A Época Para se Cantar o Cântico Novo
1, 2. (a) Com que alvo por objetivo deu-se início a Jesus na idade de trinta anos? (b) De que modo tornou-se Jesus então mais do que criatura humana?
JESUS, na sua perfeição piedosa como homem, atingiu a idade de trinta anos. Deu-se então uma grande mudança na sua vida. Êle deixou o trabalho de carpinteiro, em Nazaré, e foi batizado por João no Rio Jordão. Sua concepção no ventre de Maria tinha sido um milagre duma nova espécie, mas deu-se então algo novo e maior, dando-lhe início na sua vida espiritual, com o céu, seu lar original, por alvo.
2 Quando Jesus saiu das águas batismais, “Vê! os céus foram abertos, e êle viu o espírito de Deus descendo sobre êle como uma pomba. Vê! também houve uma voz dos céus que dizia: ‘Êste é meu Filho, o amado, a quem tenho aprovado.’” (Mat. 3:13-17, NM) Ouvido tanto por Jesus como por João, Deus falou desde o céu, dizendo que o batizado Jesus era seu Filho. Isto mostrou que Deus tinha então gerado Jesus pela sua força ativa, ou espírito, para tornar-se novamente Filho espiritual de Deus, mais, portanto, do que apenas um filho humano tal como Adão tinha sido no paraíso do Éden. Deus ungira então a Jesus com seu espírito, como herdeiro legítimo do Rei Davi, mas para um trono mais elevado e mais grandioso do que o de Davi, a saber, para o lugar à destra de Deus, no seu trono celestial. (Sal. 110:1, 2; Mat. 22:41-45; Heb. 10:12, 13) Jesus, embora continuasse na carne por mais três anos e meio, na terra, era então uma “nova criatura”, um Filho espiritual ungido de Deus. — 2 Cor. 5:17, ARA.
3. De que modo pregou Jesus uma nova mensagem e a que cumprimento doloroso da profecia levou isso?
3 Depois disso, Jesus passou a pregar uma nova mensagem ao povo de sua mãe humana, os judeus ou israelitas. Era a mensagem dum novo govêrno sobre a humanidade: “Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus.” João Batista tinha pregado uma mensagem similar por seis meses antes de Jesus, mas Jesus podia pregá-la com um significado que João não lhe podia dar então. Jesus pregava que o reino dos céus estava próximo, porque êle mesmo estava presente como Aquêle a quem Jeová Deus tinha ungido para o trono celestial. Jesus enviou também muitos dos seus discípulas para pregarem esta mesma mensagem aos judeus. (Mat. 3:1, 2; 4:17; 10:1-7; Luc. 10:1-9) A pregação da mensagem real teve por resultado que Jesus fôsse ferido no calcanhar pela Serpente, Satanás o Diabo, e sua semente.
4. Por que ficaram os discípulos confusos com a morte de Jesus? Mas, que poderosa coisa nova realizou então Deus?
4 Crendo que Jesus era “o Christo, o Filho do Deus vivo”, e o “Rei de Israel”, os discípulos ficaram grandemente confusos quando Jesus foi morto por seus inimigos numa estaca de tortura, no ano 33 E. C., em vez de ser coroado rei, assentado no trono em Jerusalém. (Mat. 16:16; João 1:49) Não entendiam então as profecias de Deus a respeito da semente da mulher de Deus, que a Semente tinha primeiro de ser ferida no calcanhar, antes que pudesse dominar como rei e ferir a Serpente na cabeça. No terceiro dia depois da morte de Jesus, seu Pai celestial fêz outra coisa nova, que excede a nossa imaginação, por causa do “poder da sua força, pelo qual êle operou no caso de Cristo quando o levantou dentre os mortos e o fêz sentar-se à sua destra nos lugares celestiais, muito acima de todo governo, e autoridade, e poder, e domínio, e de todo nome que se nomeia, não só neste sistema de coisas, mas também no vindouro”. (Efé. 1:19-21, NM) É certo que os profetas de Jeová e até o próprio Jesus realizaram ressurreições de mortos, mas nunca houve uma ressurreição como a do falecido Jesus. (Heb. 11:35; João 11:1-44) Por que não?
