Acompanhe o passo da sociedade do novo mundo
“Nós deixamos tudo, e te seguimos.”—Mat. 19:27, NTR.
1. O que é a sociedade do Novo Mundo? Por que é imperativo que os que amam a justiça acompanhem o passo da mesma?
A SOCIEDADE do Novo Mundo é uma sociedade de ministros que cresce constantemente, estendendo a sua influência até os confins da terra habitada. É uma organização que vive, se move e respira, cuja prosperidade espiritual não tem paralelo na história do cristianismo. Para onde quer que se volte, a influência que exerce atrai a atenção das pessoas de coração honesto. É como a luz dum farol neste mundo de trevas, oferecendo palavras de esperança e vida a todos os que chegam ao seu alcance. Hoje em dia é imperativo que os que desejam viver no novo mundo de justiça acompanhem o passo da sociedade do Novo Mundo. Por quê? Porque em breve levará a todos os seus membros a salvo através da maior de todas as tribulações, a guerra do Armagedon, e os introduzirá num esplêndido novo mundo feito por Deus, em que a humanidade gozará de eterna paz, prosperidade e felicidade. — Mat. 24:21.
2. (a) Por que podemos dizer que é Jeová quem está apoiando a sociedade do Novo Mundo? (b) De que modo reflete a sociedade do Novo Mundo o modo de pensar de Jeová?
2 O responsável pelo êxito desta organização de funcionamento maravilhoso é seu Edificador e Criador, Jeová Deus. Somente ele é capaz de conceber um arranjo tão maravilhoso para a preservação do seu povo. Somente ele tem o poder de realizar um empreendimento tão grande nestes tempos perigosos. E somente ele tem a sabedoria e o espírito para dirigi-lo, a fim de realizar Seu propósito segundo a sua vontade divina. Portanto, Jeová é o responsável pela sua existência, pelo seu crescimento fenomenal e pelo seu bom êxito. É correto, pois, que se lhe dêem todo o louvor e a honra. Conforme o apóstolo Paulo disse tão aptamente: “O que, então, é Apolo? Sim, o que é Paulo? Ministros pelos quais viestes a tornar-vos crentes, assim como o Senhor concedeu a cada um. Eu plantei, Apolo regou, mas Deus continuou a fazê-lo crescer; de modo que nem o que planta é alguma coisa, nem o que rega, mas Deus que o faz crescer. Ora, o que planta e o que rega é um, mas cada pessoa receberá a sua própria recompensa segundo seu próprio labor. Pois somos cooperadores de Deus. Vós, povo, sois o campo de Deus em cultivo, o edifício de Deus.” Sendo o edifício de Deus, seu ‘campo em cultivo’, a sociedade do Novo Mundo reflete o modo de pensar de Jeová para com a humanidade, por expandir a adoração verdadeira na terra, por progredir com o aumento em conhecimento, por prover o crescimento e a prosperidade espirituais, por acompanhar o passo do seu chefe, Cristo Jesus, o qual mostra o caminho para o dia perfeito. — 1 Cor. 3:5-9, NM; Sal. 127:1.
3. De que modo inspirou Jeová esperança no novo mundo? Como tem esta esperança influenciado os homens?
3 Antes que o homem pudesse esperar um novo mundo, Jeová Deus começou a estabelecer os seus alicerces e a inspirar esperança nele. Impeliu homens a escreverem e a proferirem profecias referentes ao novo mundo vindouro, no qual habitará a justiça. Estas profecias tornaram-se a fonte de imensurável alegria, esperança e coragem para os homens de boa vontade, em cada geração. Fortaleceram ao homem o impulso necessário para avançar em fé e para esperar seu cumprimento final. Quando Jeová ordenou a Abrão: “Sai-te da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai para a terra que te mostrarei”, Abraão obedeceu sem hesitar, porque cria na promessa de um novo mundo, por parte de Deus. Paulo nos diz que Abraão obedeceu a Deus “em sair para um lugar que ia receber como herança, e êle saiu, ainda que não soubesse para onde ia. Pela fé êle residiu temporariamente na terra da promessa como numa terra estranha e morou em tendas com Isaac e Jacó, os herdeiros com êle da mesmíssima promessa. Porque esperava a cidade que tem verdadeiros fundamentos, da qual o edificador e criador é Deus”. Foi o grande desejo de Abraão, de viver no novo mundo prometido por Jeová, que o capacitou a abandonar sua pátria e a contentar-se com uma vida de residente temporário, em tendas, para que pudesse herdar a promessa. Sara, sua esposa, participou voluntariamente das suas viagens, mostrando assim sua fé na promessa de Deus. Pela fé, eles avançaram em direção a uma nova terra, com esperança num novo mundo. — Gên. 12:1-3; Heb. 11:8-10, NM.
