A participação na prosperidade da nação de Deus
“Visita-me com a tua salvação, para que veja eu a prosperidade dos teus escolhidos, para que me regozije com a alegria da tua nação.” —Sal. 106:4, 5.
1, 2. A quem reconheceram os políticos como sendo a fonte da prosperidade, e a que ponto têm os recentes Anos Santos ajudado a prosperidade?
A PROSPERIDADE tem uma só fonte—Jeová Deus. Os políticos mundanos o admitem hipocritamente. Ao lançarem seus planos para abundância material, citam o Salmo 127:1: “Se Jeová não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam, se Jeová não guardar a cidade, em vão vigia o que a guarda.” Conforme todos sabem, a prosperidade que os políticos disseram estar agora logo adiante não se manifestou de forma real e permanente ao chegarmos lá.
2 Em 1933 o sistema mais poderoso religioso da cristandade celebrou um Ano Santo especial para comemorar a morte de Jesus Cristo há dezenove séculos. A fim de induzir o povo a crer que esse sistema religioso introduziria tempos melhores, anunciou-se o Ano Santo do papado com o promessa refulgente de que uma ‘onda de religião levaria as nações à paz e prosperidade’. Contudo, seis anos mais tarde, que aconteceu? As nações foram arrastadas à guerra mais desastrosa em toda a história humana. A celebração de mais um Ano Santo em 1950 não melhorou o período do após-guerra, porém marcou o irrompimento do conflito coreano, o sinal para começar uma corrida de armamentos entre o Oriente e o Ocidente, que ameaça uma terceira guerra mundial em breve, com o lançamento de bombas nucleares de ambas as direções.
3. Por que não veio a prosperidade pelos seus esforços e orações?
3 Por que esse fracasso da prosperidade para coroar os esforços e orações dos políticos e chefes religiosos da cristandade? É o seguinte: Jeová não cooperou com eles. Jeová recusou unir-se na edificação da sua estrutura do após-guerra em prol da paz e bem-estar mundiais. Eles o rejeitaram. Ele os rejeitou. Com desgosto são obrigados a citar o texto: “Aguardamos a paz, porém não chegou bem algum; e o tempo da cura, e eis o pavor!” —Jer. 14:19.
4. Onde, então, há prosperidade em prova de que Jeová é sua fonte?
4 Na cristandade não há prosperidade estável e garantida. Não se encontra também nos países supostamente pagãos. Não existe, então, prosperidade em lugar algum sobre a terra para provar que Jeová Deus é a fonte e criador dela? Sim, existe. Onde? No lugar em que deve ser encontrada—no meio do povo que leva seu nome, as testemunhas de Jeová. Isto explica o motivo da sua felicidade, uma felicidade que não tem igual em parte alguma deste velho mundo, uma felicidade que não pode ser obscurecida nem destruída pelas condições deste velho mundo, ainda que piorem cada vez mais. A sua felicidade não se baseia em nenhuma prosperidade material nem na paz armada deste mundo. Não depende de possuir uma abundância das coisas deste mundo, coisas tão incertas que desaparecem. É uma prosperidade espiritual, um bem-estar prático e genuíno que lhes transformou a vida e as tornou os mortais mais felizes da terra. Jamais será derrubada. Está apoiada e garantida pelo maior e único governo durável no universo, o reino de Jeová estabelecido nos céus no ano de 1914, estando a seu lado o Filho Jesus Cristo.
5. Às oração de quem, e desde quando, é esta a resposta?
5 Deus responde às orações. Ao responder à oração, ele não favorece a cristandade, mas apenas seu verdadeiro povo chamado pelo seu nome. A condição próspera deles nesta época cruciante é a resposta à sua oração. Ele ouviu a sua oração porque foi oferecida com motivo correto e em harmonia com a vontade divina expressa nas profecias da sua Palavra. Há quase trinta e um anos, a saber, na sexta-feira, 8 de Setembro de 1922, na assembleia internacional das testemunhas de Jeová em Cedar Point, Ohio, anunciou-se a presença do dia de Jeová e se mostrou que é apropriada agora a oração profética contida no Salmo 118:24, 25: “Este é o dia que Jeová fez; nele nos regozijemos, e nos alegremos. Salva-nos agora, te pedimos, ó Jeová, ó Jeová, envia-nos agora a prosperidade.” Hoje, após três décadas, podemos tomar a medida da prosperidade que ele enviou neste dia seu. Naquela época nós estávamos principiando no caminho à prosperidade do após-guerra. Hoje a prosperidade concedida a nós não tem paralelo na história cristã.