5. Por que nunca houve ressurreição semelhante à de Jesus?
5 Aquelas ressurreições anteriores trouxeram de volta à vida humana pessoas que morreram mais tarde novamente por causa da imperfeição e da condenação à morte. O Deus Todo-poderoso ressuscitou a seu Filho fiel instantâneamente à perfeição na vida celestial. Deus ressuscitou a Jesus, não como humano, mas como espírito, Jesus tendo sido “morto na carne, mas vivificado no espirito”. (1 Ped. 3:18) Deus ressuscitou-o imortal, não estando êle mais sujeito, à morte, mas revestido de imortalidade. (Rom. 6:9, 10; 1 Cor. 15:42-54) A ressurreição de Jesus foi o princípio da “primeira ressurreição”. (Apo. 20:6) Era deveras nova!
6. Por que, então, apareceu no céu um novo imortal? Que benefícios derivam os crentes daquilo que êle apresentou ali?
6 Por meio desta magnífica demonstração da onipotência de Deus, surgiu um novo imortal no céu. Jeová Deus é imortal, sendo ‘Deus de tempo indefinido a tempo indefinido’.(Sal. 90:2, NM) Conferiu, então, a recompensa incomparável da imortalidade e da incorrução a seu unigênito Filho, Jesus Cristo, que sempre é fiel. Durante quarenta dias depois da sua ressurreição dentre os mortos, Jesus materializava-se e aparecia a seus discípulos. Depois ascendeu ao céu e apresentou-se na presença de seu Pai celestial, oferecendo-lhe o valor de seu sacrifício, humano. Mediante o mérito deste, todos os que depositam fé na provisão que Jeová fêz no seu Filho, podem receber o perdão de seus pecados, a lavagem figurativa dêles no sangue do Cordeiro de Deus, sem pecado.
7. Para que se colocou ali o alicerce, e por que era tempo de se produzir isso?
7 Ali se colocou o alicerce para uma nova nação. Com exceção dum restante de judeus crentes, a nação do Israel natural rejeitou o sacrifício e a qualidade de Messias da Semente da mulher de Deus. Israel mostrou-se, assim, digno de ser rejeitado por Deus. Pouco antes de morrer como testemunha de Jeová Deus, Jesus declarou que a casa de Israel, seu templo em Jerusalém, fora abandonado por Deus, seus sacrifícios de animais não tendo mais valor perante Deus. Chegara o tempo para Deus produzir a sua nova nação, o Israel espiritual, composto daqueles que eram judeus no íntimo e circuncidados no coração pelo espírito de Deus, sem consideração do que eram por fora, devido ao seu nascimento natural.
8. Como foi produzida a nova nação, em que pacto real foi ela introduzida e por que tem de ser fiel até a morte?
8 Chegara o dia para esta nova nação ser produzida. No dia de Pentecostes, Deus fêz aos seus primeiros membros aquilo que tinha feito a Jesus depois de seu batismo no Jordão. Jeová, por intermédio de Jesus, que se achava à sua destra, no céu, derramou então seu espírito sobre os 120 discípulos fiéis que esperavam num quarto superior em Jerusalém. Foi assim que os gerou para se tornarem seus filhos espirituais, uma nação santa de ‘novas criaturas’, debaixo de Jesus Cristo, sua Cabeça. Com êste espírito êle os ungiu também a pregar o reino de Deus e a ser co-herdeiros de Jesus daquele reino celestial. Foram assim introduzidos no ‘pacto para o reino’. (Luc. 22:29, NM) Para se provarem dignos duma coroa e dum trono naquele govêrno celestial, têm de andar fielmente nos passos de Cristo, até a sua morte na carne, para que, no tempo devido de Deus, possam participar na “primeira ressurreição” à vida imortal, junto com sua Cabeça, Jesus Cristo. — Rom. 8:16, 17; Apo. 2:10.
