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  • Os tormentos do rico
  • A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1951
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A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1951
w51 1/10 pp. 155-159

Os tormentos do rico

1. Que sucedeu ao rico ao morrer? Que representou a sua morte?

O QUE então sucede ao “homem rico” é exatamente o contrário do favor proporcionado ao mendigo Lázaro. Lucas 16:22, 23 nos diz: “O homem rico também morreu e foi enterrado. E no hades ergueu os olhos, existindo em tormentos, e viu ao longe a Abraão e a Lázaro na posição do seio com ele.” (NM) A morte do “homem rico” não quis dizer a morte física de nenhum membro dessa classe. Representou sua morte em relação à posição vantajosa e privilegiada que eles tinham usufruído até então é na qual tinham tratado a classe de Lázaro como se fosse mendigos enfermos e desprezados. Então quando e como o “homem rico” morreu e foi enterrado?

2, 3. (a) Quando morreu a classe do “homem rico”? (b) Como Jesus os despiu do seu linho e púrpura e arruinou a sua mesa?

2 Deu-se ao mesmo tempo em que a classe de Lázaro experimentou sua melhora de condição. O que efetuou a remoção da condição desvantajosa desta classe pobre efetuou a morte da classe do “homem rico” no tocante aos seus aparentes privilégios especiais no favor de Deus. Isto sucedeu quando João Baptista apareceu pregando o arrependimento porque estava próximo o reino de Deus. Ele converteu o povo a Jesus como o “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”, o Ungido, o Cristo. João expôs sua justiça hipócrita e os chamou de “raça de víboras” e lhes mostrou que estavam em perigo de ser batizados com destruição ardente na vindoura ira de Deus sobre Israel. Necessitavam de arrependimento da mesma forma que a pobre gente pecaminosa que foi condenada pela lei de Moisés. Não lhes competia julgar que eram a prometida “semente de Abraão” por causa da sua descendência natural desse fiel hebreu. —Mat. 3:7-12, NM.

3 Mas o próprio Jesus foi ainda mais mortífero à classe do “homem rico” vestido de linho e púrpura e sentado à sua mesa suntuosa. Declarando-se justos, uma vez pareciam elevados à vista da classe de Lázaro, mas na realidade eram repugnantes aos olhos de Deus. Jesus os expôs como tais à classe de Lázaro. (Luc. 16:15, NM.) Destarte ele os despiu do seu linho de justiça própria. Desnudou-os das suas pretensões purpúreas de realeza no reino de Deus quando declarou que as meretrizes, os pecadores e os cobradores de impostos da classe mendicante iam entrando no Reino adiante deles. Ele concluiu isto com o terrível juízo: “O reino de Deus vos será tirado, e será dado a uma nação que produza os seus frutos” (Mat. 21:43, NM.) Arruinou-lhes a sua mesa religiosa quando se afastou deles e encomendou os mistérios do Reino e o privilégio de pregar o Reino aos pobres da classe de Lázaro e disse: “Louvo-te publicamente, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque ocultaste estas coisas aos sábios e intelectuais e as revelaste aos pequeninos. . . . Vinde a mim, todos os que andais fatigados e oprimidos e eu vos refrescarei. Tomai sobre vós o meu jugo e vos tornai meus discípulos, porque sou meigo e humilde de coração, e achareis refrigério para as vossas almas. Pois o meu jugo é benigno e o meu fardo é leve.” (Mat. 11:25-30 e Luc. 10:21-24, NM.) Quando a classe do “homem rico” o rejeitou deliberadamente e procurou sua morte, isto selou a morte desses quanto a serem privilegiados espiritualmente. Sua mesa religiosa lhes tornou um laço e seu banquete um ardil mortífero. —Rom. 11:7-9.