6. Em que pobreza achou o término da Primeira Guerra Mundial o restante?
6 O término da Primeira Guerra Mundial em novembro de 1918 encontrou o restante das testemunhas de Jeová em péssima condição. A perseguição cruel por nossos inimigos religiosos, que se serviam da espada militar do estado total, havia-as tornado assim. Seus próprios temores e falta de entendimento ajudara a causar isso. Através do mundo estavam bem desorganizadas. Não vigorava entre elas o governo teocrático prático. Diversos dos seus principais encarregados estavam na prisão literal por motivo de se esforçarem a ser fiéis à causa de Deus. Em razão da oposição mundial se abafou muito a sua voz pública pelo reino de Deus. Estavam muito incertas no que diz respeito à vontade posterior de Deus para elas na terra no período do após-guerra. Apenas algumas estavam em prisões literais do mundo, mas todas elas estavam numa prisão espiritual no sistema mundial do Diabo, o qual a Bíblia denomina “Babilônia”. Nela sentiram as restrições impostas à sua adoração de consciência livre ao Deus vivo e verdadeiro e ao serviço que prestavam ao seu reino. Nela sentiram a expressão do desprazer de Deus para com elas por motivo dos pecados e imundície mundana de que não estavam plenamente inteiradas. Perante Deus estavam numa condição que Apocalipse 11:8, 9 assemelha a cadáveres das testemunhas de Deus estirados na cidade imunda por três dias e meio. Que miséria!
7, 8. Como Jeová lhes mostrou a sua longanimidade, e quem expressou bem seu desejo ardente e gratidão, e em que palavras?
7 Uma geração nova tem crescido desde então. Esta pouco compreende o estado de espírito e o estado da organização naquela época. Ah, mas Deus é tão misericordioso, tão cheio de benignidade, para com aqueles cujo coração é sincero com ele e que se esforçam em apegar-se a ele com afeição inquebrantável! Ainda que estivesse irado e descontente com eles, deixando-os ser derribados, Jeová não estava disposto a destruí-los, o que teria agradado muito aos nossos inimigos. (2 Cor. 4:8, 9 NW) Pelo seu próprio nome e na abundância da sua misericórdia ele tinha outros propósitos para o restante dos seus consagrados ungidos. Portanto lhes abriu os olhos cegos para verem que lhes havia prometido libertação na sua Palavra e que entrariam numa grande obra a ser abençoada com prosperidade surpreendente. Os leais e zelosos queriam servir a Deus na terra até o fim, e oh! como seu coração respondeu a essa perspectiva maravilhosa descrita na sua Palavra profética! Portanto se ele os livrasse desta condição restrita e lhes abrisse o caminho à liberdade e à adoração destemida e livre a ele, quão alegremente participariam na sua obra ainda para ser feita até o seu clímax glorioso! Todo coração espontâneo transbordou de gratidão a Deus pela nova esperança! Quão bem o salmista, sob circunstâncias semelhantes, expressou sua gratidão, sua disposição a louvar e seu desejo ardente nas seguintes palavras comoventes do Salmo 106:1-5:
8 “Louvai a Jeová. Rendei graças a Jeová, porque ele é bom, porque a sua benignidade dura para sempre. Quem poderá referir os poderosos feitos de Jeová, ou manifestar todo o seu louvor? Felizes são os que guardam a retidão, e aquele que pratica a justiça em todos os tempos. Lembra-te de mim, Jeová, com a misericórdia que dispensas ao teu povo, visita-me com a tua salvação, para que veja eu a prosperidade dos teus escolhidos, para que me regozije com a alegria da tua nação, para que me glorie juntamente com a tua herança.”
9, 10. Têm alguns essa intensidade de sentimento aqui expressa? E quem são o povo de Jeová, seus escolhidos, sua nação, sua herança?
