Cuidando Primeiros dos Interêsses do Reino
“Prossegui, pois, buscando primeiro o reino e a Sua justiça, e todas essas outras coisas vos serão acrescentadas.” — Mat 6:33
1. Qual é a atitude geral para com o reino do Deus, e em que situação se encontra a maioria dos homens?
A MAIORIA das pessoas tem pouco tempo nas suas vidas para o reino de Deus sob o domínio de Cristo. Ainda mais especificamente, os que moldam a mentalidade deste mundo não tem interesse neste reino. Outrossim, estão determinados a impedir tantos quantos podem de ficar interessados. A fim de manterem os homens em sujeição, os responsáveis pelos negócios do mundo conseguiram exercer uma influência dominadora sôbre os interesses do homem. Moldaram-lhe o modo de vida de tal maneira, que ele se vê obrigado a seguir certos rumos que acha necessários para sobreviver. Em resultado disso, e muitas vezes como medida de defesa, ele se deixa cegar quanto a quaisquer outras possibilidades e continua a seguir o rumo que lhe foi traçado, como sendo o caminho do menor esfôrço.
2. Que proceder precisa ser adotado pelos homens para se manterem livres da mentalidade controlada pelos demônios? Que garantia forneceu Jesus quanto a saberia de tal proceder?
2 Quem está atrás de tudo isso é o deus deste mundo, cujo interesse principal é desviar a todos do Reino apresentado por Deus, agora, como o meio de salvação. Portanto, se alguém estiver no mesmo ciclo de atividade deste mundo, sem querer ser tragado pelo sorvedouro da mentalidade controlada pelos demônios, precisa cuidar dos interesses do reino de Deus em primeiro lugar na sua vida. Este é o proceder delineado por Jesus para os cristãos, ao dizer: “Deixei de estar ansiosos pelas vossas almas, quanto a que haveis de comer ou que haveis de beber, ou pelos vossos corpos, quanto a que haveis de vestir. Não significa a alma mais do que comida e o corpo mais do que roupa? Observai atentamente as aves do céu, porque não semeiam semente, nem colhem, nem ajuntam em celeiros; no entanto, vosso Pai celestial as alimenta. Não valeis vós mais do que elas? Quem de vós pode, por estar ansioso, acrescentar um côvado à duração de sua vida? Também, quanto à roupa, por que estais ansiosos? Aprendei uma lição dos lírios do campo, como eles crescem; não labutam, nem tecem, mas eu vos digo que nem mesmo Salomão, em toda a sua glória, vestia-se como estes. Então, se Deus veste assim a vegetação do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno, não vestirá ele antes a vós, ó vós, que tendes pouca fé? Portanto, nunca fiqueis ansiosos, dizendo: ‘Que havemos de comer?’ e ou: ‘Que havemos de beber?’ ou: ‘Que havemos de vestir?’ Pois tôdas estas são as coisas que as nações buscam ansiosamente. Porque vosso Pai celestial sabe que necessitais de tôdas estas coisas. Prossegui, pois, buscando primeiro o reino e a Sua justiça, e tôdas essas outras coisas vos serão acrescentadas.” — Mat. 6:25-33, NM.
3. A quem deu Jesus este conselho, e de que depende segui-lo?
3 Este mandamento da parte do representante principal do reino de Jeová contem a promessa de que Deus libertará das garras deste mundo a todos os que obedecem à Sua lei e que põem os interesses do Seu governo em primeiro lugar nas suas vidas, provendo-lhes as coisas necessárias. (Sal. 18:20; Pro. 13:13; Heb. 11:6.) Jesus não estava falando aqui apenas aos que já eram servos de Jeová. As palavras deste mandamento fazem arte do seu “sermão do monte” e ele estava falando para todos os séculos, a homens de todas as nações, que buscam uma vida melhor do modo de Deus. Por esta razão, todos os atuais seguidores professos de Cristo Jesus farão bem em tomar estas palavras a sério, em comparação com os seus próprios interesses e sua situação neste mundo. A capacidade provedora de Jeová está além de dúvida, conforme Jesus indicou ali; portanto, ninguém precisa sentir-se dependente deste mundo. O proceder cristão é, assim, inteiramente uma questão de fé e da sua disposição de subordinar os seus próprios interesses aos do reino de Deus.