4. Descreve a parábola que Lázaro foi enterrado quando morreu e que foi ao inferno? Por quê?

4 Já notamos que a parábola não diz que Lázaro foi enterrado e que foi ao inferno, hades ou seol. Mas diz, sim, acerca do homem rico que ele “morreu e foi sepultado” e se encontrou “no hades”. Sua morte foi certificada abertamente naquele dia de Pentecostes dez dias após Jesus ter ascendido ao céu para aparecer na presença de Deus com o valor do seu sacrifício humano. Nessa ocasião o espírito santo foi derramado sobre os primeiros membros da classe de Lázaro. O espírito foi evidência de que Deus os tinha aceitado e lhes imputado a justiça de Cristo e que eles se tinham tornado herdeiros do reino de Deus. Não foi da mesa do “homem rico” que o alimento espiritual relativo ao seu reino por Cristo caiu nesse dia de Pentecostes para os pobres. Não; veio por meio dos discípulos que tinham sido levados à “posição do seio de Abraão.” Ali Pedro, e não a classe do “homem rico” começou a usar as “chaves do reino dos céus”. Cerca de 3.000 judeus dirigiram-se à mesa do Abraão Maior e foram batizados e receberam o espírito derramado. Assim os da classe de Lázaro começaram a ser levantados do seu estado morto nos delitos e pecados e sentarem-se “juntos nos lugares celestiais em união com Cristo Jesus”. (Atos 2:1-42, Mat. 16:19; Efe. 2:1-6, NM) Então como poderia a parábola descrever Lázaro como estando no hades, sol, inferno, ou na sepultura comum da humanidade? Não podia.

5. De que maneira estava morta a classe do “homem rico”, ainda que estivesse viva?

5 Mas quanto à classe do “homem rico”: porque rejeitaram a Jesus e com obstinação se apegaram às obras da Lei para justificar-se à vida, eles provaram que eram amaldiçoados pela Lei. De modo que morreram no que toca ao privilégio de se associar com Jesus Cristo como a Semente prometida de Abraão. Até sua morte física eles continuaram a viver na carne, da mesma forma que a mulher andeja de quem o apóstolo escreveu: “A que vive em deleites, embora viva, está morta.” (1 Tim. 5:6, NTR) A Lei à qual aderiram resultou em ser morte para eles, porque os condenou à morte como pecadores malditos. (Rom. 7:9-11) Continuando a viver na carne, ainda que estivessem mortos aos olhos de Deus, podiam ver o que sucedeu com a classe de Lázaro e podiam ser aflitos por causa disto.a

6. Quando foi enterrada a classe do “homem rico” naquela época?

6 No tocante aos judeus, o “homem rico” foi sepultado três anos e meio após Pentecostes. Por que o mais tardar nessa época? Porque então pregaram as boas novas do reino de Deus pela primeira vez aos desprezados gentios não circuncisos, na casa do centurião italiano, Cornélio. Não foi a classe do “homem rico” entre os judeus que fez a pregação. Não; eles não foram os que se provaram uma benção a todas as nações da terra em harmonia com a promessa de Jeová a Abraão. Quem pregou a Cornélio era membro da desprezada classe de Lázaro, o apóstolo Pedro munido das “chaves do reino”. (Atos 10:1 a 11:18) A classe do “homem rico” não tinha nenhuma mensagem vitalizadora e estava inativa no serviço de Deus, portanto como se estivesse morta e sepultada.