9 Tendes a intensidade de sentimento pelas coisas de Jeová Deus que o salmista aqui expressa? Tendes amor e apreciação para o povo de Jeová, seus escolhidos, sua nação, sua herança, de modo que quereis ser salvos com eles e ver a sua prosperidade, participar do favor de Deus para com eles, alegrar-vos com eles, e gloriar-vos em estardes associados com eles como sendo a sua herança?
10 Foi assim que se sentiu cada membro sincero do restante ungido naquela época ao definhar-se no cativeiro babilônico às potestades deste mundo. Tendes vós pessoalmente esse desejo consumidor hoje? O povo de Jeová é o povo chamado pelo seu nome a quem ele vinha tomando de todas as nações, tanto judias como gentias, durante os últimos dezenove séculos para ser um “povo para o seu nome”, ungido com seu espírito. São os escolhidos dele, escolhidos para se unirem com o Filho Cristo Jesus no seu reino celestial, seus eleitos por amor dos quais ele abreviou os dias da tribulação em 1918, a fim de que se salvasse alguma carne. (Atos 15:14, Mat. 24:21, 22) É a única nação sobre a terra que ele reconhece e com a qual ele trata, a nação dos israelitas espirituais, judeus interiormente, sobre quem o verdadeiro Messias, Jesus Cristo, é Rei. São a herança de Jeová, o pequeno rebanho a quem ele constitui seus filhos espirituais e a quem ele reclama especialmente e por fim tira dentre a humanidade na terra e leva para os céus a fim de reinarem quais reis com Jesus Cristo para a bênção de todas as suas outras ovelhas na terra.—1 Ped. 2:9, Deu. 32:9; Sal. 33:12, Isa. 19:25, 63:17.
11. (a) Por que vos associastes com seu povo agora? (b) Que nos move a fazer em resposta o cumprimento do Salmo 68:6?
11 É evidente que, por terdes tal apreciação, escolhestes associar-vos com a nação dos escolhidos de Deus. Discernistes quem é o povo para o nome de Jeová, e compreendeis que o favor divino é melhor do que o do velho mundo, porque no seu favor há genuína vida, é a única coisa que faz valer a pena viver. Notais quão bom ele é para seu povo neste fim do mundo, como sua benignidade para com eles não falhou, ainda que ele permitisse no seu desprazer que caíssem no poder do inimigo durante a Primeira Guerra Mundial, e manifestou essa longanimidade operando para eles poderosos feitos de libertação e reorganização. Não se acham mais em prisão celular, poucos em número e impedidos pelo poder do inimigo de expandir com mais publicadores do reino de Deus e louvadores do seu nome. Seu atual crescimento em número causa assombro. Jeová não só os multiplicou com membros mais novos do restante que substituíram quaisquer rebeldes que apostataram para o inimigo, mas também com uma multidão sempre crescente de pessoas de boa vontade, semelhantes a grandes rebanhos de ovelhas, outras ovelhas, todas recolhidas num só rebanho sob o Pastor Justo do rebanho de Deus, Jesus Cristo. Nisto vedes o cumprimento final e completo da sua promessa, no Salmo 68:6, “Deus fez que os solitários constituíssem famílias; tira os presos para prosperidade: os rebeldes, porém, habitam em terra árida.” Como, então, podemos nós que desejamos ardentemente ver a prosperidade da sua nação escolhida e participar dela, sim, como podemos resistir à convocação para louvar a Jeová e dar-lhe graças publicamente pela sua bondade? Na realidade, como podemos expressar seus feitos com plena descrição do seu poder, como podemos proclamar todo seu louvor—há tanto para louvar?
12, 13. De que modo a pobreza da cristandade se compara com a nossa prosperidade?