4. Que relação deve haver entre os interesses do Reino e os interesses particulares da pessoa?
4 Ao adotar tal atitude, todo interesse do cristão torna-se interesse do Reino. É conforme Paulo o expressou: “Tudo quanto fizerdes, fazei-o de toda a alma como a Jeová.” (Col. 3:23, NM) O cristão busca o alimento não só para satisfazer a si próprio, mas para que possa ficar fisicamente forte para o seu trabalho designado no ministério. O interesse do cristão no emprego secular irá apenas ao ponto de vestir e abrigar tanto a si próprio como a sua família, para continuar no serviço de Deus. Promoções nos negócios não serão de seu interesse principal. Até mesmo as suas atividades sociais serão estritamente vigiadas e controladas cabalmente, para que haja estímulo e orientação correta para o seu modo de pensar sôbre a atividade do Reino. A devoção aos interesses do Reino traz vida continuada. A ganância e o egoísmo trazem muita tristeza. Segundo Paulo admoesta: “Realmente, ela é fonte de grande lucro, esta devoção piedosa, junto com a auto-suficiência.” — 1 Tim.6:6,NM.
5. Como forneceu Noé um exemplo do equilíbrio correto entre os interesses?
5 O equilíbrio correto torna-se uma questão de fé, e se tivermos fé semelhante à de Noé, podemos viver no meio dum mundo cujos interesses dados por Deus foram desviados para fins pessoais e o nosso equilíbrio e os nossos interesses centralizados nas responsabilidades que Deus nos deu. Noé fez isso. Noé era homem casado e o mesmo se dava com os seus filhos. Contudo, os interesses de sua família, sua necessidade de prover alimento e bebida para a sua família, não interferiram com a designação que Deus lhe deu quanto à construção da arca. Concentrava-se no seu trabalho e prosperava, e Noé sobreviveu ao fim de um mundo. Visto que ele colocou os interesses do Reino em primeiro lugar, Noé foi chamado de pregador da justiça, e Paulo disse a respeito dele: “Pela fé Noé . . . condenou ao mundo e tornou-se herdeiro da justiça que é segundo a fé.” (2 Ped. 2:5; Heb. 11:7) Noé não foi apenas um exemplo para o mundo em que viveu, mas o testemunho que Cristo Jesus lhe deu faz dele um exemplo para este presente sistema de coisas. (Mat 24:37-39)Portanto, os que cuidam primeiro dos interesses do reino de Deus não precisam ter medo da insegurança.
6. Qual é a razão da atitude das testemunhas de Jeová para com os governos deste mundo? Contudo, como consideram alguns a atitude delas?
6 Visto que as testemunhas de Jeová colocaram os interesses do reino de Deus em primeiro lugar nas suas vidas, algumas pessoas mal informadas olham com suspeita a sua relação e atitude para com os governos deste mundo. Se tais nações fossem auto-suficientes e capazes de suprir as necessidades do povo, então não haveria necessidade do reino de Deus. No entanto, Jesus ensinou seus seguidores a orar pelo reino de Deus, para que se fizesse a vontade de Deus na terra. (Mat. 6:10) Certamente, os cristãos não podem ser condenados por confiar na esperança expressa nesta oração e trabalhar em prol dela. Os que olham para os governos deste mundo farão bem em perguntar-se: Se Jesus estivesse hoje presente, a bandeira de que nação saudaria ele? A favor de que país lutaria ele? Em que partido político votaria ele? Não é válido o argumento de egoístas e podemos assim mesmo manter que seja diferente no caso de Jesus Cristo. O próprio Jesus disse: “O discípulo não é mais que seu mestre; mas todo o discípulo quando for bem instruído, será como seu mestre.” (Luc. 6:40) O seguidor sincero de Jesus Cristo estará interessado no ponto de vista Dele e se esforçará a adotar exatamente o proceder que o próprio Jesus adotaria. Muitos professos cristãos não se curvariam diante dum retrato de Cristo Jesus nem o saudariam, como representando o governo de Deus. Isto seria para eles um ato de idolatria. No entanto, estão dispostos a praticar atos similares diante do emblema duma nação deste mundo. Para os que dão o primeiro lugar aos interesses do reino de Deus, tais atos estão em desacordo com a oração do Pai-Nosso e com os princípios da Palavra de Deus, e significam sujeitar os interesses de Deus aos de outro soberano. O cristão não pode fazer isso com a consciência limpa para com o reino de Deus.
7. Por que não constituem as testemunhas de Jeová nenhum perigo para a segurança de qualquer nação ao cuidarem primeiro dos interesses do reino de Deus?