7. Se o inferno é o sepulcro, como é que eles são representados como falando ali?

7 Mas, perguntais, como é que se representa o homem rico como falando no inferno se nada mais é que o sepulcro comum da humanidade? É porque esta é uma parábola. Por isso a morte, o sepultamento e o estar no inferno são usados de modo simbólico. Isto mostra que é uma parábola, porque se a classe do “homem rico” realmente estivesse no inferno bíblico, não poderia falar nem ver nada. “Envergonhados sejam os iníquos, fiquem mudos no Sheol” — “emudeçam na sepultura” (Al) —“sejam conduzidos ao inferno” (Fi). Assim diz o Salmo 31:17. (Sal. 30:18, Fi) E em Eclesiastes 9:5, 10 lemos: “Porque os que estão vivos sabem que hão de morrer, porém os mortos não sabem mais nada; . . . Faze com presteza tudo quanto pode fazer a tua mão, porque na sepultura [(So) — no Sheol (NA) —no inferno (Dy)], para onde te precipitas, não haverá nem obra, nem razão, nem sabedoria, nem ciência.” (So) Se a pessoa estiver na condição como o seol, inferno, ou a sepultura, não está ativa no serviço de Deus nem está aprendendo coisa alguma da verdade. Assim a classe do “homem rico” se encontra e pode ver a condição da classe de Lázaro e pode falar e resmungar. É como quando o salmista disse de si mesmo com desânimo: “A minha vida se aproxima do Sheol. Sou contado com os que baixam à cova, sou como homem sem socorro, atirado entre os mortos, como os que, feridos de morte, jazem na sepultura, dos quais não te lembras mais, e que são desamparados das tuas mãos. Pozeste-me na cova mais profunda, em logares escuros, em densas trevas. Sobre mim pesa o teu furor.” —Sal. 88:3-7.

COMO EM TORMENTOS

8. Que ele ‘existia em tormentos’ lá não prova que há fogo e tormento de almas conscientes no inferno? Por quê?

8 Mas se o hades, seol ou inferno é o sepulcro comum da humanidade, em que não há sensação, conhecimento nem atividade, como é que a parábola fala acerca do homem rico no hades como “existindo em tormentos”? No seguinte versículo ele diz que isto se deve a um “fogo ardente” Lu 16:24. Não revela isto que haja fogo e tormento das almas humanas conscientes no hades, seol, ou inferno? De modo nenhum. Esta é uma parábola, e o seol ou hades se emprega para representar a condição da classe do “homem rico” enquanto está no nosso meio aqui na terra. Portanto esta classe pode ser representada como estando no seol ou hades ou inferno e ao mesmo tempo existindo em tormentos por causa dum fogo ardente. Não se poderia representar o homem rico como estando na geena, porque nesse caso não estaria falando, porque a geena ou “lago de fogo que arde com enxofre” simboliza a “segunda morte”, a destruição absoluta da qual não há ressurreição. —Apo. 19:20, NTR; Apo 20:14. Veja-se a nota ao pé da página.b

ABRAÃO VISTO AO LONGE

9. Que viu o rico ao longe? Que significou isto para ele?

9 Os da classe do “homem rico”, ainda que vivessem no seu reino religioso, estavam mortos para com Deus e como se estivessem enterrados no hades ou inferno no que diz respeito ao seu serviço ativo. Por esta razão podiam representar-se como sendo mortos e enterrados no hades ou no sepulcro e ainda estar vivos e capazes de erguer os olhos e ver ao longe e também experimentar tormentos. O que viram ajudou a aumentar seu tormento: “viu ao longe a Abraão, e a Lázaro na posição do seio com ele.” Isto quer dizer que a classe do “homem rico” viu que não estava recebendo a bênção como a semente natural de Abraão. Eles viram ao Abraão Maior, Jeová Deus, ao longe e que se dava seu favor ao restante judeu e aos gentios que criam em Jesus e o seguiam. Longe de ser a semente prometida de Abraão para a bênção de todas as famílias e nações da terra, eles lhes eram maldição. Disse Paulo: “Não agradam a Deus, e são contrários aos interesses de todos os homens, visto que tratam de nos impedir de falar às nações a fim de que estas se salvem, com o resultado de que sempre enchem a medida de seus pecados.” (1 Tes. 2:15, 16, NM) Tanto Paulo como Barnabé lhes disseram: “Era mister que a vós se falasse em primeiro lugar a palavra de Deus. Visto que a rejeitais e não vos julgais dignos da vida eterna, eis que nos viramos para as nações. Na verdade, Jeová nos impôs o mandamento nestas palavras, ‘Eu te designei para luz das nações, para que sejas a salvação até a parte mais distante da terra.’” —Atos 13:46, 47, NM.

10. Que significou para a classe de Lázaro estar na posição do seio? Que significou para a classe do “homem rico” não estar lá?