12 Imaginai quão pobre espiritualmente é a cristandade! Ela não tem evidência alguma do favor divino. As suas orações e cruzadas pela paz e prosperidade neste mundo do qual ela faz parte não têm êxito. Ela está perplexa. Está com medo extremo quanto à sua existência além do presente, apesar de toda a sua ostentação de quão antigas são as suas instituições. Não tem mensagem oportuna para o povo, nem sustento espiritual, tão pouco água da verdade. Ela não está fazendo a obra de Deus predita nas profecias acerca do fim do mundo. Ao contrário, pensei na prosperidade espiritual na qual o Deus Todo-poderoso nos introduziu—a nós que éramos uma vez prisioneiros dentro deste mundo babilônico! As nossas orações durante os últimos trinta anos, pedindo que ele nos salvasse e enviasse prosperidade, foram respondidas além das nossas expectativas deste lado do Armagedon. Como sua santa Palavra se tem tornado mais clara para nós, e seus mistérios, seus segredos sagrados se desenrolaram diante de nós! Não há mais incerteza quanto ao motivo de termos sido deixados na terra desde o fim dos “tempos designados das nações” em 1914, nem dúvida quanto a qual é a nossa missão. Uma vez marcados pelo inimigo para a morte pelas suas perseguições, sabemos que Deus nos revivificou do nosso estado de morte e que são os nossos adversários os que morrerão no Armagedon, mas nós agora estamos marcados pelo poder de Deus para vida no novo mundo, simplesmente por sobrevivermos à guerra destrutiva do Armagedon.
13 Temos a mensagem de Deus para o dia de hoje. Porque aderimos estritamente à sua Palavra antes que às filosofias mundanas e às tradições e credos religiosos humanos, temos a mensagem de Deus para o dia de hoje. São as boas novas do reino estabelecido de Deus por intermédio de Jesus Cristo. Dessemelhante ao firme decréscimo em número dos sacerdotes e pregadores da cristandade, o número de nossos ministros ativos na pregação das boas novas do Reino está sempre aumentando. Temos a obra de Deus para fazer e estamos cobrando ânimo para fazê-la. Temos seu espírito que nos ativa e apoia, e, por meio de nós, Deus está efetuando sua obra predita, não por força nem por exércitos mas pelo seu espírito. É o espírito da organização teocrática. O nosso cálice transborda, a nossa mesa espiritual está farta de alimento sólido na própria presença de nossos inimigos. Ainda que a maioria de nós sejamos pobres materialmente, contudo estamos enriquecendo muitos de modo espiritual. Todo este bem-estar espiritual tinha por objetivo alegrar a nação de Deus. Como podemos evitar de nos regozijar e gloriar em Jeová?
CONFISSÃO
14. Mas que admoestação precisamos tomar, e de que depende a nossa continuação pessoal nessa prosperidade?
14 Estejamos, porém, de sobreaviso! É condicional nós continuarmos pessoal e individualmente regozijando-nos com a alegria dessa nação de Jeová e na participação da sua prosperidade. Por quê? Porque é à sua organização que ele dá a palavra segura, “E não haverá jamais maldição,” desde que ele se encarregará de manter limpa, livre e fiel a sua organização como tal. É à sua organização inteira que ele diz: “Não prosperará nenhuma ferramenta que tiver sido fabricada contra ti, e toda a língua [seja nacionalista, fascista, religiosa ou comunista] que se levantar contra ti em juízo, tu a condenarás. Esta é a herança dos servos de Jeová, e a sua justiça que de mim procede, diz Jeová.” É à sua organização restaurada que ele dá esta palavra: “Assim diz Jeová dos exércitos: As minhas cidades ainda se trasbordarão de bens; Jeová ainda confortará a Sião, e ainda escolherá a Jerusalém.” (Apo. 22:3, NW; Isa. 54:17; Zac. 1:17) Mas vós individualmente continuareis participando de todo este bem-estar, favor e proteção espirituais? Tudo depende de aderirdes firmes à organização teocrática de Jeová e vos manterdes em união e harmonia com ela. Tudo depende de viverdes em conformidade com seus fiéis princípios e vos comportardes dignos de ser retidos na organização de Jeová.
15. Com esse objetivo que temos de fazer?
15 Com esse objetivo vos cumpre evitar os pecados que facilmente enredam os descuidosos que confiam em si próprios. Não devemos permitir que a prosperidade espiritual nos ensoberbeça, tornando-nos egoístas e confiantes em nós próprios. Cuidai de não dizer ainda como o salmista disse: “Quanto a mim, dizia eu na minha prosperidade: Nunca jamais serei abalado.” (Sal. 30:6) Não vos esqueçais das vossas responsabilidades e vos torneis néscios por negligenciá-las, revelando infidelidade no pouco. Lembrei-vos do provérbio: “O retroceder dos estúpidos os matará, e a prosperidade [ou, o sossego descuidoso] dos loucos os destruirá.” (Pro. 1:32) Não vos torneis como a cristandade a quem Jeová falou de modo profético: “Falei-te no tempo da tua prosperidade, mas disseste: Não ouvirei.” (Jer. 22:21; Zac. 7:7) Há perigo de que aqueles que confiam em si por causa da sua prosperidade venham a desobedecer. Recordai-vos bem dos pecados que causaram a destruição dos indivíduos dentro da organização antiga de Jeová em Israel, sim, fazendo que a inteira nação fosse entregue a seus inimigos para castigo corretivo. Lembrai-vos dos vossos próprios pecados que uma vez vos separaram do verdadeiro Deus e da sua nação. Facilmente podeis começar a repeti-los. Esquivai-vos de fazê-lo.