9. Tendo Cristo por Mediador, que fêz Deus com êles e com que grande benefício? A favor de quem têm de sacrificar êles sua vida humana?
9 Visto que a antiga nação do Israel natural fora rejeitada, porque não aceitou a semente da mulher de Deus, o pacto ou acordo nacional que Jeová Deus havia feito com eles, por meio do profeta Moisés, deixou de existir. O sacrifício humano do Filho de Deus forneceu o sangue necessário para validar ou pôr em vigor um novo pacto, baseado em promessas novas e melhores da parte de Deus, e fornecendo o verdadeiro perdão dos pecados de que a pessoa se arrependeu. (Heb. 8:7-13; 10:9-18) Jeová Deus fez assim um novo pacto com a nova nação do Israel espiritual, que ele gerara pelo seu espírito, e tendo para isso como Mediador o Cristo sacrificado. Deus introduziu também a nova nação no seu pacto para o reino eterno, a favor do qual eles têm de sacrificar para sempre suas vidas humanas. — Luc. 12:32:2 Tim. 2:11, 12.
10. Como destacou Pedro a sua realeza e como produziram os frutos corretos?
10 A esta nova nação do Israel espiritual, Deus disse por intermédio do apóstolo Pedro: “Vós sois ‘uma raça escolhida, um sacerdócio real, uma nação santa, um povo para possessão especial, para que declareis em toda a parte as excelências’ daquele que vos chamou da escuridão para a sua maravilhosa luz.” (1 Ped. 2:9, NM) Tornou-se o dever desta nação santa produzir os frutos do reino prometido. Para fazer isto, todos os que foram ungidos como membros da nação, saíam pregar o Reino. Faziam isso de modo aparentemente novo, pela pregação de casa em casa, e não apenas publicamente.
POR QUE É ÉPOCA PARA O CÂNTICO NOVO
11. O que resta na terra da nação santa de Deus? Por que não houve tentativa de entrar nas Nações Unidas da atualidade?
11 Há hoje alguns desta nova nação santa na terra, neste século vinte dá era cristã? Há. Constituem apenas um restante ou o número que ainda resta na terra dos ungidos com o espírito, que têm a garantia de Deus de que se lhes reservou um lugar no reino celestial. Mas, emborà sejam o restante duma nação, da nova nação do Israel espiritual, não os vemos participando da organização, das Nações Unidas, como um dos seus membros, como o fêz a recém-formada nação do Israel moderno, que se tornou membro das Nações Unidas. Os oitenta e dois membros das Nações Unidas mostram que não querem nelas a nova nação santa, mas o restante da nação de Jeová, debaixo de Cristo, nunca pediu ser admitido. As Nações Unidas pertencem a êste velho mundo, que enfrenta mui em breve um fim desastroso. O restante do Israel espiritual pertence ao novo mundo fundado no Rei celestial Jesus Cristo. O velho mundo há de passar em nossos dias. O novo há de ficar para sempre.
12. Por que não é esta a época de se chorar junto com êste velho mundo aflito?
12 O ano de 1914 já passou há quarenta e quatro anos. As aflições e tribulações dêste velho mundo multiplicaram-se desde então. Em face de tudo isso, será que chegou a época para se chorar junto com êste velho mundo? Não, mas para se fazer exatamente o contrário. O quê? Para se cantar um novo cântico! Antevendo êste dia aterrorizante para a humanidade, o Criador divino da música convoca como que um grande côro que abranja todo o globo: “Cantai a Jehovah um cântico novo, cantai a Jehovah, [vós, pessoas de] todas as terras. Cantai a Jehovah, bendizei o seu nome; proclamai de dia em dia as boas novas da sua salvação.” — Sal. 96:1, 2.
