais como os homens de Sodoma e Gomorra, e das cidades circunvizinhas, e a de Miguel. Acerca dos iníquos, ele disse: “também estes homens, entregando-se a sonhos, contaminam a carne, rejeitam a autoridade e falam abusivamente dos gloriosos. Por outro lado, quando Miguel, o arcanjo, teve uma diferença com o Diabo e disputava acerca do corpo de Moisés, não ousou trazer juízo contra ele em termos abusivos, mas disse: ‘Que Jeová te repreenda.’ No entanto, estes homens estão falando abusivamente de todas as coisas que realmente não conhecem, mas todas as coisas eles entendem de modo natural, como os animais irracionais, nestas coisas prosseguem a corromper-se.” Pedro lançou um ataque similar contra os desrespeitosos e os sem lei: “Atrevidos, obstinados, não tremem diante dos gloriosos, mas falam abusivamente, enquanto os anjos, embora sejam maiores em força e poder, não levantam contra eles uma acusação em termos abusivos, não fazendo isso em respeito a Jeová. Mas, esses homens, semelhantes aos animais irracionais, nascidos naturalmente para serem presos e destruídos, nas coisas que ignoram e das quais falam abusivamente, sofrerão a destruição no seu próprio proceder de destruição, defraudando a si mesmos em recompensa da sua transgressão.” — Jud. 8-11; 2 Ped. 2:6-13, NM.
17, 18. Que consequências sérias de se mostrar desrespeito para com a autoridade se focalizaram nos casos de Ananias e da sua esposa Safira, de Coré, Miriã e Aarão?
17 O servo fiel terá cuidado em mostrar o devido respeito pela autoridade, todo o tempo, apreciando que tais representantes falam em nome de Jeová. Quando Ananias e Safira mentiram a Pedro, o apóstolo lhes disse: “Trapaceaste, não a homens, mas a Deus.” Pagaram com suas vidas por esta falta de respeito para com Jeová e seu representante. Coré rebelou-se contra a liderança de Moisés e Aarão, Moisés, porém, mostrou que o desrespeito de Coré era de muito maior alcance do que isso. Moisés disse: “Por isso sabereis que Jeová me enviou para fazer todas estas obras, que isso não vem do meu próprio coração: Se fôr de acordo com a morte de toda a humanidade que estas pessoas morrerão, e com a punição de tôda a humanidade que se traz punição sôbre elas, então não foi Jeová quem me enviou. Mas, se fôr algo criado, que Jeová criará, e a terra tiver de abrir a sua bôca e tragar a eles e a tudo que lhes pertence, e eles tiverem de descer vivos ao seol, então sabereis com certeza que estes homens têm tratado a Jeová desrespeitosamente.” Por meio da sua conduta rebelde, Coré e seu grupo “pecaram contra as suas próprias almas”. Tais homens se opõem, não a homens, mas a Deus. — Atos 5:1-6; Núm. 16:1-38; Atos 5:28, 39, NM.
18 As conseqüências sérias de se mostrar desrespeito são também focalizadas no caso de Miriã e Aarão, que desprezaram a Moisés como porta-voz escolhido de Jeová: “É somente por Moisés que Jeová tem falado?” perguntaram êles. “Não falou ele também por nós?” Pelo comportamento não teocrático deles, Miriã ficou leprosa. Somente por causa da sua atitude de arrependimento e pela intercessão de Moisés a favor dela é que Miriã foi purificada. No entanto, o desagrado de Jeová com a conduta de Miriã é evidente das Suas palavras a Moisés: “Se o seu pai lhe tivesse cuspido diretamente na face, não estaria ela humilhada por sete dias? Fique ela de quarentena por sête dias, fora do acampamento, e depois seja ela recebida.” Tanto os irmãos como as irmãs deviam tomar a peito este aviso, de que falar abusiva ou desrespeitosamente da autoridade, dos representantes de Jeová, é um pecado bastante sério para remover a pessoa para “fora do acampamento”, fora da organização teocrática. Saiba-se que “é coisa temível cair nas mãos do Deus vivo”. — Núm. 12:1-15; Heb. 10:31, NM.
O DEUS IMPARCIAL
19. Por que não é aconselhável olhar para o homem imperfeito de carne?
19 Pedro declarou que Jeová “não é parcial, mas, em cada nação, o homem que o teme e que obra a justiça é-lhe aceitável”. Portanto, livre-se das idéias do velho mundo, de que a organização de Jeová está cheia de “favoritos”. Não há favoritos. Se o temer e fizer as obras da justiça, então é Seu favorito tanto quanto qualquer outro. Na congregação, os servos são escolhidos por suas qualificações e capacidades de servir. A congregação deve mostrar-lhes o respeito digno da sua designação, pois êste é o modo de Jeová lidar com a pessoa e a pessoa com Êle. Não enfraqueça a sua relação teocrática por tropeçar na “carne” de que talvez goste pessoalmente. Pois, Paulo diz: “De agora em diante não conhecemos a nenhum homem segundo a carne. Até mesmo se temos conhecido a Cristo segundo a carne, certamente não o conhecemos mais assim. Por conseguinte, se alguém está em união com Cristo, nova criação é; as coisas velhas já passaram, eis que vieram à existência coisas novas.” Se estamos inclinados a olhar para qualquer homem imperfeito, isso terá a tendência de diminuir a nossa apreciação da sua posição teocrática, da sua responsabilidade como escravo de Jeová. Se observarmos claramente êste princípio de representação teocrática, não insistiremos em nossos próprios direitos e interêsses, mas seguiremos o conselho sábio dos nomeados por Jeová. Êstes são “homens por dons” da parte de Jeová. Ajudar-nos-ão a alcançar a salvação, para a honra de Deus e para a vindicação do seu grande e santo nome. — Atos 10:34, 35; 2 Cor. 5:16, 17; Efé. 4:8, NM.
20. O que, então, significa acompanhar o passo da sociedade do Novo Mundo?
20 Portanto, acompanhar o passo da sociedade do Novo Mundo significa para nós muita coisa. Significa uma vida de dedicação, auto-sacrifício, estar devotado inteiramente e sem reserva a Jeová Deus, assim como Cristo Jesus estava e está agora. Significa que nos devemos livrar dos hábitos do velho mundo e devemos conformar-nos aos requisitos de Jeová. Significa reconhecer o “escravo fiel e discreto” e mostrar o devido respeito para com os em autoridade. Significa ‘provar a nós mesmos o que realmente somos’. Em suma, tudo isso significa ‘guardar o mandamento sem mácula nem repreensão’. — 2 Cor. 13:5; 1 Tim. 6:14.
21. Como nos beneficiará acompanharmos o passo da sociedade do Novo Mundo?
21 Se fizermos isto, madureceremos pela benignidade imerecida de Jeová. Perceberemos a bênção abundante que é acompanhar o passo da sua organização. Exultaremos com a expansão teocrática. Estaremos animados com o espírito ao vermos o crescimento em conhecimento e entendimento. Ceifaremos com alegria o que semeamos. Nossa convicção será forte, nossa fé inabalável, nossa apreciação profunda, nossa alegria será abundante com a plena certeza de que estamos acompanhando o passo da sociedade do Novo Mundo de Deus, cuja orientação e direção não somente nos alimentará bem espiritualmente, nos últimos dias deste velho mundo, mas nos manterá vivos até o Novo Mundo de justiça e para todo o sempre.