Observando o Mundo
Fumar custa bilhões
Embora em muitos países o número de fumantes esteja diminuindo, na Suíça permanece estável, diz o jornal Berner Oberländer. Cerca de um terço da população fuma. Anualmente, ocorrem mais de 8.000 mortes relacionadas ao fumo, mais do que as causadas por heroína, Aids, cocaína, álcool, incêndios, acidentes de carro, assassinatos e suicídios juntos. Um estudo do Departamento Federal de Saúde Pública da Suíça concluiu que o custo social do uso do tabaco, em 1995, foi de 10 bilhões de francos suíços, ou mais de seis bilhões de dólares. O estudo tentou calcular o custo de cuidados médico-hospitalares, da perda de produtividade no trabalho, da piora da qualidade de vida dos fumantes doentes e de seus dependentes, e do sofrimento dos familiares dos mortos.
Obrigação de vencer
Por que atletas bem treinados, como jogadores de futebol, às vezes perdem a cabeça? Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, o Dr. Victor Matsudo, especialista em medicina esportiva, afirmou que por causa da obrigação de vencer e das pressões da torcida, o atleta passa a enfrentar um forte estresse psicológico e físico. O Dr. Matsudo explica: “A forte excitação faz o jogador de futebol perder a agilidade e a coordenação motora, começando a errar passes e a ser facilmente marcado pelo adversário.” Quando uma pessoa fica nervosa, pode começar a gaguejar. ‘Algo semelhante acontece com um jogador desequilibrado.’ Segundo o médico, um jogador com essas mudanças orgânicas talvez ache difícil se acalmar e, no seu estado mental perturbado, “a última opção é apelar para a agressão física”.
Música alta como via de escape
Apesar dos alertas médicos de que a música muito alta “tem um efeito prejudicial sobre o corpo todo”, cada vez mais jovens parecem incapazes de viver sem seus estéreos portáteis (walkmans e discmans), noticia o semanário polonês Przyjaciółka. A razão? Alguns usam esses aparelhos para “se desligar do mundo. Com os fones nos ouvidos, o adolescente não precisa mais escutar as censuras dos pais ou responder quando eles, por exemplo, lhe pedem que faça algo”, diz o periódico. Mencionando que a música muito alta pode também causar “fadiga, dores de cabeça, dificuldade de concentração ou insônia”, Przyjaciółka não aconselha os pais a proibirem o uso desses aparelhos portáteis, mas sugere que ensinem os filhos a serem equilibrados. “Peça emprestado o walkman do seu filho de vez em quando”, sugere o jornal. “Isso o fará tirar os fones dos ouvidos e você poderá conhecer um pouco do mundo em que ele vive.”
Idiomas em perigo de extinção
“Às vezes eu fico muito chateada comigo mesma por não ensinar meu idioma aos meus filhos”, diz a chefe Marie Smith Jones, a última da sua cultura a falar a língua dos eyak, do Alasca. Calcula-se que umas 6.000 línguas sejam faladas no mundo, e a tendência é que 40% a 50% delas desapareçam durante o próximo século. A Austrália, que já teve 250 idiomas, hoje só tem uns 20. Por que isso está acontecendo? A revista Newsweek sugere que as línguas estão sendo “relegadas ao esquecimento pela expansão do inglês e de outras línguas ‘grandes’”. O professor Stephen Wurm, editor do Atlas das Línguas do Mundo em Perigo de Desaparecer (em inglês), publicado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, acrescenta: “Muitos crêem que se deve esquecer as línguas ‘pequenas’, das minorias, porque não têm nenhum valor.”
Converse com o bebê
Conversar todo dia com o bebê por pelo menos 30 minutos pode melhorar muito sua inteligência e habilidade verbal, noticia o jornal Daily Telegraph, de Londres. Os pesquisadores estudaram 140 bebês de nove meses de idade. Orientaram os pais de metade desse grupo sobre a melhor maneira de conversar com os bebês, ao passo que a outra metade não recebeu nenhuma sugestão. Depois de sete anos, “a inteligência média do grupo de bebês [com quem os pais conversavam] estava um ano e três meses mais adiantada do que a dos [bebês] do outro grupo”, e sua habilidade verbal era “bem maior”, diz o relatório. A pesquisadora Dra. Sally Ward acha que hoje os pais conversam menos com os bebês do que no passado devido às grandes mudanças na sociedade. Por exemplo, mais mães trabalham fora e, em muitos lares, as fitas de vídeo substituíram a conversa.