4-6. (a) Quem mais esperava essa promessa dum novo mundo? (b) Como demonstrou Jesus a sua disposição de participar na promessa de Jeová?
4 Resta a pergunta: Estamos nós dispostos a fazer o mesmo, isto é, exercer a mesma fé, e disposição, na promessa de Deus, assim como fizeram Abraão e sua esposa, Sara? O fato de que Abraão não herdou a promessa durante a sua vida não fêz Isaac ou Jacó desistir de seguir nos passos de Abraão no exercício da fé em Deus, e de recomendar o mesmo proceder aos seus filhos. Jesus disse acêrca de Abraão: “Abraão, vosso pai, exultou por ver o meu dia, e viu-o, e alegrou-se.” Tão grande era a fé dêstes patriarcas na promessa de Deus, que estavam dispostos a entregar tudo, mesmo a própria vida, para que pudessem herdar a promessa do novo mundo. — João 8:56, Al; Heb. 11:39.
5 Moisés exerceu a mesma fé na promessa de Deus. Aquêle que tinha sido criado na corte de Faraó, teve “por maiores riquezas o vitupério de Cristo do que os tesouros do Egito”. Moisés respondeu à chamada de Deus quando tinha oitenta anos de idade, abandonando a vida de pastor para tomar-se testemunha de Jeová perante Faraó e condutor da nação de Israel. Em Israel temos exemplo de como uma nação inteira, encontrou esperança na promessa de Jeová de um novo mundo. Paulo fala de uma grande “nuvem de testemunhas” que põem de lado todo o pêso, para que se pudessem tornar participantes na promessa. — Heb. 11:26, 27; 12:1, Al.
6 O principal desta grande “nuvem de testemunhas” era Cristo Jesus: “Que, embora subsistisse em forma de Deus, não deu consideração à usurpação, a saber, que devesse ser igual a Deus. Não, mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de escravo e chegando a ser na semelhança dos homens. Além disso, quando se achou na forma de homem, humilhou-se a si mesmo e tornou-se obediente até a morte, sim, a morte numa estaca de tortura. Por esta mesma razão, também, Deus o exaltou a uma posição superior.” Jesus deu o seu tudo, o que era muito mais do que tôda a raça humana poderia dar, a fim de que pudesse participar na promessa de Jeová de um novo mundo. Ele ilustrou em diversas parábolas a sua disposição para fazer isso: “O reino dos céus é semelhante a um tesouro que, oculto no campo, foi achado e escondido por um homem, o qual, movido de gozo, foi vender tudo o que possuía e comprou aquele campo. O reino dos céus é também semelhante a um negociante que buscava boas pérolas; e tendo achado uma de grande valor, foi vender tudo o que possuía e a comprou.” Tão completamente tinha Jesus negado a si mesmo que pôde dizer a certo escriba que desejava segui-lo: ‘“As raposas teem covis, e as aves do céu pousos; mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça.” Em vez de lamentar a perda de “todas as coisas”, Jesus recomendou este proceder aos seus seguidores, se quisessem alcançar o Reino. — Fil. 2:5-9, NM; Mat. 13:44-46; 8:20; Col. 1:15, 16.
7. (a) Que conselho deu Jesus para se alcançar o novo mundo? (b) O que quer dizer seguir a Cristo?