13. Por que fazemos uma pergunta sôbre o tema do novo cântico? Com que falta de conhecimento se realizou a pregação durante os séculos?
13 Como, porém, pode um cântico novo ser cantado a Jeová pelos homens de boa vontade a respeito dos quais a hoste angélica cantou há dezenove séculos, por ocasião do nascimento de Jesus? O que é novo? Onde está o novo tema? Nos dias de Jesus Cristo na terra, há mil novecentos anos, a mensagem surpreendente: “Está próximo o reino dos céus”, foi proclamada em toda a parte da terra dos israelitas. Quando a Semente da mulher de Deus, ungida para ser o Rei dos reis, foi ressuscitada em espírito e entrou novamente nos céus, seus seguidores ungidos na terra obedeceram à sua ordem e pregaram o reino de Deus em toda a parte, tentando alcançar com ela todas as nações. (Mat. 28:19, 20; Atos 20:25) Quando este reino seria dado à luz nos céus e assumiria o governo de tôda a terra e de todos os seus povos, os proclamadores do Reino não sabiam naquela época. — Apo. 12:1-10.
14, 15. (a) Por que não há agora esta falta de conhecimento? (b) Quando começaram a surgir as evidências preditas, e como se calculou a data já anos antes?
14 Mas agora o sabemos! Sim, nós sabemos! Não por conhecimento humano, ou pela ciência do século vinte, que não toma em conta o reino prometido de Deus. Mas, Jeová Deus tem-nos mostrado as provas. De que outro modo poderíamos saber do nascimento celestial dum governo divino? Menos de dois meses antes de Jesus Cristo ascender ao céu e o anjo dizer aos discípulos, que observavam isso, que êle voltaria outra vez, ele mesmo deu uma profecia a respeito do fim deste velho mundo. Nela êle contou aos seus seguidores as evidências que apareceriam em nossos dias, pelas quais os homens de boa vontade saberiam que êle chegara ao seu reino celestial e que começara a reinar nó meio dos seus inimigos. Ao observarem o aparecimento destas evidências tanto nas revelações da Bíblia como nos eventos dêste velho mundo, êles saberiam que o reino tinha nascido nos céus e que êle fôra entronizado e coroado!
15 Qualquer que duvidar precisa apenas ler Mateus, capítulos 24 e 25, Marcos, capítulo 13, Lucas, capítulo 21, e Apocalipse, capítulo 6, para inteirar-se de que essas evidências surgiram no ano de 1914, encaminhando êste velho mundo para a destruição cataclísmica na predita ‘batalha do Armagedon’. (Apo. 16:14, 16) Segundo a tabela dos tempos, fornecida na Bíblia Sagrada, e pelas datas absolutas da história mundial, fizeram-se cálculos já em 1877, que foram publicados pelo estudante da Bíblia que se tornou o primeiro editor da revista A Sentinela. O ano momentoso a que se chegou nestes cálculos feitos com oração era o ano da Primeira Guerra Mundial, sim, 1914. A data anunciada acha-se impressa, além de disputa!
16. Como se tornou em 1914 necessária uma mudança na mensagem? Assim, o que se forneceu então para cantar?
16 Antes daquele ano inesquecível, os cristãos ungidos proclamavam as boas novas do reino de Deus como vindo. Desde aquêle ano, Jesus forneceu o tema para um novo cântico. Pois em 1914, o Pai celestial e Fonte do govêrno teocrático fêz que aquêle reino glorioso nascesse pela entronização e coroação da Semente de sua mulher, do Herdeiro do pacto que fôra feito com Davi com respeito ao reino eterno. Isso foi deveras algo novo. O nascimento daquêle govêrno messiânico pôs em operação uma nova organização governamental para todo o universo, para anjos e para homens. Trouxe à existência a parte capital da organização universal de Jeová, e todos os santos anjos e todos os homens de boa vontade têm de inclinar-se diante dela, segundo a ordem de Deus. Nunca houve nada semelhante a isso no universo. Isto era boas novas para o universo inteiro. De modo que, em 1914, a boa mensagem acêrca do reino vindouro de Deus tinha ficado antiquada, tinha passado do tempo. A mensagem que os cristãos ungidos com o espírito de Deus tinham de pregar daí em diante era do reino de Deus já chegado. Tinha de ser a respeito do reino de Deus já nascido, estabelecido nos céus e funcionando no meio de todos os seus inimigos no céu e na terra. Êste era o tema arrebatador do cântico novo para Jeová, pois Jeová tinha tanto predito como realizado tôdas as coisas deleitáveis a respeito das quais se podia cantar.