10 De maneira que vêem a classe de Lázaro na posição do seio com Abraão, portanto numa refeição ou banquete com Abraão e junto com ele no leito principal, dando a entender que gozam de seu amor e favor especiais. (João 13:23, 25; Deu. 13:6; 28:54, 56; 2 Sam. 12:3, 8, Miq. 7:5) Isto quer dizer que eles gozam do favor íntimo do Abraão Maior, Jeová Deus, e têm comunhão com ele. Foram adotados como filhos de Deus para estar associados com Jesus Cristo, a verdadeira Semente de Abraão, e por isso se banqueteiam à “mesa de Jeová” participando dos mistérios e verdades do Reino e da pura adoração e serviço de Deus. (1 João 1:3, 7; João 4:34; Tia. 1:27) Mas a classe do “homem rico” está fora de todo este favor, longe dele. A classe de Lázaro é semelhante a Isaac, o filho de Abraão por sua esposa amada Sara, o qual se tornou herdeiro de Abraão. Conforme disse Deus: “É em Isaac que será chamada tua semente.” (Rom. 9:7; Gál. 4:28, NM) Mas a classe do “homem rico” se assemelha a Ismael, o filho de Abraão pela escrava Agar. Deus rejeitou a Ismael como a semente e dai este foi lançado fora e despedido a fim de que não ameaçasse a vida de Isaac. Por isso, ainda que os da classe do “homem rico” fossem os descendentes naturais de Abraão, foram cortados do favor de Deus. De forma que perseguem a classe de Lázaro com inveja e vingança, assim como fez Ismael. —Gál. 4:22-30, NM.

11, 12. Como estavam em tormentos nos dias de Jesus? Como nos dias apostólicos?

11 Não é de se admirar que a classe do “homem rico” está em tormentos. Nos dias de Jesus sua mensagem os atormentou. Depois que ele expôs suas tradições e preceitos religiosos como sendo contrários à Palavra e mandamentos de Deus, os discípulos disseram: “Sabes que os fariseus tropeçaram ao ouvir o que disseste?” Quando ele pronunciou ais contra eles pela sua hipocrisia religiosa e justificação de si mesmos, um deles disse: “Mestre, quando dizes isso, também nos afrontas a nós.” Isto não silenciou a Jesus, mas ele prosseguiu dizendo-lhes que tinham tirado do povo a chave da ciência. Atormentados pelo relato de que Jesus ensinava no templo, eles despacharam oficiais para o prenderem, mas os oficiais recusaram fazê-lo e regressaram com a seguinte confissão atormentadora: “Nunca homem algum falou assim como este homem.” Quando contou sua parábola da vinha e eles perceberam que os assassinos nela se referiam a eles, procuraram prendê-lo na sua angústia de espírito, mas não o fizeram, porque receavam o povo que ali se achava. —Mat. 15:12-14, NM; Luc. 11:45; João 7:32, 45, 46; Mat. 21:45, 46, NTR.

12 Desejosos de reduzir o tormento, finalmente lhe causaram a morte. Mas seus tormentos foram apenas renovados por meio da classe de Lázaro desde Pentecostes em diante. Por exemplo, os sacerdotes, os capitães do templo e os saduceus ficaram aborrecidos porque Pedro e João ensinavam as pessoas no templo acerca de Jesus e sua ressurreição. Mas serem presos e encarcerados não intimidou nem silenciou os apóstolos. Eles se tornaram mais destemidos e a pregação em Jerusalém foi intensificada, exasperando ainda mais os chefes religiosos. O testemunho de Estêvão perante tais os feriu profundamente. Rangendo os dentes e vociferando se precipitaram sobre ele em massa, jogaram-no fora da cidade e o apedrejaram. Saulo de Tarso, que presenciou tudo isto, promoveu uma perseguição rápida dos cristãos da classe de Lázaro. Estando extremamente irado, ele respirou ameaças e assassínios contra estes. Mas para ele foi como se um boi recalcitrasse contra os aguilhões e fosse profundamente aferretoado. Quando Saulo se mudou e tornou o apóstolo Paulo e junto com Barnabé pregou a grandes multidões de gente, os guias religiosos se encheram de inveja e com blasfêmia contradisseram o que esses falaram ao povo, e daí os perseguiram porque se voltaram com a mensagem aos não-judeus. São repetidos os relatos dos alvoroços que em sua fúria incitaram contra Paulo e seu companheiro missionário. Em que tormento se achavam! Como os queimou e chamuscou o calor da mensagem ardente de denúncia e exposição!c