7 Jesus sabia o que custaria conquistar este mundo; portanto disse: “Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo e tome a sua estaca de tortura e siga-me continuamente. Pois todo aquele que quiser salvar a sua alma, perdê-la-á; mas, todo aquele que perder a sua alma por minha causa, achá-la-á. Pois, que aproveitará ao homem se ganhar o mundo inteiro, mas perder a sua alma? Ou, que dará o homem em troca da sua alma? Pois o Filho do homem se destina a vir na glória de seu Pai, com seus anjos, e então recompensará a cada um segundo o seu comportamento.” Portanto, seguir a Jesus Cristo significa praticar o cristianismo; significa negar-se a si mesmo numa vida de dedicação aos princípios, do cristianismo. Requer que se tome a “estaca de tortura” e se participe de algumas das adversidades e sofrimentos que Jesus deixou para trás. Significa abandonar as suas próprias ambições e desejos pessoais de acumular riquezas, prestígio e poder. O profeta Jó disse: “Se fiz do ouro a minha esperança, e disse ao ouro fino: Em ti confio . . . teria negado a Deus que está lá em cima.” De modo que, seguir a Cristo significa renunciar ao mundo velho, todo o mundo e a vida, se necessário. Requer plena fidelidade e lealdade ao cristianismo, tal como o soldado dedica à causa da independência e liberdade. Paulo esclarece êste ponto claramente, dizendo: “Ninguém que serve como soldado se envolve nos negócios comerciais da vida, a fim de granjear a aprovação daquele que o alistou como soldado.” Os cristãos que seguem a Cristo precisam estar prontos a serem convocados, com a mesma disposição do profeta Isaías, que, ao ouvir a pergunta: “Quem enviarei eu, e quem irá por nós?” respondeu: “Eis-me aqui; envia-me a mim.” Não tendo ligações com este velho mundo, estava livre para aceitar a convocação de Jeová. Êste era o quinhão invejável que homens fiéis como Abraão, Isaac, Jacó e outros possuíam por meio da sua fé. Êste tem e ser o quinhão de todos os que acompanham o passo da sociedade do Novo Mundo. —Mat. 16:24-27, NM; Jó 31:24, 28; 2 Tim. 2:4, NM; Isa. 6:8.
CONVIDADOS A DAR TUDO
8. A que convidou Jesus seus seguidores? Como responderam eles?
8 Quando estabeleceu o cristianismo, Jesus Cristo convidou seus seguidores a demonstrarem esta mesma fé, a fé de Abraão. E seus apóstolos mais chegados mostraram que tinham esta fé. Note-se especialmente com que disposição acolheram a chamada de Jesus: “Vinde após mim.” O relato inspirado fala de Pedro e André, que estavam pescando com as suas redes na ocasião em que Jesus os convidou: “Deixando imediatamente as redes, o seguiram.” Acerca de Tiago e João, que foram chamados enquanto consertavam as suas redes, o registro diz: “Deixando imediatamente o barco e seu pai, seguiram-no.” Quando certo discípulo desejava voltar para enterrar seu pai, Jesus replicou: “Continua a seguir-me, e deixa que os mortos enterrem seus mortos.” A idéia é, aqui, que não deixassem nada impedir-lhes o caminho; a ocupação, a família, os amigos não, eram considerados todo-essenciais. Foram colocados em lugar secundário, e aquela coisa desejável, o reino de Deus, recebeu o primeiro lugar nas suas vidas. Não havia meses de fazerem economias antes de abandonarem seus empregos, nem mesmo uma consideração cautelosa do assunto, para ver se valeria a pena ou não. Nem fizeram os apóstolos a pergunta: O que é que ganho com isso? Antes, sua resposta foi imediata, mostrando grande fé em Jeová, em seu Filho e no arranjo feito para a continuação da sua existência. — Mat. 4:18-22, NTR; 8:22, NM.