7 Tal devoção exclusiva a Deus e aos interesses do seu reino não constitui um perigo para a segurança de qualquer nação. Jesus Cristo não foi subversivo, embora fosse acusado disso pelos seus oponentes religiosos. (Luc. 23:2) Êle recusou tornar-se politicamente ativo nos negócios deste mundo, porque, conforme disse: “Ninguém pôde servir a dois senhores; pois ou há de aborrecer a um e amar ao outro, ou há de unir-se a um e desprezar ao outro.” (Mat. 6:24) É por causa de tal admoestação de Jesus que as testemunhas de Jeová tem recusado misturar estes interesses em matéria de governo. Mas, isto não as torna subversivas. A recusa das testemunhas de Jeová no passado, quanto a cumprir deveres patrióticos tais como votar, saudar uma bandeira ou participar nas forças armadas, é uma garantia para cada país, que as testemunhas de Jeová não porão em perigo a segurança desta nação, porque se refrearam da mesma atividade em todos os outros países, ao mesmo tempo. Portanto, a ameaça de agressão por parte de qualquer nação não será a responsabilidade das testemunhas de Jeová. Não são as testemunhas de Jeová que constituem um sério problema para qualquer nação. Sua atitude de neutralidade, em todo o mundo, é uma garantia de não-interferência, de não-agressão, mais obrigatória e fidedigna do que todos os tratados que pudessem ser assinados por tais estados “inimigos”, porque se baseia na devoção exclusiva a Deus e aos interesses do seu reino. Estes laços não podem ser rompidos com impunidade.
8. De que modo são as religiões falsas deste mundo diferentes no que se refere à sua responsabilidade pela segurança das nações?
8 As religiões mais repreensíveis são as que se metem na política de tôdas as nações e assim ajudam a criar a mentalidade destas nações, mesmo as que se opõem umas às outras. No entanto, estas são as religiões mais proeminentes, as mais honradas entre os homens. Naturalmente, negam qualquer responsabilidade se o país se tornar agressor, e tentam assim lavar as suas mãos disso. Mas o sangue dos jovens que as tomaram por “guia espiritual” grita até o céu de ambos os lados da linha da frente, irmão “cristão” matando irmão “cristão” (Isa. 1:15) O fracasso da parte destas religiões “aceitas” quanto a cuidar primeiro dos interesses do reino de Deus, tem mantido a terra banhada em sangue inocente. Pessoas progressistas, de mentalidade prática, darão séria consideração a tais assuntos, antes de condenar as testemunhas de Jeová por estas colocarem os interesses do governo de Deus acima dos de cada nação da terra.
9. Que razão apresentam algumas pessoas por não darem ouvidos a mensagem do Reino? No entanto, como consideram as testemunhas de Jeová tais razões?
9 Muitas pessoas, desconhecendo o propósito e a obra das testemunhas de Jeová, crêem que a sua própria qualidade de membros em alguma religião seja razão válida para se negarem a considerar a mensagem do reino de Deus, conforme apresentada pelas testemunhas de Jeová. Quando alguém diz às Testemunhas que ele é membro de alguma organização religiosa, elas sempre presumem que tal membro duma igreja seja sincero na sua crença. Não obstante, visto que a Testemunha está dedicada a cuidar primeiro dos interesses do reino de Deus, incentivará a tal pessoa a considerar os textos bíblicos que gostaria de lhe mostrar.
10. Como foram Jesus e João Batista considerados por muitos judeus, e o que perderam estes judeus em resultado disso?
10 Jesus, nos seus dias, forneceu o exemplo. Ele mesmo, como judeu, gastou os três anos e meio de seu ministério pregando aos judeus as boas novas do reino de Deus. Para eles era uma doutrina nova. Para eles, isso era diferente da Lei que Deus lhes dera por meio de Moisés. Para muitos judeus, Jesus Cristo e os que o seguiam eram apóstatas, e por isso deviam ser evitados ou mesmo mortos. Mas, para os que não se deixaram desviar por tal amargura, os que escutaram e pesaram cuidadosamente as palavras dele à luz da Lei de Moisés e do resto das Escrituras Hebraicas, ele ficou confirmado como sendo realmente o representante de Deus e o autorizado a transmitir-lhes a mensagem de Deus. Até mesmo João Batista, precursor de Jesus, que não convocava os judeus a aceitarem um novo pacto, como Jesus fez mais tarde, foi rejeitado pelos fariseus e saduceus religiosos, pois exortava os judeus honestos a abandonarem as tradições e os costumes acumulados durante séculos pelos líderes religiosos. Os que eram demasiado cegos ou estavam demasiado enfronhados nos seus próprios interesses para dar-lhe ouvidos, perderam a oportunidade que constituirá a principal esperança da nação judaica desde os dias de Moisés, a de conhecer o Messias quando chegasse.
11. À base de que argumentos talvez se sentissem justificados esses judeus no seu proceder, mas, como demonstrou Jesus a falta de apreciação que eles tinham?
