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  • Provando o amor de Jeová
  • A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1965
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A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1965
w65 15/3 pp. 186-189

Provando o amor de Jeová

Conforme narrado por Hugo Henry Riemer

Em 1883, o meu pai, então o ancião presidente do distrito da igreja metodista, na região centro-oeste dos Estados Unidos, foi atender a alguém que batia à sua porta. Eis ali uma das primitivas testemunhas de Jeová, segurando um livro em brochura intitulado “Alimento Para os Cristãos Refletidos”, escrito e publicado por C. T. Russell. Depois da saudação, disse ao papai: “Senhor, eis aqui um livro que o fará feliz, possuindo a única e genuína felicidade que existe.” ele então passou o livro às mãos do papai, que o folheou, notando as muitas citações e referências bíblicas nele. Impressionado pelo fervor do homem, que continuava a falar com ele, deu uma contribuição pelo livro.

A mamãe acabara de arrumar a mala de viagem do papai, para uma viagem de trem no fim-de-semana. Ele entregou o livro a ela, pedindo que ela o pusesse em sua valise, em cima de tudo. Depois de ocupar seu lugar no trem, abriu sua valise, pegou o livro e começou a lê-lo. Terminou de lê-lo quando o trem chegou ao seu destino, e disse para si mesmo: “Graças a Deus! Essa é a verdade!”

Quando papai chegou em casa, disse à mamãe, após saudá-la e a nós, quatro filhos, “Mãezinha, achei a verdade”. Mamãe disse: “O que quer dizer com isso?” Disse ele: “Lembra-se daquele livro que colocou na minha mala de viagem? Eu quero que o leia e me diga o que acha dele.” Mas, ele se sentia apreensivo quanto à reação dela, visto que ela era filha dum pregador leigo. Ela leu o livro e então disse a papai: “Se esta é a verdade, então não há lugar para nós na igreja metodista.” Com regozijo, papai disse: “Mãezinha, estas são as palavras mais preciosas que já lhe ouvi dizer.” Eu tinha cinco anos naquele tempo, mas, dali em diante até agora, com 86 anos, Jeová jamais deixou de mostrar seu amor para comigo, como o derramou sobre papai e mamãe.

MUDANÇA NA VIDA FAMILIAR

As verdades bíblicas que meus pais aprenderam da Sociedade Torre de Vigia produziram notável mudança na família. Logo que papai aprendeu a verdade, começou a procurar a Bíblia toda noite, depois do jantar. Lia um capítulo dela, e nós palestrávamos sobre o mesmo enquanto ele lia. Daí, todos nos ajoelhávamos perto de nossas cadeiras para uma oração, antes de sairmos da mesa. Isto era algo que não acontecia enquanto ele era pregador metodista.

Não foi senão ao formar-me do ginásio, em 1896, com dezoito anos, que me dediquei ao serviço de Jeová e simbolizei tal dedicação pela imersão em água. Em 1905, comecei a servir a Jeová Deus por todo o tempo, entrando no serviço de colportor, que é agora conhecido como o serviço de pioneiro. Durante o tempo em que estive nesse serviço, proclamei as verdades da Palavra de Deus por todo o território de Missouri, ao norte do Rio Missouri. Trabalhei ali no verão e fui para o Texas e Alabama no inverno, para executar a obra nesses estados. Jeová manifestou seu amor por cuidar de todas as minhas necessidades, enquanto eu fazia esta obra ministerial.

Em um dos meus territórios se achava uma área reservada aos índios. Como resultado do nosso trabalho ali, certo índio se tornou interessado e dedicou-se a Jeová Deus. Mais tarde, seus dois sobrinhos também se tornaram ativos no serviço de Jeová. Um se tornou membro da família de Betel, na sede da Sociedade em Brooklyn, e o outro apresentou-se como voluntário para trabalhar numa das fazendas da Sociedade. Este bom fruto de meus labores ministeriais foi uma bênção para mim da parte de Deus, evidência do seu amor.

Meu serviço de colportor continuou até 1915, época em que o irmão Russell, presidente da Sociedade Torre de Vigia, pediu que eu me empenhasse na obra do Foto-Drama. Consistia em programa de quatro partes dum filme e de slides coloridos, acompanhado de discursos bíblicos num fonógrafo. Servi como sentinela avançada que ia à frente fazer os arranjos para as exibições em vários cinemas, mas meu trabalho durou pouco, porque meus recursos se esgotaram cerca de seis meses depois de entrar nesse trabalho.

Meu serviço de colportor findou em 1916, quando o irmão Russell morreu. Devo dizer aqui que a primeira vez que conheci o irmão Russell foi num congresso em São Luís, em 1904. Foi notável assembléia, embora houvesse apenas centenas de pessoas na assistência. O irmão Russell falou com voz muito grave, reverente e bondosa. Era notável homem, cuja figura atraía atenção. Ora, quando as pessoas passavam por ele na rua, davam a volta para olhar de novo para ele. Ele se mantinha em posição ereta, e tinha semblante agradável e alerta.