16. Com que o salmista seguiu sua oração, e quem fez a mesma coisa desde o término da Primeira Guerra Mundial?
16 O salmista orou a Deus que o favorecesse mais uma vez e o salvasse e lhe permitisse ver a prosperidade e alegria dessa nação de Deus e participar delas, mas imediatamente depois da sua oração confessou os pecados nacionais e não desculpou a si próprio mas aceitou a sua parte da culpa. Ele disse: “Pecamos com nossos pais, cometemos iniquidade, e praticamos o mal.” (Sal. 106:6) Sim “nós”, eu bem como os demais. É uma grande coisa uma nação confessar seus pecados nacionais contra Deus. Ao terminar a Primeira Guerra Mundial a cristandade, ensanguentada, agitada pela contenda interna, culpada de perseguir o povo de Jeová, recusou altivamente confessar seus pecados. Alguns ministros religiosos fizeram uma espécie de confissão, mas não chegaram à verdadeira raiz do pecado e impiedade da cristandade. Portanto, conforme diz Provérbios 28:13: “Aquele que encobre as suas transgressões, não prosperará, mas quem as confessa e abandona, alcançará misericórdia.” O restante leal das testemunhas ungidas de Jeová fizeram uma confissão organizacional dos seus pecados e faltas para com Deus. Elas se arrependeram deles de modo piedoso que as conduziu a afastar-se deles e corrigir suas doutrinas bem como suas práticas. A sua organização confessou tais pecados contra o Deus Altíssimo e os membros individuais admitiram sua participação daqueles pecados. Por conseguinte Deus os reinstalou no seu favor e serviço e os prosperou.
17. Que oito pecados nacionais descreve o salmista, e por quê?
17 Como lembrança a si próprio e aviso ao povo de Jeová até o dia presente, o salmista nos pormenorizou tais pecados. Primeiro foi a rebelião de Israel contra Jeová seu Chefe no mar Vermelho, onde as forças perseguidoras militares egípcias ameaçaram alcançá-los. Em segundo lugar, no deserto murmuravam por motivo de estar a cargo de Deus a situação do alimento para eles, e o experimentaram. Em terceiro lugar, centenas invejaram as relevantes posições teocráticas de Moisés e Arão, apenas para serem engolidos juntos com Datã e Abirão num terremoto e eletrocutados com Corá e sua companhia de levitas. Em quarto lugar, durante a ausência de Moisés por quarenta dias no monte Sinai, enquanto estava em conferência com o anjo de Jeová, eles fundiram um bezerro de ouro e o adoraram como sendo seu deus de libertação. Em quinto lugar, quando os doze espias voltaram de inspecionar a Terra Prometida, desprezaram as notícias animadoras de Caleb e Josué e deram ouvidos às más noticias dos dez infiéis espias e recusaram marchar para aquela terra debaixo da liderança de Jeová. Em sexto lugar, quando estavam acampados nas planícies de Moab trinta e nove anos mais tarde, na margem do rio defronte daquele país, cederam aos laços sedutivos de mulheres idólatras e foram adorar a Baal-Peor, um deus falso e imoral. Em sétimo lugar, em Meribá no deserto de Zin, eles se rebelaram e queixaram da falta dágua e provocaram Moisés ao ponto de perder ele domínio sobre si e atuar de maneira desagradável a Deus. Em oitavo lugar, em aditamento a todos esses pecados eles desatenderam aos mandamentos e avisos de Deus quando estavam estabelecidos na Terra Prometida, transigindo com os pagãos nela e entregando-se à prostituição espiritual com seus deuses falsos e detestáveis.