Como evitar a raiva no trânsito
“Não se deve subestimar os motoristas superagressivos”, aconselha um veterano do automobilismo, citado na revista Fleet Maintenance & Safety Report. Manter a cabeça fria e evitar situações desagradáveis pode ajudar a reduzir os perigos da raiva no trânsito. Especialistas em segurança recomendam as seguintes medidas:
◼ Sempre dirija de modo educado.
◼ Saia do caminho do motorista agressivo se puder fazer isso com segurança.
◼ Nunca desafie outro motorista dirigindo muito perto do veículo dele ou aumentando a velocidade.
◼ Não responda a gestos ameaçadores e não faça gestos que possam ser mal-interpretados.
◼ Não olhe nos olhos dum motorista furioso.
◼ Não pare o carro para enfrentar o outro motorista.
Mulheres acusam as Igrejas
“Igrejas acusadas de ignorar ou tolerar a violência contra mulheres”. Essa foi uma manchete do ENI Bulletin. Durante um encontro ecumênico internacional no Zimbábue, mulheres “contaram que sofreram abuso sexual de clérigos”. Segundo Irja Askola, da Conferência de Igrejas Européias, “sabemos agora que nossas Igrejas . . . não só ignoraram o problema, como às vezes até apoiaram essa atitude usando erradamente a Bíblia e a autoridade clerical”. Admitindo relatos de violência contra mulheres, o secretário-geral do Conselho Mundial de Igrejas, Dr. Konrad Raiser, acrescentou que “a doença das nossas Igrejas piora devido à complacência e à hipocrisia, principalmente de alguns homens, e aos seus esforços completamente errados de se auto-justificar”.
Dê o seu recado
Não importa quanto seja importante aquilo que você tem a dizer, a maioria das pessoas não o escutará se não gostar do jeito que você fala, diz uma especialista em voz, Dra. Lillian Glass. Segundo noticiado no jornal The Citizen, da África do Sul, murmurar, usar gramática ruim ou um tom de voz monótono, falar rápido demais, usar linguagem suja e monopolizar a conversa são coisas que desencorajam os ouvintes. Por outro lado, as pessoas em geral escutarão se você sorrir para deixá-las a vontade, falar clara e pausadamente, olhá-las nos olhos e escutar com atenção seu ponto de vista sem interromper. “Pense antes de falar”, acrescenta o artigo, “e você se expressará com mais confiança”.
Comer demais aumenta o risco de intoxicação alimentar
O risco de ficar doente ingerindo alimentos contaminados é maior se a pessoa comer demais, afirma o Dr. Adolfo Chávez, do Instituto Nacional de Nutrição Salvador Zubirán, no México. Ele diz que algumas bactérias encontradas no alimento que ingerimos normalmente são destruídas no estômago pelo suco gástrico. Mas depois de uma comilança, o volume extra de comida no estômago supera a acidez gástrica, reduzindo a capacidade estomacal de matar as bactérias. O Dr. Chávez disse a Despertai!: “Se a pessoa comer 15 tacos (prato mexicano) e um deles estiver contaminado, provavelmente ficará doente devido ao volume de comida. Mas se ela comer apenas um taco contaminado, talvez não haja problema.”
Escassez de risadas
Segundo evidências apresentadas no recente Congresso Internacional sobre Humor, realizado na Suíça, durante a década de 50, cheia de problemas econômicos, o homem mediano ria 18 minutos por dia, ao passo que nos anos 90, mais ricos, a média é de 6 minutos por dia. Por que o decréscimo? “Os especialistas culpam a constante busca de sucesso material, de uma carreira e de sucesso pessoal por essa tendência, o que apóia o velho ditado que diz que dinheiro não traz felicidade”, explica o jornal Sunday Times, de Londres. Assim, o autor Michael Argyle conclui: “Os que mais dão valor ao dinheiro são os menos satisfeitos e com as piores condições de saúde mental. Talvez isso aconteça porque o dinheiro só dá satisfação superficial.”
Defendido o direito de receber tratamento médico
A Suprema Corte de Justiça de El Salvador recentemente revogou a regra do Hospital de Seguro Social que exigia que os pacientes doassem sangue a fim de receber tratamento médico. Anteriormente, a política do hospital exigia que todos os pacientes fornecessem duas unidades de sangue antes de uma cirurgia. Agora, quem deseja receber tratamento médico no Hospital de Seguro Social tem o direito legal de decidir não doar sangue.