Depois da morte do irmão Russell, o seguinte presidente da Sociedade Torre de Vigia, Joseph F. Rutherford, convidou-me a entrar no serviço de peregrino. Este serviço consistia em visitar as congregações, ou classes, como eram chamadas naqueles dias. Proferia discursos em particular aos irmãos, e, no domingo, e às vezes numa das noites da semana, proferia um discurso para o público. As designações de viagem que recebi da sede da Sociedade levaram-me a todo estado da União. Continuei no serviço de peregrino até 1918, quando foram proscritas todas as reuniões públicas por causa da gripe. Telegrafei à sede, perguntando o que devia fazer. A resposta foi para me dirigir à sede em Brooklyn. Aqui, também, experimento o grande amor de Jeová.

SERVIÇO DE BETEL

Cheguei na sede da Sociedade, chamada Betel, numa ocasião em que os perseguidores religiosos tiravam proveito da guerra para suscitar o sentimento de ódio contra o povo do Senhor. Isto resultou na sentença injusta dada aos diretores da Sociedade, inclusive ao irmão Rutherford, de quatro períodos de vinte anos de prisão que deveriam decorrer paralelamente. O ódio contra nós era tamanho em Nova Iorque que ninguém queria vender-nos carvão, embora o inverno estivesse chegando. Portanto, entramos em contato com o irmão Rutherford, que nos aconselhou a mudarmos para Pittsburgh e continuarmos o trabalho na medida do possível.

Uma das coisas notáveis que aconteceram naqueles dias tristes foi que Jeová fez com que A Sentinela jamais deixasse de ser publicada. Não se perdeu nem um número sequer. Havia suficientes manuscritos no arquivo para continuar publicando A Sentinela. Nisto, Jeová mostrou seu amor pelo seu povo.

Quando nos mudamos para Pittsburgh, tive o privilégio de levar os manuscritos de A Sentinela para o linotipista. As revistas impressas eram enviadas a nós por um impressor comercial, e nós as despachávamos pelo correio. Havia apenas cerca de dez de nós que trabalhávamos lá em Pittsburgh, naquele tempo. Toda outra fase da obra da Sociedade ficou em ponto morto.

Em 1919, deu-se entrada num recurso sobre o caso dos diretores da Sociedade, e este teve provimento, sendo eles imediatamente soltos sob fiança, a qual lhes havia sido previamente negada. Por fim, foi anulado o julgamento anterior, do qual todos foram exonerados. Todo o equipamento que tínhamos despachado para Pittsburgh tinha agora de ser removido dos depósitos para ser despachado de volta a Brooklyn. Eu e outro irmão fomos os últimos a voltar, porque havia muitos detalhezinhos que precisavam ser cuidados em Pittsburgh.

DEPARTAMENTO DE COMPRAS

Enquanto estava em Pittsburgh, trabalhei no escritório do tesoureiro e também cuidei da entrega dos manuscritos de A Sentinela aos linotipistas. Tornou-se também minha responsabilidade efetuar algumas compras para a Sociedade. Quando retornei a Brooklyn, fui colocado no departamento de compras, e continuei a trabalhar ali até 1958, ocasião em que sofri uma operação que me afetou os nervos, tornando necessário que passasse o serviço para outro irmão. Fiquei ajudando por mais alguns anos, que perfizeram o total de quarenta e dois anos em fazer compras para a Sociedade. Desde então, tenho feito outro serviço. Comprar coisas para a Sociedade era pesada tarefa, e aumentou tremendamente quando a Sociedade começou a fazer a sua própria impressão e encadernação das suas publicações.

Conforme é de se esperar, tivemos dificuldades de obter suprimentos durante a Segunda Guerra Mundial, porque muitas das coisas de que necessitávamos estavam sendo racionadas, mas Jeová mostrou seu amor, provendo tudo para nós. Diversas vezes, eu e o irmão M. H. Larson, o superintendente da gráfica da Sociedade em Brooklyn, fomos a Washington, D. C., apresentar-nos diante duma comissão designada pelo governo que era encarregada do racionamento de papel de imprensa e outros suprimentos. Tivemos de apelar a esta comissão para obter tais coisas.

Uma das proeminentes sociedades bíblicas tinha advogados, grandes negociantes, pregadores e outras pessoas ali, cerca de uma dúzia ao todo para representá-la perante a comissão. Depois de terminarem de apresentar os seus pedidos, o presidente chamou a Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados, dos E. U. A. Quando eu e o irmão Larson nos apresentamos à comissão, o presidente disse: “Só os dois senhores?” Respondemos: “Sim. Esperamos que o Deus Todo-poderoso também esteja conosco.” Obtivemos todos os suprimentos necessários, mas a outra sociedade bíblica obteve muito menos do que desejava.