18. Portanto, pelo que orou o salmista, e por que foi respondido?
18 Por todos esses pecados eles sofreram consequências desastrosas, finalmente sendo levados cativos a países inimigos enquanto Jerusalém jazeu desolada setenta anos e entraram também num período de 2.520 anos de dominação da terra pelos gentios, até 1914, E. C. O salmista orou pedindo livramento de tal cativeiro nas terras do inimigo e a renovação da adoração a Deus na sua pátria desolada, ele próprio desejando ardentemente ver e experimentar isso com indizível gozo e alegria. Foi somente a misericórdia de Deus e seu fiel cumprimento do concerto que celebrou com sua nação escolhida que respondeu a tal oração sincera, tendo em mira a glória de Deus. —Sal. 106:6-46.
19, 20. (a) O que foi que marcou todos esses pecados do povo do salmista? (b) Por conseguinte, como somos admoestados e que precisamos fazer?
19 Então notai o seguinte com respeito a todos esses pecados do povo a quem o salmista pertencia: Houve regozijo só por pouco tempo sobre as obras de Jeová a favor do seu povo e daí um esquecimento gradual ou repentino das suas obras e Deidade, mormente quando enfrentaram alguns problemas e situações difíceis. Que resultou? A rebelião contra Deus e seus arranjos e servos designados, e um regresso a este mundo e seus deuses imundos. O próprio apóstolo Paulo menciona vários destes mesmos pecados de Israel e avisa a nós cristãos que não os repitamos, dizendo: “Estas coisas lhes aconteciam como exemplos e foram escritas para advertência de nós, sobre quem já são chegados os fins consumados dos sistemas de coisas. Por conseguinte, aquele que cuida ter posição firme, olhe que não caia.”—1 Cor. 10:1-12, NW.
20 Ora, queremos continuar desfrutando a prosperidade e alegria com que Jeová favoreceu seu povo e nação escolhida, não é? Bem, então, é necessário que vigiemos sempre para que não esqueçamos seus feitos poderosos e longanimidade para com sua nação, tornando-nos por fim queixosos, egoistamente ambiciosos, de imundície imoral, desejosos das coisas deste mundo, tendo medo das potências mundiais, idolatrando nossa própria vontade e opiniões, sendo rebeldes, negligentes das nossas responsabilidades dentro ou debaixo da organização teocrática. Já livrados deste mundo babilônico, jamais podemos voltar a seus pecados e ao mesmo tempo participar da prosperidade que ainda vem ao povo instruído de Deus. Para que o lembremos, foi escrito, em Jó 36:10, 11: “Abre-lhes também o ouvido para receberem a instrução, e ordens que se tornem da iniquidade. Se o ouvirem e o servirem, passarão os seus dias em prosperidade, e os seus anos em prazeres.” O nosso próprio bem-estar espiritual exige que sempre busquemos o bem-estar da organização de Deus, orando pela sua integridade: “Orai pela paz de Jerusalém; gosem de prosperidade os que te amam. Haja paz dentro dos teus muros, e prosperidade nos teus palácios. Por amor dos meus irmãos e amigos, diga eu: Haja paz dentro de ti. Por amor da casa de Jeová, nosso Deus, buscarei o teu bem.” —Sal. 122:6-9.
21. Em que precisamos confiar e a que temos de dar ouvidos para continuarmos a participar na prosperidade?
21 Nunca poderemos ter êxito na nossa própria força nem pela nossa própria sabedoria. Quando enfrentamos condições e desenvolvimentos que ameaçam a nossa prosperidade como povo de Deus, simplesmente temos de confiar na força de Jeová, enquanto nos afinamos a fazer isto, lembrando seus maravilhosos feitos registados na sua Palavra, também seus atos para conosco em cumprimento das suas profecias. Ao prosseguirmos marchando para a batalha final, cantando os louvores de Jeová, temos de revelar fé nas profecias para o nosso futuro. São profecias inspiradoras. O seu Rei teocrático nos exorta: “Crede os seus profetas, assim prosperareis.” (2 Crô. 20:20) Precisamos a orientação e encorajamento das suas profecias, que nos esclarecem neste tempo de crise. Quando a restaurada nação de Israel reedificava a casa de Jeová seu Deus, eles foram grandemente ajudados a avançar pelos seus profetas cujos escritos temos hoje, e relativo aos quais está registado: “Os anciãos dos judeus edificaram e foram bem sucedidos devido á profecia do profeta Ageu e Zacharias, filho de Ido.” (Esd. 6:14) Nós, também, estamos ocupados numa obra de edificação relacionada com a pura adoração de Deus vivo e verdadeiro. É sabedoria da nossa parte darmos ouvidos aos profetas de Deus que nos falam mediante sua Palavra. É, portanto, necessário estudarmos as profecias em particular e irmos onde podemos ouvir uma discussão delas, nas reuniões nos nossos Salões do Reino ou nas nossas assembleias de circuito, de distrito, nacionais e internacionais. Se dermos ouvidos, então isso nos assegura que continuaremos prosperando no serviço divino.