11 Alguns dos judeus sentiram-se, sem dúvida, justificados em tal proceder. Não se baseava a sua nação na Lei que o próprio Deus dera por meio de Moisés? Não era até mesmo a posição ocupada pelos seus líderes ordenada por Deus? Contudo, quando Jesus se apresentou como o há muito esperado Messias, ele não se dirigiu a estes homens que afirmavam sentar-se na cadeira de Moisés. Não podia fazer deles herdeiros de Reino, quando os interesses deles se opunham ao governo de Deus. Antes, ajuntou para si pescadores, desprezados cobradores de impostos e outros de baixa reputação entre o povo. Por esta escolha de seus apóstolos demonstrou que a aceitação da parte de Deus é um assunto individual, baseado em fé e em obras coerentes com esta fé, não na posição ou na “estirpe” falsa de antepassados religiosos.
12. (a) Por que não tinham os judeus nenhuma desculpa para não aceitarem Jesus como o Messias? E que conceito formam hoje os cristãos sobre a responsabilidade deles? (b) Que perguntas deviam todos os professos cristãos fazer a si mesmos? E o que estão em perigo de perder?
12 Deus, porém, não desconsiderou ou desculpou a recusa dos judeus de investigar as obras de seu Messias. Jesus instara com eles: “Se não estou fazendo as obras de meu Pai, não me creais. Mas, se as estou fazendo, muito embora não me creais, crede nas obras, a fim de que compreendais o fato e continueis a saber que o Pai está em união comigo e eu estou em união com o Pai.” (João 10:37, 38, NM) Hoje em dia todos os cristãos afirmam reconhecer o valor da obra que Jesus fez entre os judeus. Isto se dá porque temos hoje a vantagem da perspectiva quanto a séculos de tempo. Mas, poderíamos bem fazer-nos a pergunta: Se nós tivéssemos vivido nos dias de Jesus, teria sido a nossa decisão tão simples assim? A resposta a esta pergunta pode ser encontrada em nossa atitude atual para com os interesses do reino de Deus. Podemos dizer realmente que somos honestos para com Deus e para com nós mesmos? Deixamo-nos cegar ou desviar por homens cujos interesses divididos os desqualificam como conselheiros espirituais na adoração exclusiva de Deus e na devoção aos interesses do seu reino? Se deixarmos que isso aconteça, perderemos certamente a oportunidade que foi a principal esperança da congregação cristã desde o primeiro advento de Jesus, o de aclamá-lo na sua volta e de entrar nas bênçãos do seu governo do reino.
13. Como avisaram Paulo e Pedro contra o perigo de se perder a esperança cristã?
13 Paulo avisou contra o homem “que vos leve como presa sua, por meio de filosofia e de vão engano, segundo a tradição dos homens, segundo as coisas elementares do mundo e não segundo Cristo”. (Col. 2:8, NM) Tais homens são como os de quem Pedro falou: “Sabeis primeiro isto, que nos últimos dias virão escarnecedores, com sua zombaria, procedendo segundo os seus próprios desejos e dizendo: ‘Onde está a prometida presença dele? Ora, desde o dia em que nossos antepassados dormiram na morte, tôdas as coisas continuam exatamente com desde o princípio da criação.’ ”(2 Ped. 3:3, 4, NM; Eze. 13:8, 16) Estes rejeitam completamente a mensagem do Reino e recusam tomar em consideração tôdas as evidências que indicam a presença de Cristo, continuando assim enlaçados neste sistema de coisas.
14. Que outro conceito faz tropeçar alguns quanto à presença de Cristo, e em razão de que mal-entendido adotam este conceito?
14 Outros erram no conceito de que Cristo não está presente agora, mas que ele virá em breve. Baseiam a sua atitude na evidência que Jesus forneceu quanto à sua volta, e reconhecem estas condições como já existentes. No entanto, tais pessoas deixam de reconhecer que estas evidências foram dadas por Jesus em confirmação do fato de que ele já teria voltado, não que a sua volta se seguiria a tais evidências. Os discípulos perguntaram-lhe: “Qual será o sinal da tua presença e da consumação do sistema de coisas?” (Mat. 24:3, NM) O fato de que Cristo não pode ser visto agora não argumenta contra a sua presença real, acompanhando estas evidências. Pois, se ele quisesse ser reconhecido visivelmente pelos homens na sua volta, por que haveria necessidade dum sinal?
15. (a) Como se pode harmonizar Apocalipse 1:7 e João 14:19? (b) De que modo lançam luz sobre a volta de Cristo os textos de 1 Timóteo 6:14-16 e Hebreus 1:3?