PARTE MODERNA CORRESPONDENTE

13, 14. Quem desempenhou o papel moderno que corresponde ao homem rico?

13 As autoridades e guias religiosos dos judeus que formavam a classe do “homem rico” do primeiro século encontram sua parte moderna correspondente no clero e guias religiosos e os sustentadores da hodierna cristandade. Êstes representam sistemas que se têm entrincheirado entre a sociedade humana, os quais possuem grande antiguidade e tradições seculares. De forma que por sua riqueza e influência sobre os regentes deste mundo, têm adquirido para si um lugar de grande eminência, respeito, prestígio e domínio sobre o povo. Exteriormente têm apresentado aos homens a aparência de ser muito justos e sacrossantos, de modo que os criticar parece sacrílego, blasfemo e irreligioso. Regalando-se no favor dos opulentos e dos governadores têm exercido poderosa influência política. Têm apropriado a si as promessas da Palavra de Deus no tocante ao Reino e imaginado que eram os primeiros no favor de Deus, o Abraão Maior, e que mediante eles seria estabelecido o reino de Deus sobre a terra. Têm favorecido vantagens educacionais, sociais e políticas, fazendo pouco caso da plebe, que consideram leigos iletrados e inteiramente dependentes tanto do instruído clero titular como dos seus sistemas religiosos para obter informações sobre as Escrituras.

14 Dando ao povo muito pouco da Palavra e serviço de Deus, o têm enganado com as tradições sectárias e filosofias pagãs, deixando-o na sua fome e enfermidade ulcerosa de espírito. Tiraram a chave da ciência que abre o entendimento da Palavra de Deus. Desviaram o povo do reino de Deus como o único recurso para a humanidade e o induziram a recorrer aos projetos e ideias políticas dos governadores mundanos e benzeram sua participação nos combates sanguinários das nações. Neste fim do mundo eles não têm mensagem de salvação para o povo aflito, mas deixam-nos pobres, famintos e enfermos de espírito, tendo por última esperança de paz, estabilidade e prosperidade mundiais apenas a triste perspectiva da Liga das Nações ou de uma organização de Nações Unidas.

15. Como se revela que estão mortos e enterrados?

15 No tempo atual esses religiosos se acham num estado espiritualmente morto idêntico do “homem rico” da parábola. Com certeza não estão vivos ao fato que os “tempos designados das nações” findaram em 1914 (E. C.) e que nessa ocasião se instalou o reino de Deus sobre a terra com a prometida Semente de Abraão Cristo Jesus, no trono. Desprezem o restante da classe de Lázaro, as modernas testemunhas de Jeová, porque estas pregam tal mensagem. Em virtude do sinal da consumação deste sistema de coisas e da presença ou parousia de Jesus Cristo no poder do Reino, deveriam ter crido na mensagem, pelo menos até o fim da Primeira Guerra Mundial em 1918. Todavia não se despertaram à vida e atividade, aceitando tal mensagem do Reino e proclamando-a à humanidade. O restante da classe de Lázaro fez isso depois de se recobrar das opressões infligidas por seus inimigos durante essa guerra mundial. Reorganizaram-se em 1919 e se tornaram vivas e cada vez mais ativas na pregação de “esta boa nova do Reino” a todas as nações em testemunho antes de chegar o fim deste mundo no Armagedon. Mas a classe religiosa do “homem rico” desdenhou o significado profético dos acontecimentos mundiais. Eles rejeitaram a mensagem proclamada pela classe moderna de Lázaro e se refugiaram num substituto humano pelo Reino, a saber, a coisa fútil chamada a Liga das Nações. De modo que não manifestaram atividade alguma para proclamar e adiantar o Reino. Revelaram que estavam mortos e enterrados para com Deus; e o juízo divino, escrito na sua Palavra de antemão, declara que estão.