17, 18. Como predisse Jesus que seus seguidores ungidos cantariam êste novo cântico? Quem o canta, conforme muitos milhões de pessoas têm de admitir?
17 Jesus predisse na sua própria profecia que seus seguidores ungidos tinham de cantar e cantariam este cântico novo. Depois de mencionar a primeira guerra mundial, junto com fomes, pestes, terremotos e perseguição religiosa, como marcando o princípio do fim deste velho sistema de coisas, Jesus disse: “Estas boas novas do reino serão pregadas em tôda a terra habitada, com o propósito de dar testemunho a todas as nações, e então virá o fim consumado.” (Mat. 24:14) Agora que nos achamos no tempo do fim, desde 1914, pregam-se as boas novas do recém-nascido reino em tôda a terra habitada, até mesmo na Rússia comunista e nos seus satélites?
18 Centenas de milhões de pessoas, em todas as partes da terra, que estão sendo alcançadas pelas boas novas do Reino, tanto publicamente como pela pregação de casa em casa, vêem-se obrigadas a responder que sim! Por meio de quem, então, não importa a quem os fatos mostrem? Por meio das testemunhas atuais de Jeová. Entre elas há um restante de cristãos ungidos, plenamente dedicados, herdeiros do reino celestial, mas êstes estão agora acompanhados por centenas de milhares de pessoas de boa vontade.
19. Quem foi profetizado como sendo os primeiros a cantar o cântico? Mas, quem está participando em grandes números no cantar?
19 Todos eles obedecem à ordem divina: “Cantai a Jehovah um cântico novo.” Conforme predito em Apocalipse 14:1-5, este restante-dos 144.000 herdeiros fio reino celestial seria o primeiro a aprender e a cantar o “novo cântico”. Mas, este “novo cântico”, que rompe com as tradições, já se tornou muito popular entre centenas de milhares de ouvintes deliciados, e estas pessoas de boa vontade participam em cantá-lo em todas as nações: “O próprio Jeová tornou-se rei.” (Sal. 96:10, NM) Jeová domina desde 1914 até mesmo para com a nossa terra, fazendo isso por meio do seu Rei entronizado e empossado, Jesus Cristo.
20. Depois do nascimento do Reino, que outra coisa nova agitou o céu? Portanto, de que fala também o novo cântico?
20 Aproxima-se, então, rapidamente a época em que a Semente reinante da mulher de Deus ferirá a grande Serpente, Satanás o Diabo, na cabeça, e junto com ele a tôda a sua semente diabólica, no céu e na terra. Antes deste grandioso clímax na extirpação da iniquidade no céu e na terra, mas imediatamente depois do nascimento do Reino nos céus, enquanto se travava aqui na terra a Primeira Guerra Mundial, uma nova coisa perturbou a tranquilidade do céu. O quadro profético deste evento incomum diz-nos: “Estourou uma guerra no céu.” Esta se travou entre o recém-empossado Rei, apoiado pelos seus santos anjos, e o grande Dragão, a Serpente original, Satanás, o Diabo, apoiado por seus anjos ímpios, sua semente demoníaca. Por fim, os anjos vitoriosos, sob a liderança do Rei dos reis, cantaram: “Agora se realizaram a salvação, e o poder, e o reino de nosso Deus, e a autoridade do seu Cristo, porque foi lançado para baixo o acusador de nossos irmãos . . . Por isso, alegrai-vos, ó céus, e vós que neles residis! Ai da terra e do mar, porque o Diabo desceu a vós, tendo grande ira, sabendo que lhe resta Um curto período de tempo.” (Apo. 12:7-12, NM) A grande Serpente e sua semente demoníaca estão furiosamente irados por saberem que o tempo é agora muito curto antes de a Semente vitoriosa da mulher de Deus ter de ferir a Serpente na cabeça, na guerra universal do Armagedon. O novo cântico fala desta ’guerra no céu’ e da vitória de Cristo.