9. Como deviam estimar seus privilégios do Reino?
9 Jesus infundiu nos seus seguidores o valor de se alcançar o Reino. Alcançá-lo valeria qualquer preço. Êle enfatizou a necessidade do auto-sacrifício, do trabalho árduo, da perseverança e da paciência para alcançar o alvo da fé, que é a salvação das nossas almas. Enfatizou que segui-lo continuamente significaria estar livre de obrigações e laços mundanos. O alimento, a roupa, o abrigo e as outras necessidades da vida eram feitos incidentais. “Pois todas estas são as coisas que as nações buscam ansiosamente. Porque vosso Pai celestial sabe que necessitais de todas estas coisas. Prossegui, pois, buscando primeiro o reino e a Sua justiça, e tôdas essas outras coisas vos serão acrescentadas. Portanto, jamais estejais ansiosos quanto ao dia seguinte, porque o dia seguinte terá suas próprias ansiedades. Basta a cada dia o seu próprio mal.” O principal era o Reino; em comparação com êle, tudo o mais se dissolvia em nada. Paulo expressou seu sentimento sobre isso: “Por causa dêle [Cristo] aceitei a perda de tôdas as coisas e considero-as como uma porção de refugo, para que possa ganhar a Cristo.” E o apóstolo João arrazoava do seguinte modo: “O mundo está passando e assim também o seu desejo, mas aquêle que faz a vontade de Deus permanece para sempre.” Que razão melhor se poderia dar quanto à razão de se abandonar êste mundo e de se dedicar completamente e sem reserva ao reino de Deus? Se exigia fé e confiança absoluta em Jeová e Cristo Jesus para se acompanhar o passo da igreja cristã do primeiro século, que estava aumentando, será que exige menos agora?—Mat. 19:27; 6:32-34; Fil. 3:8; 1 João 2:17 NM.
10. Qual tem sido o resultado da resposta fiel à ordem de ‘fazer discípulos de pessoas de todas as nações’?
10 A obediência fiel à comissão de ir e ‘fazer discípulos de pessoas de tôdas as nações’ tem feito a congregação cristã crescer, ao ponto que hoje ela está representada em toda a terra por ministros devotados que proclamam estas boas novas do reino estabelecido de Deus. Especialmente durante os últimos trinta e sete anos, centenas de milhões de pessoas têm chegado a ouvir falar do govêrno divino do novo mundo. Dentre estes milhões, centenas de milhares têm reconhecido que esta mensagem vitalizadora vem de Deus e é para o dia atual. Aceitaram-na com a mesma fé e alegria como os profetas da antiguidade e os discípulos de Jesus, e dedicaram as suas vidas a Deus, por meio de Jesus Cristo, e participam em manter bem alto esta tocha brilhante do Reino. Tôdas juntas, estas testemunhas cristãs formam uma sociedade que não é parte dêste velho mundo. Estão a favor do novo mundo de justiça da parte de Deus; portanto, formam uma sociedade do Novo Mundo. — Mat. 28:19, 20; 24:14, NM.
11. Requer-se dos membros da sociedade do Novo Mundo fazer os mesmos sacrifícios como as testemunhas cristãs do primeiro século?
11 Agora, como membros da sociedade do Novo Mundo, exige-se deles que façam os mesmos sacrifícios e demonstrem a mesma fé das testemunhas cristãs do primeiro século? Sim. Porque não há regras separadas de conduta ou de ministério para os cristãos de qualquer século. Todos seguem o mesmo Exemplo, Cristo Jesus. Pedro escreveu: “De fato, fôstes chamados para este proceder, porque até Cristo sofreu por vós, deixando-vos modelo para seguirdes de perto as suas pisadas.” Paulo admoestou: “Tornai-vos meus imitadores, assim como eu o sou de Cristo.” E novamente: “[Sede] imitadores dos que pela fé e paciência herdam as promessas.” “Pois tôdas as coisas escritas de antemão foram escritas para nossa instrução, para que, pela nossa perseverança e pelo conforto das Escrituras, tenhamos esperança.” Portanto, em adição ao perfeito exemplo de Cristo, temos perante nós, e por escrito, o exemplo de Abraão e de todos os profetas, como lições proveitosas para nosso estudo, se havemos de acompanhar o passo da sociedade do Novo Mundo. — 1 Ped. 2:21; 1 Cor. 11:1; Heb. 6:12; Rom. 15:4; 1 Cor. 10:11, NM.