Desde então, os anos têm passado ràpidamente, e nos anos recentes se esvaiu o meu vigor físico. Quando estava preso ao leito, depois duma operação, disse ao irmão Knorr, que agora é presidente da Sociedade Torre de Vigia, dos E. U. A., que a pior dor que sentia era a de não poder empenhar-me no ministério. Ao sair do quarto, sugeriu: “Escreva cartas.” Escrever cartas, pensei eu, mas a quem? Mais uma vez, Deus amorosamente ajudou-me por me fazer lembrar os comerciantes com quem mantinha contato enquanto estava no departamento de compras, por mais de quarenta anos. Durante esse tempo, entrei em contato com muitos vendedores e diretores de firmas. Que campo maravilhoso para se escrever cartas! Podia escrever a eles e contar-lhes as boas coisas que Jeová tem amorosamente provido para a humanidade obediente.

Tinha prosseguimento uma campanha para se obterem assinaturas da revista A Sentinela. Das 100 cartas que escrevi durante aquela campanha, fui abençoado com 140 assinaturas. Chamei aquelas assinaturas de “receitas para a vida eterna”. Quando a campanha terminou, ainda dispunha de mais 100 pessoas com quem entrar em contato por correspondência a respeito das boas novas do reino de Deus. Numa espécie de campanha particular com a Tradução do Novo Mundo da Bíblia e o compêndio bíblico Do Paraíso Perdido ao Paraíso Recuperado, tive êxito em colocar 170 livros. Tal êxito em tornar conhecidos os propósitos de Deus, mesmo preso ao leito, era para mim expressão do amor de Jeová.

APRECIAÇÃO PELA VERDADE

Nem todas as pessoas que tenho conhecido na organização têm mantido sua apreciação pela verdade. Para ilustrar isto, desejo mencionar uma experiência que tive no serviço de peregrino. Estava em Filadélfia, na ocasião, e, depois de proferir um discurso, um ancião eletivo que pretendia ser irmão chegou até perto de mim e disse: “Irmão Riemer, recebi a minha Sentinela hoje de manhã. A única razão de eu ler essa Sentinela é para descobrir o que vocês lá em Brooklyn tentam impingir-nos.” Esse era o espírito de alguns anciãos eletivos. Causavam divisões nas congregações e na obra.

Em contraste com a atitude destes anciãos eletivos, acha-se a de um casal de pessoas idosas com quem me hospedei nos arrabaldes de Richmond, Virgínia. O irmão foi apanhar a correspondência antes do café da manhã e, quando terminávamos de tomar café, ele disse: “Irmão Riemer, recebi uma nova Sentinela hoje de manhã, e sabe qual é a primeira coisa que eu e a mãezinha fazemos quando obtemos a Sentinela? Nós nos ajoelhamos antes de tirarmos o invólucro e pedimos a Jeová que nos faça dignos de entender que mensagem é que Jeová tem para nós. Agora, antes de tirarmos o invólucro, gostaria de se ajoelhar e orar junto conosco?” Quão diferente era aquele ancião eletivo deste humilde casal que apreciava a organização de Jeová!

Outra experiência que tive mostrou claramente o amor de Deus para comigo, por me permitir ser instrumento em levar as suas bênçãos a várias pessoas. Aconteceu durante o meu primeiro mês em seu serviço. Entrei em contato com um jovem bancário e a esposa. Ambos ficaram profundamente impressionados com A Sentinela, e quando os revisitei, prontamente ficaram com mais compêndios bíblicos. Viviam no campo, próximo duma escola. Depois dum discurso de revisitas baseado num diagrama dos propósitos de Deus que apareceu no primeiro volume dos Estudos das Escrituras, ele fez arranjos para que eu proferisse na escola outro discurso baseado no diagrama. Ambos logo depois se dedicaram a Deus e foram imersos em água. As suas duas filhas também foram imersas. Uma delas tinha um noivo, ex-major do exército, que também se interessou e dedicou-se a Deus. Mais tarde, tornou-se representante viajante da Sociedade, agora chamado de servo de circuito. Um dos seus filhos tornou-se depois membro da família de Betel, na sede da Sociedade em Brooklyn. Assim, Deus mostrou seu amor para comigo por permitir-me ser o instrumento de fazer com que três gerações se tornassem seus servos.

A família de Betel era bem pequena quando me tornei membro dela, há quarenta e seis anos atrás. Hoje em dia, tem por volta de setecentas a oitocentas pessoas. Jamais vi um grupo de pessoas que fossem tão carinhosas e agradáveis como as que constituem a atual família de Betel. Betel tem sido para mim, desde o primeiro dia em que cheguei, “meu lar, doce lar, o mais querido lugar da terra para mim”. Jamais me passou pela mente sair daqui. Sinto que Jeová tem mostrado o seu amor para comigo por permitir-me estar aqui, na sede visível de sua grande obra. Realmente, o tema de minha vida, desde a ocasião em que me apoderei da verdade até agora, tem sido a força impelente da declaração bíblica: “Deus é amor.” — 1 João 4:8.

[Foto na página 186]

H. H. Riemer discursa na Assembléia “Boas Novas Eternas”, em Nova Iorque, em 1963.

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