15 Alguns dos que argumentam a favor da volta visível citam Apocalipse 1:7, que diz: “Eil-o que vem com as nuvens. Todo o olho o verá.” (Apo. 1:7) No entanto, Jesus declarara pouco antes da sua morte: “Ainda por um pouco e depois o mundo não me verá mais.” (João 14:19) Sendo isto assim, torna-se claro que a declaração em Apocalipse fala de êle ser visto com os olhos do entendimento. Doutro modo, as palavras de Paulo em 1 Timóteo 6:14-16 não teriam sentido, quando ele fala de Cristo Jesus e o descreve como aquele “que habita em luz inacessível, a quem nenhum dos homens tem visto, nem pôde ver”. Que é possível que Cristo visite a humanidade sem ser visto, torna-se claro do registro de Israel, onde se mencionam claramente os muitos casos em que Deus visitou a nação, contudo não foi visto. (Gên. 50:24; Rute 1:6) Todos os estudantes da Bíblia admitirão prontamente que ninguém pode ver a Deus e continuar vivendo; entretanto, Paulo, escrevendo aos hebreus, disse a respeito de Jesus: “Ele é o reflexo da sua glória [isto é, da glória de Deus] e a representação exata do seu ser.” (Heb. 1:3, NM) Então, visto que o Filho de Deus foi na sua ressurreição transformado nesta semelhança expressa de Deus, torna-se claro por que êste ‘mundo não o vera mais’. Não se deve permitir que tal conceito exato sôbre a volta de Cristo cegue a pessoa quanto às verdades da Palavra de Deus e do seu reino. Opiniões pessoais ou particulares que interfiram com a visão clara do reino de Deus precisam ser rejeitadas, a fim de se ganhar a salvação.
16. Que apelo fazem as testemunhas de Jeová a todos os que amam a justiça?
16 As testemunhas de Jeová fazem um apêlo aos que sinceramente amam a justiça, não importa qual a sua formação religiosa, para que considerem os fatos agora disponíveis que indicam esta geração como sendo o tempo da volta de Cristo e do cumprimento das promessas de Deus à humanidade. (Mat. 24:1-51) Considere por exemplo, a oração modelar do Senhor. Jesus destacou a vontade divina quando ensinou a orar: “Venha o teu reino; seja feita a tua vontade, assim na terra, como no céu.” (Mat. 6:10) Faz-se hoje a vontade de Deus na terra, cheio como está o mundo com a opressão do comunismo, com as guerras “quentes” e frias, com a delinqüência em todos os níveis sociais e com as doenças que flagelam os povos de tôdas as nações? Que as pessoas sinceras procurem 2 Timóteo 3:1-5 e leiam estas mesmas condições preditas por Deus como aviso para nós, a fim de que nos desviemos dêste mundo e busquemos o cumprimento da vontade divina em outra parte. Que tais pessoas sinceras, ao se desviarem das promessas vãs dos homens, elevem seus corações em resposta à promessa de Deus quanto a uma nova terra, conforme lhes é indicada na Bíblia pelas testemunhas de Jeová. Que tais pessoas leiam nas suas próprias Bíblias a garantia da parte de Deus, de que a justiça há de prevalecer em tôda a terra, e que o homem há de viver em paz e prosperidade, sem temor, para todo o tempo futuro. — 2 Ped. 3:13; Isa. 66:22; Sal. 78:69; Apo. 21:1-4.
17. Como deve ser enfrentada a questão que hoje confronta o mundo?
17 Perguntem-se agora tais membros sinceros das religiões do mundo: Não vale a pena esta esperança? Não vale ela o esforço de considerar tais promessas de Deus? Não seria ignorância desconsiderar tal esperança de bênção e a organização que indica o caminho para a realização destas esperanças? Deveras, pode-se dizer que as ovelhas de Deus foram espalhadas e espancadas por êste mundo, e, assim como o coração de Jesus teve compaixão delas, assim também hoje, o Grande Pastor, Jeová Deus, por meio do seu Filho pastor, Jesus Cristo, chama a atenção de suas testemunhas a todos os cantos do mundo, para proclamarem a verdade que as libertará. (João 8:32) Quão tôla é a atitude irresponsável de alguns que dizem: “Farei agora o melhor que puder, e depois, na hora, aceitarei o que vier”! Este é o proceder do menor esfôrço, e todos os que o adotam cairão certamente no laço armado pelo deus dêste mundo. A questão que confronta o mundo atual tem de ser enfrentada com ação positiva da parte de todos os que sinceramente desejam cuidar primeiro dos interêsses do reino nas suas vidas.