12. Qual deve ser a atitude mental dos que acompanham o passo da sociedade do Novo Mundo?
12 Torna-se cada vez mais claro que, para qualquer de nós acompanhar o passo da sociedade do Novo Mundo, tem de aceitar com a mesma prontidão e disposição as direções de Jeová, como o fizeram os fiéis profetas e apóstolos. Não podemos permitir que este velho mundo nos prenda e ao mesmo tempo pensar que podemos acompanhar o passo desta sociedade cristã de ministros. Precisamos estar livres para responder à chamada, assim como o fizeram Abraão e Moisés, dispostos a avançar e a deixar para trás os interesses do velho mundo. Precisamos estar ansiosos de responder à chamada do Mestre: “Vem, segue-me”, e responder no sentido completo conforme Pedro disse: “Nós deixamos tudo, e te seguimos.” Ofereceu-se-nos, para o cumprirmos, abandonar “tudo”, não com saudades, como fez a mulher de Lot, mas antes, sem pesar e com alegria por termos tal oportunidade. Conforme disse Paulo, que abandonou tudo: “Estou pronto não só a ser ligado, mas ainda a morrer em Jerusalém pelo nome do Senhor Jesus.” Esta deve ser a nossa determinação e devoção. — Mar. 10:21; Mat. 19:27; Atos 21:13, NTR.
13. Que se pode dizer dos que ainda se apegam ao velho mundo? Que admoestação se lhes pode dar?
13 Há, porém, ainda alguns “cristãos” que acham ser possível viver na sociedade do Novo Mundo e no velho mundo ao mesmo tempo. Mas, mesmo os que parecem ser vagarosos em aprender acham a tarefa cada vez mais difícil. Sua dedicação não tem sido completa. Não deixaram realmente “tudo” e seguiram a Cristo. Sua dedicação tem sido com reservas, sob “condições”. Ainda anseiam os luxos e os prazeres do sistema de coisas que está findando. Sabem que requer tempo manter-se em dia com a sociedade do Novo Mundo, e os prazeres do velho mundo requerem tempo. Consequentemente, há uma prova quanto às afeições da pessoa, um puxar em várias direções, resultando disso tensão e frustração. A pessoa instável, dividida na mente, é desagradável à vista de Jeová. “De fato”, diz Tiago, “não suponha esse homem que receberá alguma coisa de Jeová; êle é um homem indeciso, instável em todos os seus caminhos”. “Achegai-vos a Deus, e êle se achegará a vós. Limpai as vossas mãos, vós pecadores, e purificai os vossos corações, vós indecisos. Entregai-vos à aflição, lamentai-vos e chorai. Que o vosso riso se torne em lamento e vossa alegria em desalento. Humilhai-vos aos olhos de Jeová, e ele vos exaltará.” Os que insistem em levar uma vida dupla não são realmente humildes. Estão sempre às bordas da linha de demarcação. Decidem desconsiderar o conselho sábio de Jeová. Relutantes em romper completamente com o velho mundo, apegam-se por um fio ao novo, até que o velho mundo os arrasta completamente ao oblívio. É perigoso tentar estar em ambos os lados, e impossível ser escravo de dois senhores. “Pois, ou odiará a um e amará ao outro, ou se apegará a um e desprezará o outro. Não podeis ser escravos de Deus e das Riquezas.” — Tia. 1:7, 8; 4:8-10; Mat. 6:24, NM.
NAO HÁ LUGAR PARA A INDECISÃO
14, 15. (a) Por que não há agora lugar para indecisão? (b) Por que requer determinação e coragem seguir o passo da sociedade do Novo Mundo?
14 O passo acelerado da sociedade do Novo Mundo, agora, não deixa lugar para a indecisão. Mesmo a mais leve hesitação significa terreno perdido. E, quanto mais hesitamos, tanto maior a distância que temos de recuperar, se quisermos manter-nos em dia com a sociedade do Novo Mundo. Significa que se precisa fazer maior esforço e ter maior determinação. A verdade trágica é que a distância perdida sempre se mostra desastrosa, pois a marcha para a frente, da sociedade do Novo Mundo, é inexorável, avançando para o dia perfeito. Requer fé, coragem e determinação manter o passo. Especialmente agora, visto que se exige mais e mais do nosso tempo. Há as chamadas para o serviço de pioneiro, de missionário e de Betel a serem respondidas com: “Eis-me aqui; envia-me a mim.” Mais atenção precisa ser dedicada ao ministério de casa em casa, ao treinamento dos novos publicadores, a fazer revisitas àqueles que mostram interesse na mensagem do Reino, e à realização de estudos bíblicos com as pessoas de boa vontade. Tudo isso exige tempo, nosso tempo e nossa força vital. Mas, visto que se trata de tempo dedicado, pertence corretamente a Jeová. “Não pertenceis a vós mesmos, pois fôstes comprados por preço. A todo custo, glorificai a Deus em vosso corpo.” “Pagai. . .a Deus as coisas de Deus.” — Isa. 6:8; 1 Cor. 6:19, 20; Mat. 22:21, NM.