21. Que esperam todos os cantores, sendo que isso também forma parte do tema do novo cântico?
21 Os velhos céus, constituídos por Satanás e seus espíritos demoníacos, estão prestes a desaparecer. Em breve, a humanidade não sentirá mais seu poder opressivo, desmoralizador. Os novos céus de Jesus Cristo, que está acompanhado daqueles dos seus fiéis seguidores que já se juntaram a êle na “primeira ressurreição”, estão em domínio, retardando a destruição de seus inimigos até que todos os homens de boa vontade tenham sido ajuntados ao grandioso côro do cântico novo, além do restante ungido de cantores. Todos estes olham ansiosamente para o futuro próximo, esperando o pleno estabelecimento dum novo mundo sobre as ruínas dêste velho mundo. Lembram-se das palavras do apóstolo Pedro: “Aguardando e tendo fixo na mente a presença do dia de Jeová, pelo qual os céus, estando incendiados, serão dissolvidos, e os elementos, estando intensamente quentes, se derreterão! Mas, há novos céus e uma nova terra que aguardamos segundo a sua promessa, e nestes habitará a justiça.” (2 Ped. 3:12, 13, NM) O mundo vindouro de justos novos céus e nova terra forma também parte do tema do “novo cântico” a Jeová.
22. Neste novo cântico, que passagem tem-se cantado desde os princípios de 1918, o que não foi possível por mais de quatro mil anos?
22 Mas, ouça! Ouviu essa passagem notável neste cântico nitidamente diferente? Qual? Ora, aquela que não podia ser cantada em gerações anteriores da humanidade, por pelo menos quatro mil e duzentos anos. É algo que começou primeiro a ser pregado e ouvido desde o nascimento do Reino em 1914. É algo que os do restante ungido de Jeová têm cantado aos homens de boa vontade desde os princípios de 1918. Fêz que inúmeros milhões se rissem em descrença, mas tem alegrado homens de boa vontade desalentados e tem-lhes dado uma expectativa emocionante, em cuja realização terão prazer. Trata-se do seguinte fato bíblico revelado, a saber, que uma grande multidão, sem número conhecido, de pessoas de boa vontade que agora vivem jamais morrerá. É possível que esta grande multidão sem número inclua ainda milhões de pessoas que agora vivem. Quando se manifestarem plenamente os que por fim estarão enfileirados ao lado do reino de Deus no campo de batalha do Armagedon, saberemos isso com mais certeza.
23, 24. Em vista de que palavras de Jesus é importante que as pessoas desta geração se lembrem da sobrevivência de Noé ao dilúvio?
23 Mas, por que é que o “novo cântico suscita nos corações dos homens de boa vontade a esperança de continuar a viver nesta terra sem morrer? Bem, lembramo-nos do fato histórico de como Noé e sua família na arca sobreviveram ao fim do anterior mundo ímpio e deram à família humana seu novo começo neste presente mundo? É importante que as pessoas desta geração, que vivem desde 1914, se lembrem dêste antigo milagre de Deus. Por quê? Porque Jesus, em Mateus 24:33-42 {NM), incluiu as seguintes palavras na sua profecia sobre o fim dêste mundo e sobre a sua própria vinda ao Reino:
24 “Quando virdes todas essas coisas, sabei que êle está próximo às portas. Em verdade vos digo que de modo nenhum passará esta geração sem que sucedam todas essas coisas. Passarão o céu e a terra, mas as minhas palavras não passarão de modo nenhum. Concernente àquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho, mas somente o Pai. Pois assim como foram os dias de Noé, assim será a presença do Filho do homem. Porquanto, assim como as pessoas eram naqueles dias anteriores ao dilúvio, comendo, bebendo, casando e dando-se em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca; e não o perceberam, até que veio o dilúvio e as varreu a todas, assim será a presença do Filho do homem. . . . Ficai vigilantes, pois, porque não sabeis em que dia vem o vosso Senhor.”