BUSCAR A TEOCRACIA

16. Quando chega ao clímax Lucas 13:27-30? Quem são os que vêm?

16 Durante toda a era cristã a profecia de Lucas 13:27-30 tem progredido até seu clímax atual. Nessa profecia Jesus falou do tempo em que a porta seria fechada na cara das pessoas que uma vez gozavam de privilégios religiosos e disse: “Ele falará e vos dirá: ‘Não sei donde vós sois. Apartai-vos de mim, vós todos os que praticais a injustiça!’ Ali é onde haverá vosso choro e ranger de dentes, quando virdes a Abraão e a Isaac e a Jacó e todos os profetas no reino de Deus, mas vós mesmos lançados fora. Ademais, pessoas virão das partes orientais e ocidentais, e do norte e do sul, e se reclinarão à mesa no reino de Deus. E, eis! há os últimos que serão os primeiros, e há os primeiros que serão os últimos.” (NM) Depois que Jerusalém foi destruída pelos exércitos imperiais de Roma em 70 E. C., a maior parte dos que vieram do oriente, ocidente, norte e sul não constava de judeus senão de gentios de todas as nações, as quais as boas novas alcançaram.

17. Que quer dizer ver Abraão, Isaac, Jacó e a todos os profetas no reino de Deus?

17 No artigo anterior vimos que Abraão, cujo nome significa “Pai de multidão”, representou a Jeová Deus, o Pai da Semente prometida de Abraão. Isaac, filho de Abraão, que foi oferecido em sacrifício, representou o Filho de Deus, Jesus Cristo, que desempenha principalmente o papel da Semente de Abraão para a bênção de toda a humanidade. Jacó, filho de Isaac e neto de Abraão, representou a congregação dos seguidores de Cristo, porque Deus os adota por filhos espirituais e os torna parte da semente prometida de Abraão. O nome de Jacó foi mudado a Israel; e eles são israelitas espirituais, “o Israel de Deus”. (Gál. 4:28; 3:26-29; 6:16, NM) A expressão “todos os profetas” também representa a congregação do Israel espiritual, os membros do “corpo de Cristo”. Nas profecias se usaram tais profetas antigos para prefigurar esses cristãos gerados do espírito e pressagiar o papel que desempenhariam ou seja a carreira que seguiram. Assim juntos, Abraão, Isaac, Jacó e todos os profetas representam o Governo Teocrático. Vermo-los “no reino de Deus” quer dizer vermos com o olho de entendimento que Jeová, Jesus Cristo e sua congregação de seguidores gerados do espírito formam o reino de Deus e são os que estão nesse reino celestial.

18. Por isso que significa vir e reclinar-se com eles no Reino?

18 Portanto, quando vierem pessoas de todas as direções e se reclinarem à mesa nesse reino, quer dizer que esses crentes são introduzidos na classe dos coerdeiros do Reino e se regalam com as verdades e privilégios do Reino à “mesa de Jeová”. Então não há necessidade de esperar até que Abraão, Isaac, Jacó e todos os profetas sejam ressuscitados dentre os mortos a fim de vermos a realização desta profecia.