15 Mas, isso não é tudo de que se cuidar. Há estudos e reuniões congregacionais às quais se deve assistir e que devem ser apoiadas. Isso exige meditação e preparação antecipadas. Nossos estudos pessoais não devem ser negligenciados, nem devemos negligenciar nossas obrigações familiares. O menor envolvimento com o velho mundo pode ser um empecilho e pode retardar nosso progresso em direção ao novo mundo. Foi por isso que Jesus aconselhou aos que o queriam seguir que negassem a si mesmos e tomassem sobre si a estaca de tortura e o seguissem continuamente. Paulo aconselhou de modo similar: “Dispamo-nos também de todo o peso e do pecado que tão fàcilmente nos enlaça, e corramos com perseverança a carreira que está posta diante de nós, ao olharmos atentamente para o líder e aperfeiçoador da nossa fé, Jesus.” Se atendermos a esta admoestação sábia, acompanharmos o passo da sociedade do Novo Mundo não será nem de perto tão difícil do que é para os que estão sobrecarregados com as coisas desta vida. —Heb. 12:1, 2; Mat. 16:24, NM.
16. O que deve cada membro da sociedade do Novo Mundo perguntar a si mesmo?
16 Estar desnecessàriamente preso a este velho mundo desalenta nosso espírito; impede nosso progresso e destrói a alegria que normalmente sentimos ao servirmos a Jeová. De fato, se não forem controladas as atividades no velho mundo, elas nos paralisarão completamente. Todo membro da sociedade do Novo Mundo deve interessar-se no seu progresso em direção ao novo mundo. Deve perguntar a si mesmo: Onde estou eu em relação à sociedade do Novo Mundo? Acompanho eu o passo dela? Negligencio eu os interesses do Novo Mundo pelas atividades no velho mundo? É a minha resposta aos convites teocráticos igual à dos profetas e apóstolos fiéis? Ou permito que os interesses seculares absorvam todo o meu tempo? Jesus disse ao virtuoso jovem rico que desejava a vida eterna: “Uma coisa te falta: Vai, vende tudo quanto tens e dá-o aos pobres, e terás tesouro no céu, e vem, sê meu seguidor.’ Mas, ele ficou triste com isso e saiu angustiado, pois tinha muitas posses. Depois de olhar em volta de si, Jesus disse a seus discípulos: ‘Quão difícil será para os que têm dinheiro entrar no reino de Deus!”’ Portanto, não permita que o dinheiro, o materialismo, as coisas deste mundo o impeçam de ganhar a vida. — Mar. 10:17-30, NM.
17. Perde o cristão alguma coisa por romper com o velho mundo?
17 Foi depois da sua palestra com o jovem que Pedro disse: “Vê! Nós deixamos tudo e te temos seguido.” Jesus replicou assim: “Em verdade vos digo, homens: Ninguém deixou casa, ou irmãos, ou irmãs, ou mãe, ou pai, ou filhos, ou campos, por minha causa e por causa das boas novas, que não receba agora cem vêzes tanto, neste período de tempo, casas e irmãos, e irmãs, e mães, e filhos, e campos, com perseguições, e no vindouro sistema de coisas a vida eterna.” Em outras palavras, Jesus disse a Pedro que o cristão não perde nada por renunciar ao velho mundo, nem perde nada qualquer testemunha cristã de Jeová por fazer o mesmo, a fim de acompanhar o passo da sociedade do Novo Mundo. Ganhamos cem vêzes mais de tudo o que abandonamos, e mais. O restante ungido ganhará em adição a isso uma vida gloriosa nos céus, como noiva de Cristo, e as outras ovelhas do Senhor ganharão a vida eterna numa nova terra paradísica. Tudo isso por não perderem a fé, mas por avançarem, em fé, com a sociedade do Novo Mundo na sua viagem para o novo mundo.