25. Por que é a nossa a geração de que alguns membros sobreviverão ao fim do velho mundo? Qual é a esperança do restante ungido?
25 Durante nossa vigília, vimos todas as evidências que Jesus predisse marcariam o tempo do fim dêste mundo, desde 1914. Sabemos que a nossa geração é a que começou a ver a realização de muitas destas coisas preditas. É, portanto, a nossa geração que tem de ver a realização de todas elas, em cumprimento das palavras de Jesus. Portanto, é a geração que verá o fim deste velho mundo, assim como foi o caso nos dias de Noé. Assim como Noé e os membros de sua família, e os animais que encheram a arca, sobreviveram ao fim daquele mundo antediluviano, assim também, em cumprimento daquele drama profético, algumas testemunhas de Jeová, semelhantes a Noé e à sua família, têm de sobreviver à destruição do velho mundo de hoje. Tais sobreviventes desta geração entrarão no mundo de Deus, constituído de novos céus e uma nova terra. Os do restante ungido esperam tornar-se parte dos novos céus, morrendo fiéis e participando na “primeira ressurreição”, assim como fizeram os outros dos 144.000 herdeiros do Reino.
26. Como será possível que os outros sobreviventes vivam sem jamais morrerem?
26 Os outros sobreviventes de boa vontade esperam formar a sociedade terrestre do Novo Mundo. Mostrar-se-ão dignos do dom de Deus de vida eterna por meio de Cristo Jesus, nosso Senhor, por renderem para sempre depois disso adoração a Jeová Deus e obediência ao seu reino do Cristo. Consequentemente, êstes sobreviventes terrestres fiéis da guerra universal, do Armagedon nunca morrerão na terra, mas habitarão para sempre o novo paraíso na terra, sob o reino de Deus. Quão grande será a sua alegria acolher de volta as pessoas ressuscitadas dos túmulos memoriais, ao passo que o Rei reinante os chama! — João 5:28, 29, NM.
27. Por que temos todo o induzimento para exercer fé no novo cântico? Como agradaremos mais a Jeová no que toca ao cântico?
27 Temos razão de mostrar descrença para com todas as coisas grandiosas contidas neste novo cântico dirigido a Jeová? Não, mas, à base da sua Palavra e do cumprimento das suas profecias, temos todo o induzimento para exercer fé no novo cântico. Diz-se-nos a respeito de Jeová Deus: “Disse aquele que estava sentado sobre o trono: Eis que faço novas todas as coisas. Disse-me ele também: Escreve, porque estas palavras são fiéis e verdadeiras.” (Apo. 21:5) Agradar-lhe-á e êle nos aprovará se crermos no cântico novo que êle compôs. Agradar-lhe-á ainda mais se provarmos nossa fé ou crença por aprendermos todas as coisas grandiosas do novo cântico, cantando-o depois nós mesmos para todos ouvirem, sim, para Êle ouvir também.
28. Em que resultará nossa obediência à ordem divina de cantar?
28 “Cantai a Jehovah um cântico novo” é a ordem divina para nós hoje. Felizes somos se obedecermos e o cantarmos amorosa e destemidamente. Significará a nossa própria salvação, e a salvação de homens de boa vontade que nos ouvem e que participam conosco em cantar para a honra de Jeová Deus e da sua Semente prometida, o Rei do novo mundo.