[Notas de Rodapé]

a A Bíblia Soares católica reza: “Morreu também o rico, e foi sepultado no inferno.” A Vulgata Latina e a tradução da Confraternidade Católica Romana rezam de modo idêntico. A Versão Católica pelo monsenhor R. A. Knox reza: “O homem rico também morreu, e encontrou sua sepultura no inferno.” (Luc. 16:22) Estas leituras, declarando que o homem encontra seu sepulcro no inferno, provam o que revela o resto da Bíblia, a saber, que o inferno bíblico é o sepulcro comum da humanidade, a região dos mortos, não dos vivos. Isto é corroborado pelo Apocalipse 20:13, 14: “E a morte e o inferno deram os mortos que estavam neles, . . . E o inferno e a morte foram lançados no tanque de fogo. Esta é a segunda morte.” (Apo. 20:13, 14, So) A seguinte é a tradução católica de 1948 por Álvaro Negromonte: “E a morte e o inferno entregaram os seu mortos que neles se achavam . . . E o inferno e a morte foram lançados no tanque de fogo. Esta é aí a segunda morte: o tanque de fogo.” Por meio desta comparação das próprias autoridades católicas se prova que o inferno bíblico é o sepulcro comum da humanidade, sem oferecermos nenhum argumento sobre o tema.

Uma comparação mais extensa por qualquer pessoa sincera e corajosa lhe revelará que onde a Versão Soares reza “inferno” nas Escrituras Hebraicas, a Versão Almeida reza “sepultura”. A Versão Brasileira revela que em todos estes lugares a palavra original hebraica é “Sheol”, ao passo que a Versão Grega dos Setentas usa a palavra “Hades”. Nenhum vociferador pró inferno de fogo pode refutar isto. Agora podeis entender por que Amós 9:2 diz: “Cavem até o inferno.” (Al)

b Ninguém pode citar o Salmo 116:3 (Al) em prova de que há tortura de almas no seol, hades ou inferno, ainda que reze: “Cordéis da morte me cercaram, e angustias do inferno se apoderaram de mim; encontrei aperto e tristeza.” Neste versículo outras versões bíblicas rezam: “as angustias de Sheol” (Bras); “as torturas do Sheol” (UTA); “os perigos do inferno” (Sal. 114:3, So); e a tradução do monsenhor Knox reza: “os terrores do sepulcro.” (Sal. 114:3, Knox) As angústias, as torturas não se achavam no próprio seol ou inferno, mas o salmista estava em terror e perigo de ir para o seol, inferno ou sepulcro. O salmista aqui prefigurou a Jesus Cristo na sua angústia no horto de Getsêmane na noite em que foi traído. Estava Jesus em perigo de angústias e torturas no inferno? Não; ele era o principal dos santos ou leais de Deus, e merecia a misericórdia divina. (Sal. 16:10; 2 Sam. 22:6) Jesus foi ao inferno, mas não a um tormento eterno em fogo e enxofre literais no centro da terra. Sua alma ou vida não foi deixada no inferno, mas foi ressuscitada do inferno ao terceiro dia depois da sua morte.

Isso explica porque o salmo profético 116 continua dizendo: “Então invoquei o nome de Jeová: ó Jeová livra, eu te rogo, a minha alma. Volta, minha alma, ao teu repouso, porque Jeová tem sido liberal para contigo. Pois livraste da morte [não do tormento eterno] a minha alma, das lágrimas os meus olhos, da queda os meus pés. Preciosa é aos olhos de Jeová a morte dos seus santos.” (Sal. 116:4, 7, 8, 15) Assim como Jonas saiu do “ventre do inferno” das entranhas do peixe, ao terceiro dia, assim também Jesus saiu do inferno bíblico literal. Jonas, nas entranhas do peixe, não representou a Jesus em tormento algum no inferno. (Jon. 2:1-3, Al) O “sinal de Jonas” o qual Jesus disse que se daria aos israelitas, inclusive à classe do “homem rico”, foi a própria ressurreição de Jesus da morte e do inferno ao terceiro dia. —Mat. 12:38-41; 16:1-4.

A verdade bíblica harmoniosa, portanto, permanece sem contradição, imóvel, que o seol, hades ou inferno, é o sepulcro comum da humanidade e não há nele tormento ardente do almas humanas.

c Atos 4:1-3; 5:17, 18, 24, 25; 7:54-58; 26:9-14; 13:45, 50; 17:5, 6, 13; 18:12, 13; 21:27-32, 35; 22:22, 23; 1 Tes. 2:15, 16.

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