22. A fim de prosperarmos, que devemos procurar adiantar, e por quê?
22 Se sempre buscarmos o adiantamento da Palavra de Deus e dos interêsses do Reino, prosperaremos, pois a sua Palavra nunca tornará para ele vazia, mas, diz ele, “Prosperará naquilo para que a enviei,” e, ‘do aumento do seu reino não haverá fim.’ —Isa. 55:11; 9:7.
MAIS TRABALHO AINDA EM QUE PARTICIPAR
23, 24. Por que ainda não está plenamente respondida em nosso caso a oração do salmista pedindo a salvação?
23 Ainda não está acabado o trabalho a ser feito antes da guerra do Armagedon. A nossa própria salvação ainda não está completa. Há inúmeras outras ovelhas bem longe do Pastor Justo de Jeová que carecem de ajuda para a salvação. As nossas orações precisam ascender a Deus, estendendo-se além da nossa própria salvação individual e abrangendo a dessas outras ovelhas. A oração com que o salmista concluiu é apropriadamente a nossa agora: “Salva-nos, Jeová, Deus nosso, e congrega-nos dentre as nações, para darmos graças ao teu santo nome, e gloriarmo-nos no teu louvor. Bendito seja Jeová, Deus de Israel, desde a eternidade até a eternidade, e diga o povo todo: Amem. Louvai a Jeová.” —Sal. 106:47, 48.
24 Muitas são as outras ovelhas que o Pastor Justo ainda precisa ajuntar. Entre todas as nações são mantidas prisioneiras a Babilônia mediante a ignorância e o medo, mas no fundo do seu coração desejam ardentemente participar da prosperidade dos escolhidos de Jeová e regozijar-se na alegria da sua nação. Até que tenhamos trabalhado pela sua libertação segundo a vontade de Deus, não é respondida por completo a oração pedindo que Deus salva 3 NÓS e NOS (não só a mim) congregue dentre as nações, para darmos graças ao seu santo nome e gloriarmo-nos por louvar a ele.
25. (a) A fim de não contradizermos a nós próprios quando convidamos todas as pessoas a dizer: Amém, que temos de fazer? (b) Por que podemos e devemos ser liberais com nossa prosperidade?
25 Contradizemos a nós próprios se convidarmos todas as pessoas a dizer: Amém, quando bendizemos a Jeová nosso Deus e então não as deixarmos ouvir e aprender a respeito dele e entrar em contacto com sua organização teocrática debaixo de Cristo para a sua libertação. Ide avante, então. Que nos vejam e ouçam quais suas testemunhas e observem a nossa prosperidade espiritual e sintam o desejo irresistível de participar dela. A nossa atitude para com eles precisa ser a do salmista que disse: Cantem de júbilo e se alegrem os que teem prazer na minha retidão; digam continuamente: Seja magnificado Jeová, que se deleita na prosperidade do seu servo.” (Sal. 35:27) A prosperidade com que ele nos abençoou dá para a grande multidão das outras ovelhas participar dela, não importa quão grande seja o número delas. Podemos ser liberais, generosos. Partilhando o nosso bem-estar altruistamente com outros, veremos a prosperidade da organização visível de Deus crescer cada vez mais, apesar da condição do mundo que vai de mal a pior. Aumentaremos a nossa própria alegria em Jeová com todo o seu povo, ao percorrermos o caminho todo para o novo mundo. Assim nos unimos com o salmista, dizendo a nós próprios bem como a outros: “Louvai a Jeová.”